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Pedro Nuno Santos admite "preocupação" com acesso à habitação e pede "mobilização"

por João Alexandre - Antena 1

Fotografia: João Alexandre

Com a campanha eleitoral de regresso a Lisboa, Pedro Nuno Santos foi recebido em clima de festa pela máquina socialista que, na arruada na freguesia da Ajuda, contou com a presença de duas ex-ministras dos governos de António Costa: Alexandra Leitão, candidata autárquica na capital, e Mariana Vieira da Silva, a cabeça de lista por Lisboa nas legislativas.

"Temos sentido a campanha crescendo e o importante é passar a mensagem. Sabíamos que estas eleições não eram desejadas e há um esforço de mobilização que é preciso fazer", disse, em declarações à Antena 1, Mariana Vieira da Silva, alinhada com Pedro Nuno Santos que, aos jornalistas, também sublinhou a importância de garantir que o eleitorado está mobilizado a 18 de maio: "Temos de conseguir mobilizar o nosso povo, dar-lhes esperança, mostrar-lhes que é possível termos uma mudança segura e positiva em Portugal".

Esta é, aliás, segundo o secretário-geral do PS, a prioridade para a reta final da campanha, com Pedro Nuno Santos a afirmar-se "concentrado" em repetir aos eleitores que "é mesmo possível viver melhor em Portugal".

Mas, foi precisamente numa das nas ruas da freguesia lisboeta que surgiu o confronto com a realidade, por parte de um morador: "[Eu e a minha mulher] Fomos expulsos de uma casa. Estamos a pagar uma renda de 620 euros com uma reforma de 700. Eu não consigo sobreviver a isso", disse ao líder do PS, que respondeu: "Eu sei. Vamos tentar ajudar também, tenho muita esperança. Vamos conseguir ajudar as pessoas".

E, foi depois de questionado sobre as notícias que dão conta de que há cada vez mais pessoas a procurar abrigo nas urgências hospitalares para evitar dormir na rua, que o ex-ministro da Habitação avançou com um objetivo em jeito de promessa: "Nós queremos repor o apoio às rendas às nossas famílias para que elas não percam as suas casas".

"A habitação é uma preocupação para nós. O Governo disse que também era uma preocupação para eles, mas, ao mesmo tempo que o diziam, cortaram o apoio ao arrendamento a mais de 40 mil famílias que hoje estão a cortar na alimentação para segurar as casas. E outras não conseguiram mesmo segurar as casas", disse ainda Pedro Nuno Santos, numa manhã em que, a poucos metros do Palácio de Belém, fintou as perguntas dos jornalistas sobre o presidente da República, a governabilidade ou a irritação do primeiro-ministro após as questões sobre o tema Spinumviva: "É a força do voto. O PS vai ganhar e o PS vai governar".


Reportagem de João Alexandre
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