13,5 dos votos dos emigrantes. Recebidas quase 214.000 cartas
Outros afirmaram que, apesar dos dados atempadamente atualizados no cartão de cidadão, não foram depois autorizados a votar, já que essa informação não constava dos cadernos eleitorais.
Os votos dos emigrantes portugueses podem ser contabilizados até dia 28.
Peniche virou Chega. População fala em esquecimento da região
Maioria constitucional. Bloco central deixa de ser suficiente
Sucessão PS. José Luís Carneiro é candidato à liderança
Partidos em Belém. AD disponível para falar com PS e Chega
Foto: Tiago Petinga - Lusa
André Ventura declarou que o Chega será um partido responsável e irá contribuir para a estabilidade, mas que será uma alternativa ao Governo.
PCP avisa que dar "suporte a política antipopular" da direita seria inaceitável
Em conferência de imprensa na sede nacional do PCP, em Lisboa, após uma reunião do Comité Central do partido, Paulo Raimundo considerou que o crescimento da AD, Chega e IL nas legislativas é uma "evolução negativa" e "comporta o perigo real da concretização da agenda retrógrada, neoliberal e antipopular".
"Perante esta realidade, não são aceitáveis entendimentos com a direita e as suas conceções reacionárias, retrógradas e antidemocráticas e dar suporte à sua política antipopular", avisou Paulo Raimundo, numa aparente alusão a possíveis entendimentos entre a AD e o PS.
Antes de anunciar que o PCP vai apresentar uma moção de rejeição do programa do Governo, Paulo Raimundo defendeu que "o que se impõe neste momento é resistir e dar combate de forma determinada à agenda em curso e que vão procurar intensificar".
"Não há estabilidade com a instabilidade da vida. Os resultados eleitorais e a sua expressão institucional não legitimam opções erradas e contrárias às respostas que se impõem em prol da vida da maioria", defendeu.
Para Paulo Raimundo, "este é o tempo de dar combate à política de baixos salários e pensões, de ataque aos direitos dos trabalhadores e aos serviços públicos, de negação do direito à habitação, de mais e mais injustiças e favores ao capital, de submissão nacional e corrida aos armamentos".
"Este não é o momento de esperar para ver, de encolhimentos ou ilusões. Este é o tempo de os democratas e patriotas assumirem o caminho da resistência e da luta contra o retrocesso e abrir o caminho de que Portugal precisa", defendeu.
Apelando a que se tome a iniciativa, Paulo Raimundo considerou que é necessário afirmar uma "política de rutura ao serviço da maioria", pedindo "clarificação e convergência" nesse sentido, mas avisando que o caminho não deve ser o da "diluição" -- expressão que tem utilizado para descartar coligações pré-eleitorais à esquerda.
"O caminho não é a diluição, mas sim a afirmação da alternativa que se impõe. Uma afirmação clara, de coragem, que dê perspetivas aos trabalhadores, às massas populares e à juventude, a todos os que justamente têm razões para estar descontentes e sem esperança", referiu.
O secretário-geral do PCP sustentou que as eleições "criaram ainda mais condições para acentuar a instabilidade da vida" e defendeu que "parte significativa dos que deram o seu voto à direita" vão ser as suas "principais vítimas", prevendo que "aqueles que hoje lhes deram a vitória serão os primeiros, amanhã, a mandá-los abaixo".
Questionado sobre o que é que explica o desaire eleitoral da esquerda nestas legislativas, Paulo Raimundo disse que o resultado da CDU é explicado pela "profunda ligação à vida, à realidade" e por ter abordado o que "importa na vida das pessoas".
"Se todos nos tivéssemos empenhado em falar da vida das pessoas e das soluções que se impõem para a vida das pessoas, talvez os resultados tivessem sido outros na globalidade", referiu.
Sobre se teme que a direita reveja a Constituição da República, uma vez que terá os dois terços de deputados necessários, Paulo Raimundo deixou um apelo a que "os democratas e patriotas" defendam a lei fundamental e "façam tudo o que estiver ao seu alcance para que ela tenha efeitos práticos na vida de cada um".
Interrogado se considera que, com as eleições, Luís Montenegro fica ilibado das suspeitas sobre a Spinumviva, Paulo Raimundo disse que as legislativas "não limpam nada" e "não o livram dessa profunda incompatibilidade entre a sua agenda legítima profissional, mas completamente incompatível com as responsabilidade que tem enquanto primeiro-ministro".
"Vamos ter estabilidade", afirma o Presidente da República
"Vamos ter estabilidade", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta aos jornalistas, à saída de uma sessão comemorativa dos 40 anos da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), no Museu dos Coches, em Lisboa.
O chefe de Estado fez sinal de que não tencionava falar aos jornalistas, à entrada e à saída desta iniciativa, mas acabou por dizer algumas palavras enquanto andava, em passo rápido, em direção ao Palácio de Belém, acompanhado por alguns elementos da comunicação social.
Interrogado se vai haver estabilidade, o Presidente da República respondeu que sim, mas realçou que o processo de audiências continua: "Vamos ter as reuniões, ainda faltam muitos partidos".
"Eu acho que correu bem, correu bem, qualquer das três [audiências]. Vamos ver, isto continua. Os três [PSD, PS e Chega] continuam para a semana", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.
Interrogado se teve alguma garantia da parte do PS ou do Chega, o chefe de Estado respondeu que não pode "contar publicamente aquilo que é um encontro privado com cada partido, faltando ainda sete partidos" serem ouvidos.
Marcelo Rebelo de Sousa recusou comentar o processo de substituição da liderança do PS.
Na quarta-feira, o Presidente da República vai ouvir a IL, às 11:30, e o Livre, às 17:00, prosseguindo as audiências aos partidos que obtiveram representação parlamentar nas legislativas antecipadas de domingo sobre a formação do novo Governo.
O chefe de Estado recebeu hoje o PSD, às 11:00, o PS, às 15:00, e o Chega, às 17:00.
Ficam a faltar audiências aos restantes cinco partidos que obtiveram representação parlamentar: PCP, CDS-PP, BE, PAN e JPP.
Presidente da República ouve IL e Livre na quarta-feira
Segundo uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa vai ouvir a Iniciativa Liberal (IL) às 11:30 e o Livre às 17:00 de quarta-feira, depois de ter ouvido hoje o PSD, o PS e o Chega.
Ficam a faltar audiências aos restantes cinco partidos que obtiveram representação parlamentar: PCP, CDS-PP, BE, PAN e JPP.
O PCP anunciou hoje à tarde que vai apresentar no parlamento uma moção de rejeição do Programa do Governo.
Nos termos do n.º 1 do artigo 187.º da Constituição, "o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais".
A AD (PSD/CDS-PP), liderada pelo atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, venceu as eleições legislativas antecipadas de domingo, com mais de 32% dos votos, sem maioria absoluta. Em coligação, os dois partidos elegeram 89 deputados, dos quais 87 são do PSD e dois do CDS-PP - mais de um terço dos 230 lugares do parlamento, mas longe da maioria absoluta.
Quando falta contabilizar os votos dos círculos da emigração e atribuir os respetivos quatro mandatos, o PS é o segundo mais votado, com 23,38% dos votos, e 58 deputados, os mesmos que o Chega, que tem menor votação, 22,56%.
De acordo com os resultados provisórios divulgados pela Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, segue-se a IL, em quarto lugar, com 5,53% dos votos e nove deputados, e depois o Livre, com 4,2% e seis eleitos.
A CDU (PCP/PEV) obteve 3,03% dos votos e elegeu três deputados, todos do PCP. O BE, com 2%, e o PAN, com 1,36%, elegeram um deputado cada um, assim como o JPP, da Madeira, que teve 0,34% dos votos em termos nacionais.
PCP vai apresentar uma moção de rejeição do programa do Governo
O PCP vai apresentar uma moção de rejeição do programa do Governo, anunciou hoje o secretário-geral do partido, considerando que não é preciso esperar pelo documento para saber que vai conter ataques aos serviços públicos e direitos dos trabalhadores.
"E conhecemos uma outra coisa: conhecemos bem a unidade que existe entre o conjunto das forças mais votadas na Assembleia da República sobre cada uma destas matérias. E, portanto, connosco é, de forma clara, do princípio, um sinal claro de combate à política, às consequências na vida das pessoas e do país", frisou.
Paulo Raimundo reforçou que o PCP "fará tudo" para travar, "quer do ponto de vista institucional, quer do ponto de vista de ação diária e do combate", o "programa e a agenda reacionária" que considerou ser a do Governo.
Interrogado porque é que o PCP decidiu avançar com uma moção de rejeição que, à partida, deverá ser chumbada, Paulo Raimundo considerou que "terá um grande significado político, de condenação à política que o Governo quer apresentar".
"E terá outro significado importantíssimo: é que nós vamos dar combate ao Governo e à sua política, ao projeto e à agenda reacionária da direita em todas as frentes, na frente institucional e em todas as frentes de luta", reiterou..
Para o secretário-geral do PCP, a moção de rejeição é um "sinal importante para aqueles que não desistem, para aqueles que, com coragem, vão enfrentar esta política".
"Portanto, [a moção de rejeição] é uma tripla: vale pelo ato em si, pela condenação, e pelo que abre de esperança. Nós também não temos grande ilusões, mas não há nada que negue à partida uma moção que ainda se desconhece", disse.
Paulo Raimundo reconheceu que os resultados eleitorais das legislativas "acabaram por dar mais condições" para que a política do atual Governo fosse prosseguida, mas contrapôs que essa política é "completamente antipopular, antissocial" e "concentra nas mãos de uns poucos a riqueza, os lucros e aperta a vida da maioria".
"Não podemos ser coniventes com isto. E, portanto, por isso é que nós dizemos que o tempo de hoje não é um tempo de esperar, muito menos de dar a mão à direita e ao seu projeto. É um tempo de dar combate e estamos certos que esse combate arrastará outros", referiu.
O secretário-geral do PCP avisou que "não vale a pena alguém pensar, seja lá quem for, que se garante a estabilidade governativa, parlamentar, se a vida das pessoas continuar instável como está e se agravar essa instabilidade".
"Ora, nós não precisamos de condenar a política depois dela concretizada. Nós precisamos é de criar todas as condições para travar e esse [moção de rejeição] é um instrumento que está ao nosso díspar e não vamos prescindir dele", frisou.
André Ventura promete ter "Governo alternativo pronto para governar a qualquer momento"
"O Chega nunca será uma força de bloqueio", garantiu.
André Ventura está confiante de que o Chega será o segundo partido português e afirma que caso isso se verifique, "o Chega assumirá o seu papel de liderança da oposição em Portugal e de liderança de uma alternativa de Governo".
"O país precisa de um rumo, ordem e caminho que seja de combate à corrupção, de dar dignidade a quem trabalha e de permitir que haja uma mudança real no nosso país, não permitindo o descontrolo que temos tido nos últimos anos em todas as matérias", declarou.
"O país virou. Alguma coisa vai ter de mudar. É tempo e o país precisa de uma mudança profunda", asseverou.
Ao mesmo tempo, e "não obstante estas linhas fundamentais e este mar de diferença que nos separa da AD e do PS", Ventura garante que o Chega "procurará ser um farol de mudança e um farol de estabilidade, aberto, como sempre esteve, ao diálogo às medidas boas para o povo português".
Reunião com André Ventura já terminou
Rangel diz que AD não mudou posição em relação ao Chega
"Isso não significa que não possa haver convergência quanto a medidas concretas", esclareceu, salientando que isso foi o que aconteceu na última legislatura, lembrando os casos de convergência entre a extrema-esquerda e o Chega em alguns dossiers.
"Temos de respeitar a vontade dos eleitores", disse, afirmando que "não podemos ter uma diferenciação dos eleitores por sistema".
Alexandra Leitão focada nas autárquicas em Lisboa não será candidata a líder do PS
"Neste momento a única coisa que posso adiantar é que eu própria não me candidatarei ao lugar de secretária-geral porque tenho o foco na cidade de Lisboa e nas eleições autárquicas", adiantou Alexandra Leitão, em declarações à Lusa.
Na opinião da candidata do PS à Câmara de Lisboa, as eleições autárquicas são "fundamentais para o PS", e o partido "tem que ganhar e vai ganhar".
"E o meu foco agora é a minha candidatura à Câmara de Lisboa", insistiu.
Quanto a calendários e outros cenários internos do PS, Alexandra Leitão remeteu para a Comissão Nacional de sábado a sua posição.
"Para já vou reservar essa posição tendo em conta que alguns aspetos ainda não estão definidos, mas espero que até à Comissão Nacional ou fiquem definidos ou sejam definidos na Comissão Nacional", disse apenas.
A líder parlamentar do PS assumiu que os resultados do partido nas eleições legislativas de domingo "não foram bons, foram difíceis".
"Acho que em conjunto, enquanto partido, teremos que fazer essa reflexão. Acho que há órgãos próprios para o fazer e neste momento tenho as minhas opiniões e faço as minhas reflexões, mas neste momento também não queria antecipar mais", acrescentou.
Pedro Nuno Santos deixará de ser secretário-geral do PS já no sábado, após a Comissão Nacional, e será o presidente do partido, Carlos César, a assumir interinamente a liderança socialista, confirmou à Lusa fonte oficial partidária.
A Comissão Nacional do PS para aprovar o calendário eleitoral interno, depois do anúncio da demissão de Pedro Nuno Santos da liderança, foi convocada para sábado, em Lisboa, também para analisar os resultados das legislativas.
O PS alcançou o terceiro pior resultado da sua história em legislativas, ficando quase empatado com o Chega, o que levou o seu líder, Pedro Nuno Santos, a apresentar a demissão um ano e meio após a sua eleição.
Com este resultado, o PS surge quase empatado com o Chega e, em comparação com os mesmos resultados do ano passado, também sem a emigração, perdeu cerca de 365 mil votos num ano.
No discurso no qual assumiu a derrota, o líder do PS assumiu a responsabilidade do resultado, disse que deixa de ser secretário-geral se "puder ser já" e que não quer "ser um estorvo nas decisões" que o PS tem que tomar.
"Mas como disse Mário Soares, só é vencido quem desiste de lutar e eu não desistirei de lutar. Até breve. Obrigado a todos", enfatizou.
Pedro Nuno Santos teve "uma boa reunião" com Marcelo Rebelo de Sousa
O ainda secretário-geral do PS disse que "foi uma boa reunião, um bom encontro" que, no seu caso, serviu também de "despedida", já que no domingo apresentou a demissão da liderança do seu partido.
"[Foi] uma reunião muito importante para nós. Prezei sempre pelas relações institucionais com o senhor presidente da República. Tivemos uma boa convivência ao longo deste ano e meio na liderança do Partido Socialista", declarou aos jornalistas.
Presidente já está a ouvir o PS
Francisco Assis exclui "completamente" candidatar-se à liderança do PS
Questionado sobre uma eventual candidatura à liderança socialista, Francisco Assis disse excluir "completamente" essa hipótese e disse haver algumas pessoas no PS com as qualidades necessárias.
"Haverá alguém que provavelmente me agrade mais, mas eu não vou dizê-lo neste momento", afirmou. "A questão fundamental é que alguém tenha vontade".
Após os resultados de domingo, o eurodeputado considerou ser essencial "retomar o diálogo entre o PS e o PSD".
"Falhámos a batalha ao centro pela razão de que o eleitorado entendeu por bem dar de novo a sua confiança a um Governo que tinha apenas um ano de funções", disse o socialista.
Para Assis, os portugueses "não queriam interromper este ciclo de um ano e não queriam recuperar um ciclo PS, um longo ciclo de oito anos".
Comité Central do PCP vai analisar esta terça-feira resultados eleitorais
Foto: Pedro A. Pina - RTP
AD quer negociar com todos os partidos e não exclui Chega
Foto: Paulo Cunha - Lusa
MP pede informações adicionais a Montenegro sobre Spinumviva e a Pedro Nuno sobre imóvel em Lisboa
A PGR confirmou à RTP que "foram solicitados elementos adicionais" em relação às duas averiguações preventivas em curso - uma relacionada com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e a empresa Spinumviva, e outra relacionada com o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e a aquisição de um imóvel em Lisboa.
"As averiguações preventivas encontram-se em curso, aguardando o Ministério Público resposta a essas solicitações", acrescentou a PGR. As duas averiguações preventivas estão a cargo do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
Esta segunda-feira, o procurador-geral da República falou à agência Lusa sobre a averiguação preventiva a Pedro Nuno Santos, não tendo dado detalhes sobre a averiguação preventiva que envolve Luís Montenegro, que foi anunciada no início de março deste ano.
Nessa altura, Amadeu Guerra explicou que foram recebidas três queixas relacionadas com a empresa da família do primeiro-ministro e que o objetivo da averiguação preventiva será avaliar se existem elementos para avançar com a abertura de um inquérito e que terá como base informações obtidas em fontes abertas e em documentos solicitados aos envolvidos.
O caso relacionado com a Spinumviva levou o Governo a apresentar uma moção de confiança, que foi chumbada na Assembleia da República, e provocou eleições antecipadas que aconteceram este domingo.
Em relação ao secretário-geral do Partido Socialista, cuja averiguação preventiva foi aberta há mais de um mês, o procurador-geral da República adiantou ainda esta segunda-feira que a questão será "analisada mais uma vez para a semana, eventualmente ainda esta semana".
c/ Lusa
Terminou a reunião entre Marcelo e Montenegro
PS. Augusto Santos Silva declara apoio a José Luís Carneiro
Augusto Santos Silva defende também que o PS deve estar disponível para viabilizar o novo governo da AD, liderado por Luís Montenegro.
"Não é não" ao Chega é para manter, acredita Poiares Maduro
Foto: Pedro A. Pina - RTP
PSD, Chega e PS recebidos pelo presidente da República
Marcelo recebe esta terça-feira as delegações de PSD, PS e Chega: as reuniões começam às 11h00 com os social-democratas; os socialistas são recebidos às 15h00 e Chega às 17h00.
As datas das audições dos demais sete partidos que obtiveram representação parlamentar não foram ainda divulgadas. Na próxima semana, Marcelo rebelo de Sousa tenciona fazer uma segunda ronda com PSD, PS e Chega.
"Na sequência das eleições para a Assembleia da República ontem [domingo] realizadas, o Presidente da República nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 187.º da Constituição, vai iniciar amanhã, terça-feira, as consultas aos partidos políticos, tendo em conta os resultados provisórios anunciados pelo Ministério da Administração Interna, e sem prejuízo dos círculos que ainda falta apurar", lê-se em nota publicada no portal da Presidência da República.Marcelo Rebelo de Sousa diz-se convicto de que todos os partidos farão um esforço para a garantir a governabilidade.
Nos termos do no n.º 1 do artigo 187.º da Constituição da República, "o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais".
A AD venceu as eleições legislativas antecipadas do passado domingo com 32,10 por cento dos votos e 86 deputados no continente e na Madeira, a que se somam mais 0,62 por cento e três eleitos pela coligação PSD/CDS-PP/PPM nos Açores. Destes 89 eleitos, 87 são do PSD e dois do CDS-PP.
Quando falta apurar os votos dos círculos da emigração e atribuir os respetivos quatro mandatos, o PS é o segundo mais votado, com 23,38 por cento e 58 deputados, os mesmos que o Chega, que tem menor percentagem, 22,56 por cento.
Acompanhamos aqui, ao longo dia, o andamento do processo pós-eleitoral.
Confiante em novo governo. Marcelo abre portas de Belém para auscultações
"Maioria maior" da AD não é suficiente para governar sozinha
Medina não quer pronunciar-se sobre cenário de candidatura à liderança do PS
Foto: Rodrigo Antunes - Lusa