Livre apela a que a esquerda desperte antes das eleições autárquicas
Tavares considerou que a esquerda não se pode "dar ao luxo" de uma reflexão muito alongada, alertando que nas legislativas de domingo o Chega ficou "em primeiro lugar em dezenas de concelhos do país".
O deputado insistiu várias vezes na ideia de que o país pode estar perante uma “crise de regime” caso a Constituição seja revista apenas pela direita e extrema-direita sem o voto favorável do centro-esquerda, mas também pelo risco de o Chega poder conquistar várias câmaras municipais e juntas de freguesia, o que significaria uma alteração substancial do mapa político português.
O dirigente do Livre pediu à esquerda que “desperte”, vá “ao encontro das populações” nas autárquicas e faça tudo o que estiver ao seu alcance “para que haja, na maior parte das câmaras possíveis nas quais a extrema-direita ficou em primeiro, listas progressistas nas quais os eleitores progressistas e democráticos saibam que podem votar”.
Outra preocupação do Livre, partilhada por Rui Tavares, é a revisão constitucional pedida pela direita, nomeadamente pela Iniciativa Liberal: "Já sabíamos que a Iniciativa Liberal gostava de motosserras, agora percebemos que gosta de mandar gasolina para o fogo".
Aguiar-Branco disponível para se recandidatar a presidente da Assembleia da República
Foto: Filipe Amorim - Lusa
Questionado se admite recandidatar-se ao cargo de presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco respondeu: “A minha posição é simples, é uma posição de disponibilidade para poder também voltar a ser o presidente da Assembleia da República”.
Livre reunido em Belém com o presidente
Mário Centeno pede estabilidade política em Portugal
Foto: António Pedro Santos - Lusa
Aguiar-Branco disponível para se recandidatar a presidente da Assembleia da República
Estas posições foram transmitidas por José Pedro Aguiar-Branco, antigo ministro social-democrata que encabeçou a lista da AD -- coligação PSD/CDS pelo círculo de Viana do Castelo, após ter recebido no parlamento o músico e compositor Rui Veloso.
Questionado se admite recandidatar-se ao cargo de presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco respondeu: "A minha posição é simples, é uma posição de disponibilidade para poder também voltar a ser o presidente da Assembleia da República".
José Pedro Aguiar-Branco referiu que a eleição do presidente da Assembleia da República vai acontecer na primeira sessão do parlamento da nova legislatura - sessão que estimou poder ocorrer entre os dias 02 e 05 de junho.
Nessa primeira reunião plenária do parlamento - e uma vez empossados os 230 deputados - será então o momento em que serão apresentadas as candidaturas ao lugar de presidente da Assembleia da República.
"Os grupos parlamentares terão a oportunidade de manifestarem o apoio a quem possa vir a apresentar-se", apontou José Pedro Aguiar-Branco, aqui numa alusão à circunstância de o presidente da Assembleia da República, para ser eleito, ter de obter pelo menos 116 votos favoráveis entre os 230 deputados.
"A verdade é que a formalização [das candidaturas] só poderá acontecer em função das circunstâncias desses momento, que não sei antecipar quais são. Neste momento só posso dizer que há a minha disponibilidade. Se as circunstâncias vão ou não permitir que essa disponibilidade se concretize no dia em que tivermos a [primeira] sessão, logo veremos", completou.
Mariana Vieira da Silva não exclui candidatura à liderança do PS
Amnistia Internacional adverte contra "aumento de autoritarismo" após eleições
A AI PT assegura que vai estar particularmente atenta “a eventuais abusos e violações dos Direitos Humanos de todos os que residem em Portugal, incluindo aqueles que procuram o nosso país para viver”.
Entre as 13 recomendações que a secção portuguesa da AI preparou surgem, por exemplo, “proteger o direito de reunião pacífica, assegurando a não discriminação e a proporcionalidade no policiamento e no uso dos poderes policiais, do direito penal e das sanções em relação aos protestos”.
Inquérito aberto a vídeos publicados por André Ventura sobre comunidade cigana
Outro vídeo, publicado dias depois, mostra André Ventura com uma parte de um contrato - em que não é possível perceber qual o município onde foi celebrado, nem em que data -, cuja descrição é "construção de alojamento para comunidade de etnia cigana".
c/ Lusa
IL vai apresentar projeto de revisão constitucional nos próximos dias
A primeira responsabilidade "é a representação daqueles que entendem que o Estado está sentado em demasiadas mesas em Portugal e que querem mais confiança para a sua autonomia, para gerirem as suas vidas", declarou.
Questionado Relação com AD, disse que a IL estará disponível "para todas as discussões que sejam oportunas e que sejam feitas no interesse de Portugal e dos portugueses".
Quanto aos resultados do Chega, afirmou que "será mais um partido a defender uma visão estatizante de Portugal, uma visão dirigista, uma visão dependente do Estado. E nisso não se distingue da generalidade dos outros partidos".
Rui Rocha anunciou que a IL apresentará "nos próximos dias" um projeto de revisão constitucional "em que traremos para a discussão exatamente esta visão da sociedade".
"Não é um ajuste de contas com a História, mas é a criação de uma oportunidade de futuro para todos, em que todos se reconheçam numa Constituição que traz mais liberdade e que tem menos pendor ideológico", explicou.
Rui Rocha já saiu da audiência com o presidente da República
Vitalino Canas vê José Luís Carneiro "na linha da frente" para liderar PS
"É necessário encontrar uma linha de atuação que dê respaldo suficiente aos candidatos autárquicos do PS" e, por outro lado, o partido "tem também a responsabilidade de rapidamente definir quem vai ser o candidato presidencial que vai apoiar", declarou em entrevista à RTP.
Vitalino Canas acredita que José Luís Carneiro "está na linha da frente", uma vez que já foi candidato nas anteriores eleições à liderança do PS com "uma votação muito razoável", mostrando "ter capacidade".
Rui Rocha já está reunido com Marcelo Rebelo de Sousa
Iniciativa Liberal e Livre rumam ao Palácio de Belém
A delegação da Iniciativa Liberal vai ser recebida em Belém a partir das 11h30. O Livre é recebido às 17h00.As audiências com as restantes formações partidárias devem prosseguir durante a semana.
Os social-democratas saíram da audiência com o chefe de Estado, ao final da manhã de terça-feira, sem prestar declarações aos jornalistas. Luís Montenegro limitou-se a responder que o encontro decorreu de modo normal.
O número um da AD fez-se acompanhar, na reunião em Belém, pelo líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, e pelas vice-presidentes do partido Leonor Beleza e Inês Palma Ramalho.
Por sua vez, o líder demissionário do PS, Pedro Nuno Santos, quis destacar a boa relação que manteve com Marcelo Rebelo de Sousa e acrescentou que o importante é garantir estabilidade política para Portugal.
À cabeça da delegação do Chega, André Ventura ensaiou a promessa de que partido será um farol de estabilidade disponível para o diálogo. Deixou, todavia, por aclarar se admite viabilizar uma proposta de Orçamento do Estado da Aliança Democrática.
O presidente da República não avança, por agora, com detalhes sobre as reuniões que manteve com o PSD, o PS e o Chega e não esclarece, igualmente, se vai aguardar por uma nova liderança dos socialistas antes de indigitar o primeiro-ministro.
O PCP fez entretanto saber que vai avançar com uma moção de rejeição ao programa do próximo governo. O secretário-geral dos comunistas, Paulo Raimuindo, exortou toda a esquerda a unir-se em defesa do Estado social.
"Tratar eleitores do Chega como perigosos fascistas é uma estupidez", defende Marques Mendes
O facto de, pela primeira vez em 50 anos de democracia em Portugal, o PS poder não alcançar nem o primeiro nem o segundo lugar no Parlamento, leva Marques Mendes a defender um “diálogo institucional com o Chega”. “Se houver juízo, se houver bom senso, e se o futuro Presidente da República ajudar à séria, acho que podemos ter um Governo de legislatura”, acredita Marques Mendes.
Avisa que não havendo maioria absoluta ainda existe o “risco da crise, o risco de os orçamentos chumbarem, e o risco de voltarmos à bomba atómica o que é absolutamente inadmissível”.
Pede por isso um acordo entre AD, PS e Chega para evitar moções de confiança e de censura e para negociar Orçamentos do Estado. O candidato à Presidência da República defende diversos entendimentos parlamentares entre os três principais partidos. Desde logo para a escolha do próximo Presidente da Assembleia da República e depois para a aprovação do programa do Governo.
Destas eleições Marques Mendes tira diversas lições. Uma delas é que o país precisa de um projeto de transformação, e na ausência desse projeto “há um risco sério de, nas próximas eleições, o Chega ganhar”. “Convém pensar nisto, antes que seja tarde”, acrescenta.
O antigo Presidente do PSD avisa que é preciso uma nova abordagem com o partido de André Ventura. “Aquilo que tem vindo a ser feito, ao longo destes anos, é tratar os eleitores do Chega quase como perigosos extremistas, como perigosos radicais, quase como fascistas”, afirma.
E remata: “isto não é correto, isto é uma estupidez”. Para Marques Mendes o resultado das eleições de domingo traz consigo uma reconfiguração do sistema partidário, fala mesmo do Chega como um tsunami. No entanto acredita que o PSD não deve ter medo de ser colapsado pelo Chega.
E destaca a ironia: “O Chega foi criado na perspetiva de destruir o PSD. E o Partido Socialista até andou a incentivá-lo durante muito tempo convencido de que isso prejudicaria o PSD”.
E ironicamente, destaca Marques Mendes, “quem foi destruído foi o PS”. O candidato a Presidente da República considera que os eleitores do Chega não são fascistas. Estão é zangados e insatisfeitos com os partidos, e dá dois exemplos regionais que demonstram isso. E se em futuras eleições o Chega fizer parte de um Governo de coligação, e se Marques Mendes for Presidente da República, o social-democrata garante que indigitará esse Governo que inclua o partido de André Ventura.
Não dar posse, diz, seria um “golpe de Estado constitucional”. Mas adianta que exigiria um acordo escrito dessa coligação “por uma questão de segurança e de transparência”.
Novo Governo? Montenegro deve escolher o meio termo
Conjecturando aquilo que deve ser o novo Governo da AD, Marques Mendes considera que Luís Montenegro não deve fazer uma mudança total dos ministros, mas também não pode pensar numa mini remodelação porque “isso vai desiludir e frustrar as expectativas” da sociedade. “Idiotas úteis” é como Marques Mendes se refere ao Partido Comunista e ao Bloco de Esquerda por terem participado na geringonça de António Costa.
O antigo líder do PSD mostra-se surpreendido com o calendário escolhido para Gouveia e Melo apresentar a sua candidatura à Presidência da República, em vésperas das eleições legislativas.
Acusa o Almirante de se contradizer por diversas vezes. Contradições que são resultado, afirma, da falta de experiência política. Marques Mendes considera mesmo que Gouveia e Melo pode ser um risco para a democracia por falta dessa experiência política.
Incita o Almirante a começar a mostrar aquilo que é o seu pensamento político e esclarecer o país sobre a derrota em Tribunal no caso dos marinheiros do navio Mondego. Nesta entrevista Marques Mendes adiantou o modelo de Presidente da República que pretende para o seu mandato, caso vença as eleições.
Pretende ter uma intervenção ativa. Mais do que um árbitro, quer ser um “mediador de entendimentos de regime”, um impulsionador e um pacificador. Entrevista conduzida por Natália Carvalho, editora de Política da Antena 1.
Partidos em Belém. AD disponível para falar com PS e Chega
Foto: Tiago Petinga - Lusa
André Ventura declarou que o Chega será um partido responsável e irá contribuir para a estabilidade, mas que será uma alternativa ao Governo.
Governabilidade. Duarte Pacheco, Pedro Frazão e Eurico Brilhante Dias em debate
Foto: João Marques - RTP
Ministério público quer mais informações de Montenegro e Pedro Nuno
Foto: Pedro A. Pina - RTP