PAN "muleta" e Chega "de joelhos". Ventura e Sousa Real trocam acusações durante o debate
Arrancaram esta segunda-feira os debates entre os vários líderes políticos. São 30 confrontos, dos quais a RTP irá transmitir 12: o primeiro colocou frente a frente André Ventura, do Chega, e Inês Sousa Real, do PAN.
“Foi uma oportunidade para mostrarmos a diferença entre uma política limpa, ao lado dos portugueses e pelas causas que as pessoas querem ver discutidas e trabalhadas, em contraponto com aquilo que tem sido um ambiente que tem degradado as instituições”, disse Inês Sousa Real no final do debate desta noite.
André Ventura, por sua vez, diz que este foi “um debate vivo”. “Muito mais vivo do que o outro debate que houve esta noite também”, disse o líder do Chega. “Ficou claro o logro e a farsa que o PAN representa”, asseverou.
“Acho que foi esclarecer e este tipo de debates é importante para a democracia”, rematou André Ventura.
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Legislativas. Debate entre Inês Sousa Real (PAN) e André Ventura (Chega)
A líder do PAN repete uma ideia que quis deixar clara ao longo do debate, de que "está na altura do Chega deixar de mentir ao país e de oportunisticamente pegar na indignação das pessoas".
"Os portugueses estão indignados e chateados de ir novamente a eleições e não viram o seu nível de vida melhorar nos últimos anos", acrescenta, lembrando as várias vezes que o Chega votou contra propostas do PAN para aumentos, levando Ventura a ir dizendo "queríamos mais".
A líder do PAN quer ainda acabar com a isenção dos produtos petrolíferos, o que permitiria libertar 300 m ilhões de euros para financiar "passes sociais gratuitos para todas as pessoas".
"Ou seja as pessoas vão pagar mais", interrompe André Ventura. "Acha que jã pagam pouco nas bombas de gasolina?"
Inês Sousa Real afirma que é necessário olhar para as cidades de forma "mais sustentável". "Os 300 milhões de euros não vão para os bolsos dos portugueses, vão para a Galp, pare de mentir aos portugueses", remata.
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Ventura garante que "enquanto não houver clareza e transparência" de Montenegro, "nunca será nunca"
Sobre um eventual entendimento com o PSD, que Ventura rejeitou anteriormente ao dizer que “não é não”, o líder do Chega diz agora que mantém essa posição se não houver explicações da parte de Luís Montenegro.
“Se o primeiro-ministro insistir em manter-se à margem de suspeitas graves, [como] não explicar ter dinheiro em várias contas para não ter de as declarar ou de ter comprar casas a pronto em nome dele e dos filhos. Isto faz lembrar José Sócrates. Eu não conseguia chegar a Lisboa e não comprar uma, quanto mais duas, casas a pronto”, declarou. “Quem consegue ou é rico ou enriqueceu de forma suspeita e tem de explicar isso”, acrescentou.
“Se alguém exigiu esclarecimentos foi o Chega, quando os outros partidos olhavam para um lado, Chega apresentou moção de censura”, apontou.
Ventura acusou ainda o PAN de ser um “partido contra o progresso”.
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PAN é partido do diálogo e quem mais medidas aprova que "interessam aos portugueses"
Questionada sobre sobre "o espectro ideológico que procura cativar", perante cercade 18 a 20 por cento de indecisos, Inês Sousa Real puxa dos galões como partido que "dialoga" e que tem "mais medidas aprovadas" no Parlamento.
"As pessoas não querem saber se as medidas que fazem falta à sua vida estão mais à esquerda ou mais à direita", defende, recusando vazios ou "preconceito ideológicos" como algumas forças de esquerda.
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Inês Sousa Real quer compromisso para a legislatura para violação ser "crime público"
A líder do PAN afirma que as pessoas estão indiganadas "e têm direito a estar", lembrando problemas vigentes e promessas não cumpridas pelo Governo da AD.
"Vêm não só o empobrecimento, as rendas das casas a aumentar, a não ter acesso à habitação própria, têm um governo que em plena campanha eleitoral que ia descer o IVA para a saúde animal e que depois votou contra...", exemplifica, com anuência de Ventura quanto aos problemas.
"Assim como temos desafios climáticos, e aí sabemos que estamos muito distantes da agenda do G«Chegam que é negacionista", insistindo que as pessoas querem um debate sobre os seus reais problemas e não "uma agenda tóxica" que o Chega "tem levado para o Parlamento".
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Momento de acusações mútuas sobre as eleições na Madeira
Os dois líderes acusam-se mutuamente de apoio ao PSD.
"Quem andou atrás de Luís Montenegro para fazer governo e quase a pedir de joelhos, foi o André Ventura", afirma Inês Sousa Real, perante sorrisos irónicos do líder do Chega.
"Vocês fizeram uma coligação na Madeira e com o Miguel Albuquerque, acusado de corrupção!", responde Ventura, "ficaram até ao fim e nós mandamo-lo abaixo, Inês!"
"Com a ajuda do PAN", recorda Inês Sousa Real, rejeitando a nova interrupção de Ventura, "como o faz no Parlamento". "Um comportamento tóxico", qualifica.
"Não se vitimize! Conhecemos-nos há tanto tempo, Inês..."
"O André tem de me deixar falar"
"Acho que os portugueses não gostam de vitimização", remata Ventura encolhendo os ombros.
"Não é questão de vitimização é questão de verdade e se há coisa que o Chega tem faltado é à verdade para com os portugueses", responde Inês Sousa Real.
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Inês Sousa Real acusa Chega de fugir aos temas importantes para os portugueses
A líder do PAN recusa a ideia de associar a imigração à insegurança, lembrando que os imigrantes contribuem com dois MM euros para a Segurança Social.
E acusa o Chega de usar a questão para evitar debater outros problemas importantes para os portugueses, como o acesso à habitação, o aumento do custo de vida e a causa animal, acusando André Ventura de fugir ao debate, sendode imediato contestada.
"Quem andou atrás de Luís Montenegro para fazer governo e quase a pedir de joelhos, foi o André Ventura" rematou, perante sorrisos irónicos do líder do Chega.
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Ventura acusa PAN de ter "sustentado a corrupção de Miguel Albuquerque na Madeira"
André Ventura recusou pedir desculpa relativamente aos insultos a outros deputados, afirmando que “era o deputado a quem mais deviam pedir desculpa”. “Eu fui o deputado mais ofendido provavelmente durante a história parlamentar toda”, declarou.
Ainda sobre o tema da corrupção, o líder do Chega acusou o PAN de ter “sustentado a corrupção de Miguel Albuquerque da Madeira”.
O debate seguiu depois para a causa animal, com André Ventura a afirmar: “A Inês não gosta mais de animais do que eu”.
“Nós damos o nosso aumento salarial a associações, muitos dão a associações de animais, a Inês fica com o aumento ou dá?”, questionou. “Dou a várias associações”, assegurou Sousa Real.
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Líder do PAN. "Temos de perceber porque é que as pessoas se sentem inseguras"
Inês Sousa Real diz que a natureza dos crimes em Portugal é "multisectorial", rejeitando apontar o dedo a comunidades imigrantes para justificar o aumento da violência.
E entra em polémica com André Ventura sobre a castração química, lembrando que é "contra a Constituição".
"Temos de perceber porque é que as pessoas se sentam inseguras", com base "em dados factuais".
Concordando com o Chega no princípio de acabar com as penas suspensas para casos de crimes violentos de género ou sexuais, e no combate à corrupção, Inês Sousa Real lembrou que "as cinco medidas aprovadas no Parlamento são do PAN".
Recusa ainda a acusação do André Ventura de um PAN como "muleta do PS".
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Ventura afirma que "imigração está a ficar descontrolada"
Ainda sobre a violência contra as mulheres, Ventura voltou a defender a castração química, afirmando que “há muitos países com uma Constituição parecida com a nossa e têm castração química de pedófilos”.
“Um violador não deve ter pena suspensa e um pedófilo tem de ser castrado”, asseverou.
Passando para o tema dos migrantes, o líder do Chega considera que a “imigração está a ficar descontrolada”.
André Ventura considera que o país “não pode fechar a porta aos imigrantes, mas precisamos de uma imigração controlada. Precisamos de saber quem cá entra, isto não pode ser a bandalheira absoluta”.
“Isto é uma bandalheira, entra aqui qualquer pessoa e o PAN contribuiu para isso durante a geringonça”, acusou.
“A minha mensagem para os imigrantes é: querem vir trabalhar para Portugal venham, querem vir para Portugal pedir subsídios não venham”, rematou.
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Inês Sousa Real. "O Chega tem de parar de mentir às pessoas"
A líder do PAN desmente as alegações de André Ventura, acusando-o de mentir
"O PAN tem sido a força política que, na Assembleia da República, mais tem conseguido aprovar as medidas para proteger as vítimas, inclusivé no abuso sexual", garante.
Inês Sousa Real aplaude André Ventura por ter mudado de posição, por exemplo quanto à pedofilia, enquanto ele desmente com a cabeça.
A líder do PAN frisa que o aumento de 10 por cento dos crimes de natureza de sexual inclui sobretudo cidadãos portugueses e não estrangeiros e lembra o Kit saúde de apoio às vítimas e o apoio mental.
Acusa ainda o líder do Chega de ter votado contra a iniciativa do PAN de programas de sensibilização nas escolas, lembrando o caso recente da aluna de Loures, cuja violação captada em vídeo foi difundida pelas redes sociais.
André Ventura diz que votou contra a ideologia de género contida nessa proposta de lei.
Acusando os 50 deputados do Chega de só causarem ruído, Inês Sousa Real diz que o seu partido defende que a violação seja tornada "crime público" e a responsabilização das plataformas de conteúdos.
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"Partidos como o PAN, o Livre e Bloco de Esquerda tornaram as mulheres objetos", diz Ventura
O tema da violência contra as mulheres é o tiro de partida para este debate. Para André Ventura, a manifestação do último fim de semana contra a violência sobre mulheres em frente à Assembleia da República “devia ter sido à porta de partidos como o PAN, PS, Livre e do BE, porque quando o Chega propôs aumentar penas para crimes sexuais não estiveram lá, estiveram a olhar para outro lado”.
O líder do Chega lembrou diversas propostas do partido sobre este tema, nomeadamente o aumento das penas e castração química para pedófilos e a expulsão de imigrantes condenados por crimes sexuais.
“Estamos numa situação de verdadeira impunidade e o Chega foi o único partido que votou contra isso”, declarou. “Partidos como o PAN, o Livre e Bloco de Esquerda tornaram as mulheres objetos”, remata.
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Entrega de listas eleitorais. Todos os partidos querem crescer
A RTP vai transmitir 12 destes frente a frente, com o primeiro marcado para esta noite entre o presidente do Chega e a porta-voz do PAN, com moderação do Hugo Gilberto.
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RTP
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Chega e PAN na RTP3. Começam os debates nas televisões para as legislativas
Os debates para as eleições de 18 de maio começam esta segunda-feira
João Marques - RTP
O debate entre o primeiro-ministro e presidente do PSD, Luís Montenegro, e Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, está marcado para as 21h00 e o confronto de André Ventura com Inês Sousa Real para uma hora mais tarde, às 22h00.
Este será o primeiro de uma série de 27 frente-a-frente entre as forças políticas com representação parlamentar que terminará dentro de três semanas, a 28 de abril, com o derradeiro debate entre Luís Montenegro e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que vai durar 75 minutos e é transmitido pelos três canais generalistas, RTP, SIC e TVI.
Datas e horas dos debates
Segunda-feira, 7 de abril
• 21h00: Luís Montenegro (AD) x Paulo Raimundo (CDU) - TVI
• 22h00: André Ventura (Chega) x Inês Sousa Real (PAN) - RTP3
Terça-feira, 8 de abril
• 21h00: Pedro Nuno Santos (PS) x Mariana Mortágua (BE) - SIC
• 22h00: André Ventura (Chega) x Rui Tavares (Livre) - RTP3
Quarta-feira, 9 de abril
• 18h00: Paulo Raimundo (CDU) x Rui Tavares (Livre) - SIC Notícias
Quinta-feira, 10 de abril
• 21h00: Pedro Nuno Santos (PS) x Rui Rocha (IL) - RTP1
• 22h00: Mariana Mortágua (BE) x Inês Sousa Real (PAN) - CNN Portugal
Sexta-feira, 11 de abril
• 21h00: Nuno Melo (AD) x Rui Tavares (Livre) - TVI
• 22h00: Rui Rocha (IL) x Paulo Raimundo (CDU) - SIC Notícias
Sábado, 12 de abril
• 21h00: Pedro Nuno Santos (PS) x Inês Sousa Real (PAN) - TVI
• 22h00: Mariana Mortágua (BE) x Paulo Raimundo (CDU) - RTP3
Domingo, 13 de abril
• 21h00: Nuno Melo (AD) x Inês Sousa Real (PAN) - SIC
• 22h00: Rui Rocha (IL) x Rui Tavares (Livre) - CNN Portugal
Segunda-feira, 14 de abril
• 21h00: Luís Montenegro (AD) x Rui Rocha (IL) - RTP1
• 22h00: Mariana Mortágua (BE) x Rui Tavares (Livre) - SIC Notícias
Terça-feira, 15 de abril
• 21h00: Pedro Nuno Santos (PS) x André Ventura (Chega) - TVI
• 22h00: Rui Rocha (IL) x Inês Sousa Real (PAN) - SIC Notícias
Quarta-feira, 16 de abril
• 21h00: Nuno Melo (AD) x Mariana Mortágua (BE) - RTP1
• 22h00: André Ventura (Chega) x Paulo Raimundo (CDU) - CNN Portugal
Quinta-feira, 17 de abril
• 21h00: Pedro Nuno Santos (PS) x Rui Tavares (Livre) - SIC
• 22h00: André Ventura (Chega) x Rui Rocha (IL) - RTP3
Segunda-feira, 21 de abril
• 21h00: Pedro Nuno Santos (PS) x Paulo Raimundo (CDU) - RTP1
• 22h00: André Ventura (Chega) x Mariana Mortágua (BE) - SIC Notícias
Terça-feira, 22 de abril
• 18h00: Rui Tavares (Livre) x Inês Sousa Real (PAN) - RTP3
Quarta-feira, 23 de abril
• 18h00: Paulo Raimundo (CDU) x Inês Sousa Real (PAN) - CNN Portugal
Quinta-feira, 24 de abril
• 21h00: Luís Montenegro (AD) x André Ventura (Chega) - SIC
• 22h00: Rui Rocha (IL) x Mariana Mortágua (BE) - CNN Portugal
Segunda-feira, 28 de abril
• 21h00: Luís Montenegro (AD) x Pedro Nuno Santos (PS) - simultâneo SIC/RTP/TVI
Segunda-feira, 5 de maio
• 09h30: Debate das rádios entre líderes dos partidos com assento parlamentar - simultâneo Antena 1/Observador/Renascença/TSF
Terça-feira , 6 de maio
• Debate entre líderes dos partidos com assento parlamentar - RTP
Quinta-feira, 8 de maio
• Debate entre os partidos sem assento parlamentar – RTP Nuno Melo nos debates com BE, Livre e PAN
A organização dos debates televisivos ficou marcada pela polémica em torno da posição da coligação entre PSD e CDS-PP. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, escusou-se a participar nos frente-a-frentes com BE, Livre e PAN, sendo a AD representada pelo presidente dos democratas-cristãos, Nuno Melo, partido que elegeu dois deputados integrado na coligação pré-eleitoral.
O Livre apresentou queixa na Comissão Nacional de Eleições e na Entidade Reguladora para a Comunicação Social contra PSD, RTP, SIC e TVI sobre o modelo de debates televisivos, por considerar que viola o princípio da igualdade.
Já o BE informou as direções das televisões que se fará representar no debate com o presidente do CDS-PP, em 16 de abril na RTP1, por "um dos cabeças de lista", reiterando a disponibilidade da coordenadora Mariana Mortágua para debater com Luís Montenegro.
No sábado, o partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) interpôs uma providência cautelar junto do Tribunal Cível de Lisboa a exigir a sua inclusão nos debates televisivos da campanha para as legislativas, considerando que não existe igualdade de tratamento.
c/ Lusa
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RTP
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Legislativas. O calendário dos debates televisivos