Reportagem

Parlamento assinala 50 anos do 25 de Novembro em sessão igual ao 25 de Abril

Assinalou-se esta terça-feira, na Assembleia da República, o cinquentenário do 25 de Novembro, numa sessão que igualou aquela que, em 2024, comemorou os 50 anos do 25 de Abril. A esquerda condenou as celebrações, enquanto a direita destacou a data como "ponto de partida real para a democracia".

Joana Raposo Santos, Mariana Ribeiro Soares, Carlos Santos Neves - RTP /

André Kosters - Lusa

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RTP /

25 de Novembro. Ex-militares criticam cerimónias solenes

Apesar de divergências entre as alas mais moderadas e mais à esquerda das Forças Armadas, todos concordam que é exagerada a ideia de que Portugal estava na iminência de entrar em guerra civil.
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Marcelo destaca 25 de Abril como "a data primeira" da liberdade

Abril foi lembrado como data fundadora da restauração da liberdade.
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Marcelo Rebelo de Sousa: "Entre o risco da violência e a temperança, no 25 de Novembro venceu a temperança"

Na sua última intervenção na Assembleia da República enquanto presidente, Marcelo Rebelo de Sousa quis falar dos portugueses e de Portugal.

“Capazes do melhor no heroísmo dos momentos decisivos, às vezes menos consistentes no heroísmo anónimo de todos os dias. Mas, no heroísmo anónimo, melhor o povo do que as chamadas elites – mais batalhador e liderante do que elas”, declarou.

O presidente considerou que “não somos perfeitos, cometemos erros, que o eram na altura e outros só o são ou são sobretudo à luz das ideias de hoje, mas prosseguimos um caminho que fez de nós um país multicultural, uma pátria aberta ao mundo e nele muito prestigiado”.

Marcelo Rebelo de Sousa destacou que a temperança, o equilíbrio, a sensatez, a moderação dos portugueses no 25 de Novembro talvez tenham sido mais evidentes “do que em tantos lances durante a Revolução”.

“Entre o risco da violência e a temperança, no 25 de Novembro venceu a temperança”, sustentou.

Considerando que a pátria ganhou com esses acontecimentos, o presidente afirmou que “não houve regresso ao passado derrotado em abril de 1974, mas também não houve construção de um futuro imediato”.
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Aguiar-Branco: "Abril abriu a porta da liberdade e Novembro garantiu que essa liberdade tinha chão firme para caminhar"

“É estranho ouvir dizer que esta data é fraturante e que se trata de uma apropriação. É estranho ouvir discursos que falam de Abril em Novembro e de Novembro em Abril”, começa por afirmar o presidente da Assembleia da República no momento em que discursa perante o Parlamento.

“A democracia liberal continuará a ser o único espaço para quem propõe sessões solenes, para quem se opõe a sessões solenes e até para quem se recusa a estar presente”, disse, acrescentando que “é por causa do 25 de Novembro que as críticas existem sem serem caladas e é por causa do 25 de Novembro que as cadeiras vazias podem amanhã, novamente, serem ocupadas”.
Aguiar-Branco disse dispensar “o exercício de comparação de datas”. “Sou de Abril, sou de Novembro, sou hoje e sempre da democracia representativa”, asseverou, afirmando que “Abril abriu a porta da liberdade e Novembro garantiu que essa liberdade tinha chão firme para caminhar”.

Aguiar-Branco dirigiu-se, de seguida, às gerações mais novas, afirmando que acredita que o futuro trará um “novo ciclo”. “O futuro não é um pesadelo, representa sobretudo uma oportunidade, vai pôr contadores a zero”, declarou.

“As novas gerações não estão condenadas a viver num mundo que alguém construiu. Terão espaço e meios para fazer o próprio caminho", afirmou, deixando um apelo: "Sejam melhores do que nós. Não se deixem aprisionar em trincheiras ideológicas ou semânticas”.

“Não se percam no interesse pessoal, no egoísmo, porque não há verdadeira felicidade que não seja vivida em comum. Amem o vosso país, participem (...). Elevem-se para ver o todo, sejam capazes de reconhecer qualidades nos adversários, sejam melhores do que nós. Não aceitem comprar o ressentimento dos outros, a frustração dos outros”, insistiu. 

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Deputado do PSD volta a colocar cravos na tribuna

Pedro Alves, do PSD, começou por vincar que “a celebração do dia de hoje faz mesmo sentido, porque o dia não é de uns nem de outros: é de todos”.

Após esta frase, voltou a colocar na tribuna os cravos retirados por André Ventura momentos antes.

“O 25 de Novembro não foi um contragolpe. Não foi um episódio secundário. Foi a afirmação da soberania do povo e o ponto de partida real para a democracia liberal que hoje celebramos e defendemos”, disse no seu discurso.

Na visão do deputado social-democrata, “em Abril foram todos pela liberdade”, enquanto “em Novembro só alguns foram pela democracia”.


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PS destaca "movimento de resistência civil à perversão totalitária do 25 de Abril"

O socialista Marcos Perestrello frisou que o 25 de Novembro não foi um “acontecimento isolado”, mas sim “o culminar de um movimento de resistência civil à perversão totalitária do 25 de Abril”.

“Representou uma vitória do PS e dos democratas que se lhe juntaram sobre as forças não democráticas de esquerda e também de direita”, declarou o deputado do PS.

“Não foi, como agora se quer fazer querer, uma vitória da direita sobre a esquerda. Longe disso. Até porque, tal como a esquerda não democrática foi derrotada, também a direita não democrática sofreu uma pesada derrota ao ter sido impedido o regresso ao passado”.

Perestrello afirmou ainda que, para o PS, “a comemoração do 25 de Novembro é inseparável da celebração do 25 de Abril, cujo espírito e programa originários o 25 de Novembro repôs e restituiu”.
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Ventura retira cravos vermelhos da tribuna
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"Hoje é dia de rosas brancas e não de cravos vermelhos"

“Hoje é dia de rosas brancas e não de cravos vermelhos”, começou por afirmar André Ventura quando subiu ao púlpito, retirando os cravos que tinham sido colocados na tribuna.

Deputados da bancada da esquerda abandonaram o Parlamento em protesto e Ventura disse: “Só mostra como sempre conviveram mal com a liberdade”.
Ventura continuou o seu discurso, afirmando que “hoje o Parlamento faz justiça não ao dia que criou a liberdade, mas ao dia que salvou a liberdade”.

“Evitámos que a extrema-esquerda fizesse o que melhor sabe fazer no mundo inteiro: matar, amordaçar, retirar”, disse, virando-se depois para a bancada da esquerda para avisar: “Diremos sempre não à vossa tirania”.

Ventura defendeu ainda que se acabem com ruas com nomes como “Otelo Saraiva de Carvalho” ou “Che Guevara” ou “Álvaro Cunhal” e propõe que sejam substituídas por nomes como o de “Jaime Neves” ou “Ramalho Eanes”.

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Mariana Leitão: "25 de Novembro foi o dia em que Portugal recuperou o rumo da liberdade"

Mariana Leitão, líder da Iniciativa Liberal, lembra que 25 de Novembro “foi o dia em que Portugal recuperou o rumo da liberdade”.

“Foi o momento em que Portugal disse com absoluta clareza que o povo que derrubou uma ditadura de meio século não se deixaria prender por outra com outro nome, outra cor, mas com a mesma opressão”, acrescentou

A líder da IL deixou ainda críticas ao Partido Comunista, afirmando que “para quem duvida do perigo que Portugal viveu, basta olhar para esta sala”. “As ausências de hoje falam por si, revelam quem ficou do lado errado da história, quem naquele dia decisivo não quis a liberdade e quem meio século depois ainda resiste a celebrar a liberdade”, disse.

A deputada da IL diz que hoje o país “já não enfrenta tanques nas ruas, mas outros perigos: o controlo subtil, o peso do conformismo, a tentação de entregar direitos em troca de uma segurança ilusória” e termina a dizer que é preciso “ter a coragem de enfrentar populismos, extremismos, autoritarismos velhos ou novos”.
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Livre condena "guerra cultural que a direita quer fomentar"

Jorge Pinto, do Livre, disse que há quem queira moldar os acontecimentos, “mas há dados incontornáveis: a data fundadora da nossa liberdade é o 25 de Abril de 1974”.

“Não contem com o Livre para alimentar esta guerra cultural que a direita quer fomentar com o 25 de Novembro”, declarou.

“Conseguimos muitas coisas nos últimos 50 anos”, mas “há desafios”, vincou o deputado, exemplificando com os problemas de violência doméstica ou crise na habitação.
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Paulo Núncio: "Novembro não substitui Abril, Novembro completa Abril e tem de ser comemorado"

Paulo Núncio, do CDS, sobe ao púlpito para discursar e começa por uma rosa branca do arranjo para colocar por cima do cravo vermelho que Mariana Mortágua tinha colocado em cima do púlpito. O gesto foi aplaudido pelas bancadas da direita.

O líder parlamentar do CDS defendeu que "Novembro não substitui Abril, Novembro completa Abril e tem de ser comemorado” e deixou acusação diretas ao PCP, afirmando que o partido comunista quis tomar de assalto a jovem democracia e pedindo desculpa a todos aqueles que sofreram com alguns abusos cometidos nessa altura.

“Nunca mais pode acontecer”, afirmou, lembrando “os novos presos políticos do PREC”. “Foram detidos 440 presos políticoa e mais centenas de outros cidadãos, por razões políticas”.
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Mariana Mortágua: "Nem três Salazares conseguiriam apagar a memória do povo"

A deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua vincou, no seu discurso, que “o 25 de Novembro não fundou a democracia portuguesa” e que “estes bravos que 50 anos depois querem refazer a história são os que foram derrotados por ela”.

“Por muito que se enfeite a tribuna de rosas brancas ou de cravos, esta sessão não é uma homenagem à democracia. É uma tentativa de reescrever a sua história pelas mãos das direitas que, não conseguindo superar o 25 de Abril nem apagá-lo, tentam amputar-lhe o sentido”, defendeu.

A bloquista frisou ainda que “nem três Salazares conseguiriam hoje apagar a memória do povo português do dia que anunciou o fim da guerra colonial, o fim da ditadura, o fim do analfabetismo”.

Mortágua acusou as direitas de encenarem solenidade para tentarem impor ao povo a ideia de que “o tempo da mudança acabou para sempre” e que “a revolução que derrotou a ditadura foi um excesso”.
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25 de Novembro não é pretexto para "campeonato de populismos antidemocráticos que sonham com o regresso de três Salazares"

Inês Sousa Real, do PAN, começa por lembrar que o 25 de Novembro, “tantas vezes usado como arma de arremesso, foi um momento em que decidimos que a democracia pluralista não seria um mero parêntesis mas sim a regra”.

“O país estava partido ao meio. Havia barricadas”, recorda, afirmando que “é impossível não olhar para esta sala e ver outra vez trincheiras”. “Não pelas mãos do povo, mas pelos discursos que transformam questões de justiça em arenas culturais, em que a cordialidade entre pares deu lugar tantas vezes à má educação institucionalizada”, declarou.

A porta-voz do PAN sublinhou que o 25 de Novembro “não pode ser um pretexto para gastar milhares de euros em paradas militares ultrapassadas, destinadas apenas a fazer prova de vida num campeonato de populismo antidemocráticos que sonham com o regresso de três Salazares”.

“Abril abriu portas, Novembro consolidou-as. Hoje a escolha é nossa: abrir mais essas portas ou deixá-las enferrujar”, rematou.
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Filipe Sousa: "Portugal não pode voltar a ajoelhar-se perante extremismos"

Filipe Sousa, deputado único do JPP, foi o primeiro a discursar no Parlamento. “Celebramos algo que vai muito além dos 50 anos de história. Celebramos um país que poderia ter caído no abismo, mas não caiu porque houve quem tivesse coragem, porque houve quem tivesse sangue frio”, vincou.

“Incomoda muita gente reconhecer este facto. Incomoda quem preferia que a história fosse escrita apenas numa versão conveniente. Incomoda quem insiste em transformar o 25 de Novembro num episódio secundário. E incomoda, sobretudo, quem nunca fez as pazes com o facto de Portugal ter escolhido a liberdade e não a radicalização”, disse o deputado.

Cinquenta anos depois, “dói ver se volta a brincar com discursos incendiários, dói ver como se voltam a alimentar ódios” como se “a democracia fosse uma autêntica trincheira”, considerou.
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Lusa /

Montenegro defende que é importante país evocar data para perceber de onde vem

"É importante para o país ter esta evocação e ter este registo histórico e ir legá-lo a todas as gerações, para percebermos de onde é que vimos e o que é que queremos construir no futuro", afirmou Luís Montenegro numas curtas declarações aos jornalistas no final da parada militar que se realizou na Praça do Comércio, em Lisboa, para assinalar os 50 anos do 25 de Novembro de 1975.

Montenegro assistiu a esta parada militar acompanhado por vários membros do Governo, entre os quais os ministros da Defesa, das Finanças, da Administração Interna, da Saúde e da Agricultura e Pescas.

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PS assinala 25 de Novembro em reunião da Comissão Política

O Partido Socialista assinala esta terça-feira os 50 anos do 25 de Novembro de 1975 numa reunião da sua Comissão Política Nacional, na sede nacional, no Largo do Rato, em Lisboa, às 21h00.

Na primeira parte da reunião, “usarão da palavra, a convite do PS, Isabel Soares, Manuel Pedroso Marques e Manuel Alegre, sendo a sessão encerrada pelo secretário-geral, José Luís Carneiro”, avança o PS em comunicado.

Prosseguirá depois a reunião da Comissão Política Nacional, “nos moldes habituais, sem a presença da comunicação social, para o segundo ponto da ordem de trabalhos, destinada à análise da situação política”.
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Primeiro discurso de Marcelo
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Presidente da República relembra "Abril sem o qual não teria havido Novembro"

Marcelo Rebelo de Sousa discursou na cerimónia na Praça do Comércio, relembrando que, sem Abril de 1974, não teria havido Novembro de 1975.

Frisou ainda que, sem Novembro de 1975, “não teria havido a Constituição de 1976”.

O presidente da República invocou os valores da liberdade, da democracia e do Estado de Direito, assim como “as virtudes militares da camaradagem, da disciplina, do espírito de sacrifício, da lealdade, do sentido de missão e do patriotismo que fizeram e fazem a grandeza de Portugal”.

“Em Novembro de 2025, como em Abril de 2024, essa data primeira, celebramos estes valores e estes predicados. Gratidão às nossas Forças Armadas sempre, em nome de Portugal”, declarou.
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Mensagem de Ramalho Eanes
RTP /

"Devolveu-se aos portugueses a condução do seu destino". Presidente da Comissão para as Comemorações reproduz texto

Depois de um discurso em que recordou os acontecimentos históricos de há 50 anos, o tenente-general Alípio Tomé Pinto, que preside à Comissão para as Comemorações dos 50 Anos do 25 de Novembro, reproduziu uma mensagem do antigo presidente da República António Ramalho Eanes.

No texto escrito para este dia, Ramalho Eanes afirma que "terá sido historicamente oportuna a decisão política e militar de rememorar o 25 de Novembro".

"Não se trata de celebrar a data ou sublinhar nomes, mas sim evocar a memória ativa, orientada para o futuro, e contribuir para a dignificação da instituição militar e da própria nação".

"O 25 de Abril é consabidamente a data fundadora da restauração da liberdade, para os portugueses decidirem livremente o seu futuro através de eleições livres", sustentou.

"É da autoria dos militares este ato fundacional da liberdade e da democracia. Já a democracia resultante é, no entanto e só, de todos os portugueses".

"O 25 de Novembro apenas se tornou necessário para fazer face à deriva do processo revolucionário que se acentuava e fazia prever uma insurreição armada e portanto ameaçava o compromisso assumido pelos militares. Insurreição esta que veio a ocorrer e a que as Forças Armadas, na sua parte moderada, democrática e legalista responderam com sucesso, mas infelizmente com algumas baixas", prosseguiu, citando em seguida os nomes dos militares que perderam a vida.

"Foi o 25 de Novembro que permitiu que os militares respondessem ao imperativo de honra que tinham assumido com o povo português, a 25 de Abril".
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Parada no Terreiro do Paço
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Hino ouvido no primeiro capítulo das cerimónias desta terça-feira

Presidente da República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro e ministro da Defesa estão no Terreiro do Paço, onde decorre a parada militar.

Depois de se ouvir o Hino Nacional, Marcelo Rebelo de Sousa passou revista aos militares.
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Praça do Comércio
RTP /

Desfile militar marca início das cerimónias

Realiza-se esta manhã um desfile militar na Praça do Comércio, em Lisboa. Nenhum dos partidos da esquerda está presente, com a exceção do PS.

A sessão solene na Assembleia da República segue-se à parada militar.
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25 de Novembro
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Sessão solene no Parlamento a partir das 11h00

Das flores à arrumação do hemiciclo, a Assembleia da República assinala esta manhã os 50 anos do 25 de Novembro com uma sessão igual à que, no ano passado, comemorou os 50 anos da Revolução dos Cravos.O início da sessão solene está previsto para as 11h00. Há uma diferença face ao 25 de Abril: haverá rosas brancas em lugar de cravos vermelhos.


Cada um dos grupos parlamentares dispõe de cinco minutos e 30 segundos para se pronunciar e cada deputado único terá três minutos e 30 segundos

As intervenções seguem, como habitualmente, a ordem crescente de representação parlamentar - JPP, PAN, BE, CDS, Livre, IL, PS, Chega e PSD.

Os comunistas fizeram saber que não vão marcar presença. O partido sublinha que "não compactua com a operação em curso em torno dos 50 anos do 25 de Novembro para menorizar o 25 de Abril, as suas conquistas e valores, nem para tornar o 25 de Novembro naquilo que não foi, mas que alguns gostavam que tivesse sido".

A sessão passará também por um discurso do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, será culminada pela alocução do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Desta feira, os principais convidados institucionais, entre os quais os presidentes do Tribunal Constitucional e do Supremo Tribunal de Justiça, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e o procurador-geral da República, sentam-se na meia-lua do hemiciclo, tal como sucede nas sessões solenes do 25 de Abril.

Já nas galerias, deverão estar presentes as mesmas entidades que testemunharam a sessão solene dos 50 anos do 25 de Abril. O cardeal-patriarca de Lisboa, que não marcou presença em 2024, deve agora assistir à sessão.

A sessão solene do 25 de Novembro chegará ao fim com o hino nacional tocado pela Guarda Nacional Republicana. Marcelo Rebelo de Sousa e José Pedro Aguiar-Branco vão participar, nos Passos Perdidos, no lançamento de uma edição especial de selos postais, alusivos aos 50 anos do 25 de Novembro, ao lado do presidente executivo dos CTT.Marcelo, Aguiar-Branco, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e a mulher, Carla Montenegro, vão também estar junto a uma tela alusiva ao Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.

Recorde-se que a equiparação entre as sessões solenes do 25 de Novembro e a do 25 de Abril foi uma reivindicação de Chega, IL e CDS-PP, tendo merecido as críticas da esquerda parlamentar.

c/ Lusa
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Vasco Lourenço critica cerimónias do 25 de Novembro

O capitão de Abril garantiu que não vai estar presente nas cerimónias, porque diz que são "uma fantochada".
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Andreia Brito, Natália Carvalho - Antena 1 /

Comparar o 25 de Novembro ao 25 de Abril? "É um disparate"

Imagem e edição vídeo: Pedro Chitas

Mas o candidato a presidente da República defende que “isso nunca deve ser contra o 25 de Abril de 74 ou sequer igualar ao 25 de Abril de 74”.

Em entrevista ao podcast da Antena 1 Política com Assinatura, Seguro diz que o 25 de Abril foi “o momento fundador da conquista da liberdade”.

Recusa que haja uma instrumentalização da data por parte dos partidos. No entanto, diz que “alguns tentam reescrever a História”.

Comemorá-la (a data do 25 de Novembro) e refletir sobre ela, isso é positivo, agora contrapô-la ao 25 de Abril de 74 é que eu acho que é um disparate”, acrescenta o candidato a Belém. 

O país está farto de divisões, dispensávamos esta”, insiste. E conclui que não faz sentido tornar o 25 de Novembro um feriado nacional. 

Declarações de António José Seguro ao podcast Política com Assinatura, da editora de política da Antena 1, Natália Carvalho.
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A derrota da esquerda militar perante os moderados. O que aconteceu a 25 de Novembro?

Era o prolongamento das tensões que o país vivia com o chamado Verão Quente, que dividiu os militares, os políticos e o país.

Foi uma ameaça de guerra civil não chegou a acontecer. Quatro dias depois, a vitória dos moderados e a derrota da esquerda revolucionária deixou uma marca no país.
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