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Pós-eleições. "Mera substituição" de Mortágua não ajuda Bloco, Chega não afasta proposta de CPI sobre Spinumviva

por Gonçalo Costa Martins - Antena 1

As leituras políticas que podem ser feitas dos resultados das eleições estão em destaque esta segunda-feira na Antena 1. O Programa da Manhã ouve vários protagonistas políticos sobre os desafios que se colocam para o futuro. Já o programa "Entre Políticos" junta Marina Gonçalves (PS), António Rodrigues (PSD), António Filipe (PCP) e Rita Matias (Chega). Acompanhamos aqui os principais momentos desta emissão especial.

Foto: António Antunes - RTP

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Momento-Chave
por RTP

Chega não afasta proposta de comissão de inquérito sobre caso Spinumviva

O Chega não exclui a possibilidade de avançar com uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o caso Spinumviva, a empresa familiar de Luís Montenegro.

A hipótese foi assumida no Programa da Manhã da Antena 1 pela deputada e vice-presidente do partido, que espera que o primeiro-ministro "preste todos os esclarecimentos necessários".

A proposta foi inicialmente apresentada pelo PS e abriu-se um braço de ferro com o PSD para discutir os termos da CPI, tendo sido discutida na moção de confiança chumbada em março que levou à marcação das eleições legislativas antecipadas.

"Se esses esclarecimentos não forem dados de forma clara e inequívoca, naturalmente que o Chega apoiará a criação de uma CPI", garantiu Marta Silva.
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por RTP

Ferreira Leite: Chega foi impulsionado pela "atenção". Paulo Cunha conclui que portugueses "não gostam de instabilidade"

A antiga presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, destaca o resultado da AD como sendo um resultado positivo, e diz que ninguém estava à espera de uma maioria absoluta.

A social-democrata assume que fica preocupada com os resultados do Chega, mas aponta o dedo para vários responsáveis, desde logo alguma comunicação social.

"A atenção que foi dada a este partido só podia ter como consequência aumentar a sua votação", recordando que "passaram-se horas" em redor de ambulâncias por causa dos dois episódios de indisposição do líder do Chega, André Ventura.

Já Paulo Cunha reconhece nos resultados da noite passada um sinal de que os portugueses querem um período de estabilidade.

Para o eurodeputado do PSD, os eleitores "premeiam quem quer governar e quem quer essa estabilidade, e censuram todas forças políticas que se limitam a um jogo tático e político".


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Momento-Chave
por RTP

Francisco Assis fora da corrida à liderança do PS: "é uma questão resolvida há muito tempo"

O eurodeputado socialista garante que não está nos planos candidatar-se à liderança do PS.

"Isso para mim é uma questão que está resolvida já há muito tempo, já fui há muitos anos candidato à liderança do Partido Socialista", responde, ao ser questionado pelo jornalista Frederico Moreno.

Ouvido no Programa da Manhã de hoje, num painel de eurodeputados depois das 9 horas, Francisco Assis disse também que o secretário-geral não tinha outra opção a não ser sair de cena perante os resultados de ontem.
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por Antena 1

Presidenciais. Ex-líder do CDS sugere passo atrás de Marques Mendes: "devia reponderar se não seria vantajoso"

Manuel Monteiro diz que Luís Montenegro devia ponderar se Luís Marques Mendes é ou não o melhor candidato a Presidente da República.

O antigo líder centrista dizia esta manhã na Antena 1 que o CDS é importante na coligação AD. Acabou por admitir também que isso deve levar a uma reflexão sobre a melhor candidatura da direita a Belém.

"Penso que Montenegro devia reponderar, ele e o doutor Luís Marques Mendes, sobre se não seria vantajoso alterar a candidatura presidencial anunciada e procurar um candidato muito mais abrangente e consensual do que Luís Marques Mendes", afirmou.

Manuel Monteiro não adianta se Paulo Portas seria o candidato ideal, quando questionado pelo jornalista Frederico Moreno.

No Programa da Manhã, o ex-líder do CDS disse que é preciso perceber se os votos no Chega são "conjunturais ou estruturais" e que isso deve motivar uma "reflexão muito ponderada".
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Momento-Chave
por RTP

"Não é a mera substituição de uma líder que vai ajudar o Bloco a fazer qualquer tipo de reflexão"

De bancada parlamentar a deputada única, o Bloco de Esquerda vai manter a eleita Mariana Mortágua, e Marisa Matias, que falhou a eleição pelo Porto, recusa que a saída da líder seja o caminho para dar a volta.

"Não faz parte da cultura do Bloco, nunca fez, entendermos que os problemas que temos se resumem a uma figura do partido", considera.

Reafirmando a derrota da esquerda e do Bloco de Esquerda, Marisa Matias considera que "não é seguramente a mera substituição de uma líder em qualquer dos momentos que nos vai ajudar a fazer qualquer tipo de reflexão".

Já pelo PCP, António Filipe diz que a AD até tem legitimidade para governar e procurar soluções.

"Tem, mas não se diga que temos de concordar com as políticas da AD", avisou no programa Entre Políticos.


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por RTP

"Sim, Montenegro mantém uma postura arrogante". Rita Matias espera negociações "públicas" com AD

Rita Matias, do Chega, responde a António Rodrigues, do PSD, ao considerar que Luís Montenegro "mantém uma postura arrogante em que não reconhece a importância do partido".

A dirigente do partido e vice-presidente da bancada parlamentar na legislatura anterior diz houve uma campanha contra o Chega nestas eleições, mas que não resultou.

"Isso não aconteceu, a bancada do Chega saiu reforçada. Se todos temos de refletir sobre isto, muito mais tem de refletir Luís Montenegro", apontou no programa Entre Políticos.

Perante a ascenção nestas eleições, Rita Matias até admite uma "ligeira transferência de votos" vindos de outros partidos, mas acredita antes que a abstenção foi mobilizada.

Sobre o diálogo admitido pela AD, Rita Matias é clara: "tudo o que acontecer tem de ser público, dentro do possível".
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por RTP

É altura de trocar olhares para "ver como como conseguimos a estabilidade"

Com "humildade" e "abertura ao diálogo", António Rodrigues, pelo PSD, garante que a AD vai procurar soluções para garantir a governabilidade do futuro executivo.

"Precisamos de olhar para o novo panorama político que agora se constrói", defendeu no programa Entre Políticos, à procura de "plataformas de entendimentos".

Sem detalhar ou antever que soluções podem ser estas, teoriza: "vamos ter que olhar uns para os outros e ver como conseguimos alcançar a estabilidade".

Perante as críticas feitas ao presidente do PSD, António Rodrigues defende que "nunca houve arrogância da parte de Luís Montenegro", avisando os outros partidos para não terem "qualquer tipo de imposição de soluções".

"Também sabemos que não temos maioria no parlamento e teremos que dialogar quer à esquerda quer à direita", afirmou.
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"Tive muito gosto em ser liderada por Pedro Nuno Santos", mas "há uma avaliação a fazer"

No rescaldo do abalo no PS, Marina Gonçalves segue a mesma linha de outras vozes socialistas de que "há uma avaliação a fazer" dentro do partido.

Depois de Pedro Nuno Santos anunciar a demissão, a antiga ministra da Habitação, e que foi deputada do PS na legislatura anterior, mostra orgulho no último ano.

"Tive muito gosto em ser liderada por Pedro Nuno Santos", disse há momentos Marina Gonçalves no programa Entre Políticos, da Antena 1.

"É uma decisão pessoal que temos respeitar", acrescentando que terão uma "voz acertiva" com o programa que defendem na oposição, "convictamente unido num projeto comum".
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Sucessão de Pedro Nuno: Carneiro "tem as melhores condições", Medina e Cordeiro seriam "excelentes candidatos"

A ex-ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, diz que o PS tem vários nomes prontos a avançar para a substituição de Pedro Nuno Santos.

Depois do secretário-geral do partido ter anunciado que não se vai recandidatar às eleições internas, a antiga governante e eurodeputada fala de quatro socialistas capazes de liderar o PS.

"É natural que José Luís Carneiro seja o primeiro a candidatar-se e que tenha as melhores condições para o fazer", considera Leitão Marques, tendo em conta os apoiantes já reunidos por Carneiro nas últimas internas - na altura vencidas por Pedro Nuno.

À lista de nomes "lideráveis", a socialista junta Fernando Medina e Duarte Cordeiro, que "seriam excelentes candidatos" e "suficientemente diferenciados" em relação a Pedro Nuno Santos.
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por RTP

Fernando Negrão: a "pequena revolução" destas eleições pode transformar-se em algo maior

Para o ex-ministro social democrata Fernando Negrão, que teve a pasta da justiça, "o que estas eleições vieram a revelar é que o país continua ingovernável".

Apesar da vitória do PSD com mais votos e deputados, "estamos numa situação igual à anterior", com uma "vontade muito forte de mudança".

"Ontem assistimos a uma pequena revolução", afirma Fernando Negrão, que tentou descrever, na Programa da Manhã de hoje, o sentimento de muitos portugueses: "meus senhores, revolvam a situação, porque se não resolverem, haverá mudanças ainda maior do que estas". 
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