Mariana Leitão critica Montenegro por associar responsabilidade à "direita do caos e do ódio"

Foi com apreensão que a nova líder da Iniciativa Liberal ouviu o primeiro-ministro, em entrevista na Antena1, considerar que o Chega "começa a mostrar maior responsabilidade".

Antena1 /

Lusa

Mariana Leitão posiciona-se contra o que diz ser "a direita do caos e do ódio" e acusa o partido de André Ventura de fazer política com base no soundbite , sem apresentar soluções.

Em declarações aos jornalistas após ter-se reunido com o conselho de administração do Hospital Amadora-Sintra, em Lisboa, Mariana Leitão manifestou “grande apreensão” com a resposta que as urgências hospitalares vão dar durante o mês de agosto que, frisou, “é sempre um mês crítico”.

“Há uma grande indefinição sobre quais são as urgências que vão estar abertas, qual o serviço com que os portugueses podem contar e isso deve-se, em grande parte, a esta insegurança que existe sobre a disponibilidade de recursos humanos ou não, porque muitas das urgências depende de horas extraordinárias”, referiu, salientando que essa preocupação lhe foi transmitida pelo conselho de administração do Hospital Amadora-Sintra, onde “mais de 50%” das urgências dependem de horas extraordinárias.

A líder da IL pediu ao Governo que dê “maior autonomia” às unidades de saúde, para que tenham “maior flexibilidade na contratação” e haja uma “verdadeira aposta na avaliação de desempenho, na valorização do mérito”.

Questionada se ficou tranquilizada com as palavras de Luís Montenegro na entrevista à Antena1, na qual disse que mais de 70% do programa de emergência para a saúde já foi executado, Mariana Leitão respondeu que o primeiro-ministro, ainda em 2024, definiu a saúde como “grande prioridade” e apresentou “vários planos de emergência”.

“A verdade é que nós não vemos efetivamente nada a melhorar, e isso é uma grande preocupação. Continuamos com várias notícias a aparecerem, a pôr já em causa urgências a funcionar em agosto. Tivemos um inverno em que também houve vários problemas”, referiu.

Para Mariana Leitão, não se vê “um plano efetivo para se mudar o estado em que as coisas se encontram”, nem “vontade política ou coragem do senhor primeiro-ministro em fazer as mudanças que são necessárias”.

c/ Lusa
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