Em direto
Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito

Pós-legislativas. Presidente da República ausculta partidos para indigitar primeiro-ministro

por Inês Moreira Santos, Joana Raposo Santos, Carlos Santos Neves - RTP

Marcelo Rebelo de Sousa concluiu esta sexta-feira a primeira ronda de audiências com os partidos que obtiveram representação parlamentar nas legislativas antecipadas, tendo em vista a indigitação do primeiro-ministro. O presidente da República ausculta PAN e JPP. Acompanhamos aqui os desenvolvimentos do pós-eleições.

Emissão da RTP3


Pedro A. Pina - RTP

Mais atualizações Voltar ao topo
Momento-Chave
por RTP

Novo governo. Marcelo aguarda por dia 29 de maio

O presidente da República aguarda pelo dia 29 para se pronunciar sobre a formação do novo Governo.

Marcelo Rebelo de Sousa explica quais as conversas que manterá até lá.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Audiência em Belém. Presidente da República terminou primeira ronda com partidos

Terminou a primeira ronda de audições do presidente após as eleições. Inês de Sousa Real disse querer rever a Constituição para aprofundar direitos e não para impor um cunho ideológico. Já Filipe Sousa, do estreante JPP, considerou a moção de rejeição do PCP um tiro no pé e declarou que quer levar para o Parlamento uma nova forma de trabalhar.

PUB
por RTP

Revisão constitucional. Chega defende entendimento com AD e IL

Foto: Tiago Petinga - Lusa

O Chega quer uma "plataforma de entendimento" com AD e Iniciativa Liberal para a revisão constitucional. André Ventura disse que a maioria da área não socialista é uma "oportunidade única" e um "teste do algodão" para a Aliança Democrática.

PUB
Momento-Chave
por RTP

Liderança PS. José Luís Carneiro é único candidato

José Luís Carneiro deverá ser o único candidato à liderança do PS. Os socialistas reúnem-se no sábado para decidir a data das eleições internas. Fernando Medina e Mariana Vieira da Silva decidiram não avançar, em nome da unidade do partido, e criticaram Carneiro, dizendo que a sua decisão de avançar foi apressada.

PUB
por RTP

Políticos sob investigação. Procurador pede urgência nos processos

O procurador-geral da República quer celeridade nos processos ligados a Pedro Nuno Santos e a Luís Montenegro. Amadeu Guerra também exigiu rapidez na Operação Influencer e explicou que ainda não há arguidos no inquérito que envolve André Ventura.

PUB
por Madalena Salema - Antena 1

JPP e PAN disponíveis para rever a Constituição mas com prioridades distintas

Foto: António Pedro Santos - EPA

Terminaram esta tarde de sexta-feira as audiências dos partidos, em Belém. PAN e Juntos Pelo Povo foram os últimos a serem recebidos pelo presidente da República.

Filipe Sousa, eleito pelo JPP é uma estreia no parlamento, diz que tem o coração na Madeira, mas quer trabalhar para todo o país.

Deputados únicos Filipe Sousa do JPP e Inês Sousa Real do PAN dizem estar abertos a discutir a revisão da Constituição, embora tenham prioridades diferentes.

PUB
por Lusa

PGR pediu urgência nas averiguações preventivas a Montenegro e Pedro Nuno Santos

O procurador-geral da República (PGR) disse hoje ter solicitado urgência para um despacho final nas averiguações preventivas que visam Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos e admitiu que teria preferido que tal tivesse acontecido antes das eleições.

"No meu ponto de vista, se tivesse sido possível, devia ter sido antes das eleições, mas isso não terá sido possível e, como tal, temos de respeitar o momento", disse o PGR, Amadeu Guerra, em declarações aos jornalistas à saída da conferência da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), que assinalou hoje os seus 35 anos.

Amadeu Guerra disse que continua a pedir urgência aos procuradores para que seja produzido um despacho final.

"(...) Vou solicitando alguma urgência no despacho final, mas não vou entrar em detalhes de qual é que foi a informação pedida, se deram tudo, se não deram tudo", disse.

O PGR disse que, tanto quanto sabe, os visados estão a colaborar com o Ministério Público (MP) na prestação de informação, mas desconhece se já chegou a informação solicitada ao líder demissionário do PS, Pedro Nuno Santos, a propósito da compra de uma casa em Lisboa, e ao primeiro-ministro Luís Montenegro, a propósito da sua empresa familiar Spinumviva.

"Penso que talvez já tenha havido alguma comunicação, mas não tenho a certeza. (...) Perspetivava-se que eventualmente hoje ou na segunda-feira pudessem ser entregues. Não sei se foram, porque também não tive a oportunidade de confirmar", disse.

Amadeu Guerra explicou que, devido à campanha eleitoral em que ambos os líderes partidários estavam envolvidos, o MP aceitou que as respostas pudessem chegar apenas após as eleições "para dar a possibilidade de as pessoas apresentarem os elementos".

A informação solicitada é de cariz contabilístico, disse o PGR, sem adiantar mais detalhes nem explicar se existe matéria para abertura de inquérito em qualquer dos casos: "Os procuradores é que estão a investigar, eu não estou a investigar, não me intrometo em investigações".

Amadeu Guerra disse ainda esperar que a conclusão das averiguações preventivas seja rápida.

Sobre o pedido de Pedro Nuno Santos para ser ouvido pelo MP neste âmbito, e a possibilidade de Luís Montenegro, ou os seus filhos, virem a ser chamados a prestar declarações, o PGR disse que caberá ao MP decidir quem quer ou não ouvir e em que `timing` os chama, admitindo que os procuradores possam querer primeiro estar na posse de toda a documentação.

No início da semana, o PGR tinha adiantado que o MP aguardava ainda o envio da informação adicional solicitada no âmbito das averiguações preventivas em curso.

PUB
por Antena 1

Revisão constitucional. PAN apela à responsabilização de todas as forças políticas

Foto: António Pedro Santos - EPA

A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, afirmou querer mais e não menos direitos inscritos na Constituição.

A líder do PAN disse que vai ser preciso o empenho de todos para travar as alteraçoes que a Iniciativa Liberal pretende fazer.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Formação de Governo. Presidente da República fará segunda ronda com partidos

Os partidos serão recebidos novamente, numa segunda ronda em Belém, pelo presidente da República a partir de dia 29 de maio.
PUB
por RTP

JPP defende fim dos representantes da República nas regiões autónomas

O deputado único do JPP, Filipe Sousa, defendeu hoje o reforço dos poderes atribuídos às regiões autónomas dos Açores e da Madeira e a extinção do cargo de Representante da República nos arquipélagos.
PUB
Momento-Chave
por RTP

JPP quer trazer "forma diferente de trabalhar" para a Assembleia da República

O JPP é a segunda força política na Madeira e Filipe Sousa, agora eleito para a Assembleia da República como deputado único, quer trazer para o Parlamento uma "forma diferente de trabalhar" e de fazer política.

PUB
por Antena 1

Inês Sousa Real diz estar de consciência tranquila e critica narrativas falsas sobre a sua liderança

Foto: António Pedro Santos - EPA

A porta-voz do PAN afirmou hoje que tem liderado o partido com abertura, garantindo ter a "consciência mais do que tranquila" e recusando-se a alimentar o que considera serem narrativas "falsas e infundadas" sobre a sua direção.

Em declarações aos jornalistas após uma audiência com o Presidente da República no Palácio de Belém, que durou cerca de 45 minutos, Inês de Sousa Real comentou as notícias das demissões na sua direção em desacordo com a atual direção, assegurando que a sua liderança “tem sido marcada sempre pela abertura, pelo diálogo e pela participação”.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Revisão Constitucional. Chega quer plataforma de entendimento à direita

André Ventura quer uma plataforma de entendimento com a AD e a Iniciativa Liberal para preparar a Revisão Constitucional. O presidente do Chega considera que a proposta que vai fazer amanhã aos partidos é um teste à Coligação.
PUB
por Lusa

Publicação de André Ventura no hospital foi a que teve mais visualizações em toda a campanha

A primeira publicação do presidente do Chega, André Ventura, no hospital, após ter sofrido um espasmo esofágico, teve mais de três milhões de visualizações no Facebook, o maior alcance de um líder partidário em toda a campanha eleitoral.

Esta informação consta de um relatório hoje divulgado pelo MediaLab do ISCTE, em parceria com a Comissão Nacional de Eleições (CNE), para monitorizar a desinformação durante a campanha para as eleições legislativas de 18 de maio.

De acordo com esse relatório, a publicação de André Ventura no Hospital de Faro -- para onde foi transportado em 13 de maio, após ter tido um espasmo esofágico durante um comício em Tavira -- teve 3.322.952 visualizações na rede social Facebook.

Nessa publicação, feita por volta das 08:40, André Ventura aparece numa fotografia deitado numa cama hospitalar, a fazer um "fixe" com a mão, com um cateter e uma pulseira laranja, e escreve que estava a ser "muito bem tratado no Hospital de Faro" e esperava "ter alta nas próximas horas".

Esta foi a publicação de André Ventura nas redes sociais que teve mais visualizações durante todo o período oficial de campanha eleitoral -- entre 04 e 16 de maio --, ultrapassando largamente a de todos os outros líderes partidários, que nunca conseguiram alcançar o patamar dos milhões.

A título de exemplo, a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, foi a líder que teve a publicação mais popular a seguir a André Ventura, com quase 646 mil visualizações: trata-se de uma fotografia divulgada no Facebook em que festeja a conquista do campeonato de futebol ao lado do seu gato, ambos com um cachecol do Sporting.

Curiosamente, as publicações que tiveram mais visualizações dos líderes do PSD, Luís Montenegro, da IL, Rui Rocha, e do CDS-PP, Nuno Melo, em toda a campanha foram as que fizeram na rede social X (antigo Twitter) a desejar uma rápida recuperação a André Ventura, na sequência do espasmo esofágico.

Essa publicação de Luís Montenegro teve 193 mil visualizações, a de Rui Rocha cerca de 97 mil e Nuno Melo conseguiu 38 mil. O relatório ressalva, contudo, que as contas Facebook e Instagram de Rui Rocha não são rastreáveis, pelo que não conseguiu calcular o número de visualizações que as suas publicações obtiveram nessas redes sociais.

No geral, André Ventura foi o líder mais popular nas redes sociais em toda a campanha, tendo quase sempre números de visualizações cerca de cinco vezes superiores aos dos restantes políticos e, em alguns casos, 20 vezes superiores.

Na última semana de campanha, por exemplo, as publicações de André Ventura tiveram quase 22 milhões de visualizações no Instagram, contra 957 mil para a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, que ficou em segundo lugar.

No Facebook, o líder do Chega atingiu os 13 milhões de visualizações, igualmente muito distante do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que, com 978 mil, foi o segundo líder partidário mais popular naquela rede social.

O problema de saúde de André Ventura parece ter tido um grande impacto no número de pessoas que acederam às suas redes sociais, que registaram um aumento significativo nas visualizações entre a primeira e a segunda semana de campanha: no Facebook, por exemplo, a conta de Ventura passou de cerca de dois milhões e 600 mil visualizações para 13 milhões e 800 mil.

O mesmo fenómeno registou-se na conta de André Ventura no Instagram -- que passou de cerca de 10 milhões de visualizações para 21 milhões -- e no X (antigo Twitter), que aumentou de quase três milhões para perto de cinco milhões.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o MediaLab, do ISCTE, em parceria com a agência Lusa, estão a monitorizar as redes sociais para identificar e medir o impacto da desinformação na campanha das legislativas de maio, prolongando-se até 24 de maio.

O Medialab produz semanalmente relatórios sobre o fenómeno da desinformação.

PUB
Momento-Chave
por RTP

PAN quer ser garante da democracia

O PAN vai tentar ser um garante da democracia na próxima legislatura.
Anúncio feito por Inês Sousa Real à saída do encontro com o presidente da República. A porta-voz do PAN revelou ainda que discorda de uma Revisão Constitucional.

A porta-voz do PAN afirmou que tem liderado o partido com abertura, garantindo ter a “consciência mais do que tranquila” e recusando-se a alimentar o que considera serem narrativas “falsas e infundadas” sobre a direção.

Inês de Sousa Real comentou as notícias das demissões na sua direção em desacordo com a atual direção, assegurando que a sua liderança “tem sido marcada sempre pela abertura, pelo diálogo e pela participação”.

“Tenho a minha consciência mais do que tranquila enquanto líder e acho que os portugueses também já conhecem a minha maneira de ser e de estar e portanto não alimento esse tipo de narrativas que são completamente falsas e infundadas”, afirmou, depois de se questionada sobre se não receia que a sua liderança esteja fragilizada.

A líder do PAN garantiu que no dia em que sentir que não está a cumprir bem o cargo para que foi eleita será a “primeira a ceder o seu lugar a outra pessoa dentro do partido”.

Sousa Real frisou que “em democracia há sempre vozes dissonantes” e lamentou que “tenha havido aproveitamento de quem colocou nos órgãos de comunicação social, contra a vontade dos próprios, a informação da sua saída”.

“Na minha liderança já tivemos mais atos eleitorais que em toda a vida depois do PAN com outros líderes e, para além do facto de ser uma líder mulher que nunca tinha tido uma voz no partido enquanto liderança. Neste momento há desafios maiores do ponto de vista nacional e é esse o nosso foco da parte do PAN”, acrescentou, para depois assegurar que tem tido abertura até para lá do que consta nos estatutos do partido.
PUB
por RTP

André Ventura aceita escrutínio e investigação do Ministério Público

"Todas as indicações que temos, até agora, são no sentido de uma vitória do Chega nos círculos da emigração", afirmou André Ventura na conferência de imprensa do partido, fazendo a ressalva de que ainda é necessário "fazer a contagem (...) para que o resultado fique claro".

Sobre o inquérito que o Ministério Público abriu devido a declarações que o o presidente do Chega fez durante a campanha eleitoral, referindo-se à comunidade cigana em Portugal, Ventura quis deixar claro que esta investigação se deve à queixa por parte de dez associações "representativas da comunidade cigana portuguesa, nas várias instituições da Justiça".

O líder partidário admitiu, então, confiar na Justiça: "sabemos e entendemos que é necessário cumprir procedimentos e a lei quando são feitas queixas e participações, com factos que são apresentados".

"Não queremos, nem nunca quisemos, estar acima da lei. Por isso, sujeitamo-nos ao mesmo escrutínio e à mesma lei que todos os portugueses tem de estar sujeitos".

Contudo, André Ventura considerou "impossível não denotar" que as referidas associações "ficaram caladas e em silêncio quando a violência tomava conta" da campanha eleitoral e, segundo o mesmo, eram "ameaçados de norte a sul do país, por membros dessa mesma comunidade cigana".

Nesse sentido, André Ventura anunciou que o Chega vai entregar à Justiça queixas das "várias ameaças" que o partido foi alvo nas últimas semanas.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Fernando Araújo não vai assumir lugar de deputado no PS

A RTP apurou que o socialista Fernando Araújo, antigo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, não vai assumir o lugar de deputado no Parlamento na próxima legislatura.

O médico, que liderou a lista candidatos do PS pelo distrito do Porto, vai permanecer na Unidade Local de Saúde de São João e na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, como médico e professor universitário.
PUB
por RTP

Hipótese revisão constitucional divide esquerda e direita

Foto: Nuno Patrício - RTP

Pela primeira vez, as alterações à Lei Fundamental podem ser feitas sem os votos do PS. Em entrevista à RTP, o socialista José Vieira da Silva diz esperar que Luís Montenegro se demarque dessas iniciativas, se quer ter estabilidade política.

A Iniciativa Liberal e o Chega já anunciaram que vão avançar mesmo com projetos de revisão. PCP e Livre temem uma mudança de regime.
PUB
por Lusa

Daniel Adrião propõe primárias abertas no PS só depois das autárquicas

O antigo candidato à liderança socialista Daniel Adrião, juntamente com outros dirigentes, propõem à Comissão Nacional do PS eleições primárias abertas apenas em outubro ou novembro, considerando mais sensato que o novo secretário-geral seja escolhido depois das autárquicas.

A proposta de deliberação, a que a agência Lusa teve acesso, e que será submetida à Comissão Nacional do PS de sábado, apresenta um calendário alternativo àquele que o presidente do partido, Carlos César, vai levar a esta reunião, que são eleições imediatas apenas para o cargo de secretário-geral socialista, entre o fim de junho e início de julho.

A proposta subscrita por Daniel Adrião tem "o objetivo de permitir um amplo processo de reflexão e de abertura à sociedade civil" e por isso quer que sejam "convocadas para outubro/novembro, eleições primárias abertas (a simpatizantes) e um Congresso Nacional eletivo, estatutário e programático", considerando mais sensato "o adiamento da eleição do novo secretário-geral para depois das autárquicas".

"Para que esse processo decorra com a profundidade e serenidade necessárias, não se recomenda a realização imediata de eleições internas. Mais do que uma nova liderança, o partido precisa de repensar o seu rumo programático e estratégico, bem como de rever o seu modelo organizacional", defendem.

Estas eleições, segundo estes membros da Comissão Nacional, as eleições de domingo "resultaram num dos desfechos mais difíceis da história do Partido Socialista em termos de representação parlamentar desde o início da democracia portuguesa".

Para estes dirigentes do PS, "este cenário configura, do ponto de vista político, um dos momentos mais exigentes da história do PS, ao longo dos seus 51 anos de vida democrática".

"Nos últimos três anos, o partido viu uma redução significativa do seu eleitorado, com a perda de mais de 900 mil votos e a redução para metade do número de deputados. Estas circunstâncias excecionais apontam para a necessidade de uma reflexão profunda sobre a relação do PS com os cidadãos e sobre os fatores que têm afetado a sua credibilidade e capacidade de mobilização", consideram.

Assim, para Daniel Adrião, Arlindo Varela, António Oliveira, Carlos Dias, Isabel Barradas e Tiago Corais "impõe-se ao PS um processo de análise e debate interno sério e estruturado, que permita compreender as causas desta evolução e preparar o futuro com responsabilidade e visão estratégica".

"Importa ainda considerar que, com eleições autárquicas previstas para setembro/outubro, é essencial evitar a ocorrência de processos eleitorais internos, que constituiriam, necessariamente, um fator de desfocagem do combate eleitoral que o PS tem pela frente e no qual deve concentrar todas as suas energias", enfatizam.

O presidente do PS, Carlos César, vai propor à Comissão Nacional do partido a realização de eleições imediatas para o cargo de secretário-geral socialista, entre o fim de junho e início de julho, adiantou à Lusa fonte oficial na quinta-feira.

De acordo com a mesma fonte, Carlos César ouviu "diversas personalidades apontadas como possíveis candidatos à liderança do PS e optou pelo cenário de eleições imediatas apenas para o cargo de secretário-geral do partido" na sequência da demissão de Pedro Nuno Santos do cargo após a pesada derrota nas legislativas de domingo.

Esta proposta, que será levada à Comissão Nacional do PS de sábado, foi subscrita também pelo líder do PS cessante, de acordo com a mesma fonte.

Caso este calendário seja aprovado, será expectável que a eleição ocorra entre "o final do mês de junho ou início de julho", disse a mesma fonte do partido.

 

 

 

PUB
Momento-Chave
por Cristina Santos - RTP

E agora, PS? Um "sim", dois "nãos" e pedidos de reflexão

Nuno Patrício - RTP

Na véspera da reunião extraordinária da Comissão Nacional socialista, José Luís Carneiro "está a dar prioridade aos contactos com militantes e autarcas" e "conta com todos para decidir os destinos do partido". No entanto, os apelos à reflexão profunda antes de escolher o novo líder, por um lado, e a urgência em escolher um novo secretário-geral, por outro, são os sinais das diferentes opiniões no seio do partido.

Não será, por isso, exagerado afirmar que o silêncio imediato é o único ponto que parece reunir de facto o consenso total no PS.

José Luís Carneiro continua a ser o único candidato à sucessão de Pedro Nuno Santos. Foi, aliás, o primeiro nome a anunciar a candidatura, um ano e meio depois de ter perdido a liderança socialista para o atual líder demissionário.

A candidatura faz saber à RTP que "José Luís Carneiro está a dar prioridade aos contactos com militantes e autarcas. Quer falar primeiro com os camaradas da comissão nacional deste sábado. Está também centrado no desafio das autárquicas e continua a transmitir aos camaradas que conta com todos para decidir os destinos do partido. Saber ouvir e dar voz será um dos seus lemas”.

Nesta altura, dois dos nomes mais vezes referidos, após os resultados das legislativas, saíram do caminho para a liderança.Mariana Vieira da Silva e Fernando Medina, que pediram uma reflexão profunda depois da derrota eleitoral, não vão candidatar-se à liderança.

A ex-ministra dos governos de António Costa referiu, numa publicação na rede social Instagram, que, "tendo em conta o calendário com que fomos confrontados - de estarmos a poucos meses de umas eleições autárquicas cujo tempo já tinha sido interrompido pelas legislativas -, entendemos ir ao encontro do apelo de unidade do partido, não apresentando uma candidatura que forçasse uma disputa interna em período eleitoral e prejudicasse a profunda reflexão que nos é exigida - para a qual estamos todos convocados".

Antes desta conclusão, Mariana Vieira da Silva lembrou que tem defendido ser "o tempo do PS fazer um debate alargado e profundo sobre a estratégia a seguir e sobre a pessoa certa para a liderar". 

Nesta publicação na rede social Instagram, a ex-ministra revela ter falado, nos últimos dias, com "muitos militantes e simpatizantes do PS", onde concluiu que existia espaço "para uma candidatura alternativa". No entanto, não avança agora.

No mesmo sentido vai a decisão de Fernando Medina, que anunciou não ser candidato no canal Now, quinta-feira à noite. O ex-ministro das Finanças defende união dentro do PS a caminho das autárquicas, mas implicitamente criticou José Luís Carneiro.

"Creio que o lançamento de uma candidatura na segunda-feira (por José Luís Carneiro), iniciou um processo interno, no fundo contagem de espingardas, que na prática inviabiliza que esse debate profundo se faça antes de uma eleição direta", declarou Medina.

Já na Comissão Nacional do PS, seis elementos, entre eles Daniel Adrião, antigo candidato à liderança dos socialistas, defendem o adiamento das eleições internas no partido para depois das eleições autárquicas.

Eles consideram que só desta forma será possível permitir um amplo processo de reflexão e de abertura à sociedade civil.
Refletir e corrigir

Este sábado, há reunião extraordinária da Comissão Nacional, em Lisboa, para análise da situação política face aos resultados eleitorais do passado dia 18 de maio e para aprovar os calendários e regulamentos eleitorais.
Em pano de fundo, surge o alerta do histórico socialista Manuel Alegre para quem o PS corre o risco de se tornar dispensável.

Em declarações ao jornal Público, Manuel Alegre afirma que o partido está fechado em si mesmo e que precisa de restabelecer a ligação à sociedade civil. 

Para o histórico do PS, os socialistas têm que refletir e corrigir os problemas estruturais antes de escolher um novo secretário-geral.
PUB
Momento-Chave
por João Alexandre - Antena 1

"Há um ambiente de grande choque no PS", diz Silva Pereira

Foto: RTP (arquivo)

Na véspera de o PS reunir a Comissão Nacional para lançar as bases da sucessão de Pedro Nuno Santos, o ex-ministro Pedro Silva Pereira defende, em declarações à Antena 1, que uma mudança relativamente rápida de liderança pode ajudar o partido a preparar o próximo desafio eleitoral.

"Faria sentido que a eleição acontecesse antes do verão. Quer haja um único candidato, quer haja mais do que um, acho que isso teria vantagem. Eu sinto que existe no PS um ambiente de grande choque com os resultados eleitorais, portanto, penso que seria importante que fosse para a campanha das eleições autárquicas com uma liderança já escolhida", diz.

Para o antigo vice-presidente do Parlamento Europeu, uma substituição mais célere de Pedro Nuno Santos poderia servir para "dar um sentido de serenidade e de orientação" ao PS para campanha importante como as eleições autárquicas, que, acredita, podem até resultar numa vitória para os socialistas: "Tem todas as condições para ganhar".

Pedro Silva Pereira entende ainda que, mais do que calendarizar o processo, a reunião da Comissão Nacional - o órgão máximo entre congressos - deve começar a definir o tom do partido na oposição ao Governo de Luís Montenegro.

"Vai ser uma oportunidade para começar a definir o registo da oposição que deve fazer. Certamente que o momento fundador da legislatura - com o debate parlamentar do Programa de Governo - vai acontecer antes da definição da liderança do PS, seja qual for a decisão da Comissão Nacional", lembra Pedro Silva Pereira, que aponta: "Há um consenso cada vez mais alargado no PS de que deve viabilizar o Programa do Governo em homenagem aos resultados eleitorais e àquela que é a expectativa do país em razão desses resultados".
Silva Pereira defende oposição "responsável e construtiva", mas "firme"
Em declarações à Antena 1, o ex-eurodeputado socialista argumenta que a posição manifestada por Pedro Nuno Santos na noite eleitoral - em que o ainda líder defendeu que o PS não deve ser "suporte" de um Governo da AD - não condiciona os socialistas. E assinala que o partido deve respeitar os resultados, mas avançar com uma oposição que "denuncie" as propostas da coligação PSD/CDS-PP.

"É muito importante que o Partido Socialista encontre um caminho em que a condição de uma oposição responsável e construtiva não o impeça de liderar a oposição e, portanto, de fazer uma oposição firme ao Governo. Eu penso que esse caminho também começará a ser discutido na Comissão Nacional", salienta.
Quanto à corrida à liderança e substituição de Pedro Nuno Santos - e numa altura em que é praticamente certo que José Luís Carneiro irá sozinho a votos ou que não terá um nome de peso como adversário -, Pedro Silva Pereira prefere não falar em nomes e afirma que não será difícil encontrar um secretário-geral capaz de dar conta do recado.

"Eu penso que o que é importante é que quem se apresente como candidato à liderança do PS o faça por convicção. Foi também o sentimento que Ferro Rodrigues expressou bem recentemente. E é também o meu sentimento (...) Eu não tenho nenhuma preferência em abstrato, acho que o PS tem, entre os nomes que têm vindo a ser referidos nos últimos dias, soluções que deixam o partido certamente entregue em boas mãos", conclui.
A Comissão Nacional do PS que vai servir para aprovar o calendário eleitoral interno dos socialistas foi convocada para sábado, em Lisboa.
PUB
Momento-Chave
Ponto de situação
por RTP

Delegações de PAN e estreante JPP rumam ao Palácio de Belém

Termina esta sexta-feira a primeira ronda de audiências, iniciada há quatro dias, processo pós-eleitoral que desembocará na indigitação do primeiro-ministro pela mão do presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa vai receber o PAN e o JPP, partidos que elegeram um deputado cada, às 15h30 e às 16h30, respetivamente.

O presidente já fez saber que tenciona repetir as audiências a PSD, PS e Chega na próxima semana, uma vez divulgados os resultados dos círculos da imigração, responsáveis pela eleição de quatro deputados. Números que deverão definir a segunda formação mais votada: os socialistas ou o partido de André Ventura.Nos termos do n.º 1 do artigo 187.º da Constituição da República, "o primeiro-ministro é nomeado pelo presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais".

Na quinta-feira, o chefe de Estado auscultou o CDS-PP, o PCP e o Bloco de Esquerda.

O secretário-geral dos comunistas, Paulo Raimundo, quis deixar claro que o seu partido está a preparar-se para uma política de combate e resistência. Via materializada pelo anúncio da apresentação de uma moção de rejeição ao programa do próximo governo.

Por sua vez, no termo da audiência em Belém, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, alertou para o que considera ser o risco que pende sobre a Lei Fundamental do país, na esteira do anúncio, por parte da Iniciativa Liberal, de uma proposta de revisão constitucional.

Já o líder CDS-PP, Nuno Melo, parceiro do PSD na AD, deixou por aclarar se é a favorável a uma revisão da Constituição da República.
Brechas no PAN
Na sequência das eleições, foi entretanto conhecida a notícia de dois elementos da comissão política do PAN que se demitiram.

Os elementos demissionários, que integravam a lista da atual líder, Inês Sousa Real, acusam direção de desrespeito pela democracia interna, centralização de poder e silenciamento dos críticos.

Em comunicado, o Pessoas-Animais-Natureza confirmou as saídas e agradeceu o trabalho dos demissionários.
Sucessão de Pedro Nuno Santos no PS
No processo de sucessão desencadeado pela demissão de Pedro Nuno Santos, na noite de domingo, Fernando Medina já clarificou que não é candidato ao cargo de secretário-geral do PS.

O antigo ministro das Finanças de António Costa vinha sendo dado como possível candidato. Mas, até à data, José Luís Carneiro é o único na corrida.O presidente do Partido Socialista, Carlos César, pretende que a escolha do sucessor de Pedro Nuno tenha lugar entre o fim de junho e início de julho.

Também Mariana Vieira da Silva descartou a hipótese de se candidatar à liderança dos socialistas. A ex-ministra havia deixado essa possibilidade em aberto, com base no apoio dos militantes. Todavia, no Instagram, sustentou que, face à aproximação das eleições autárquicas, o PS não deve enveredar por lutas internas.
Os scores

Recorde-se que a AD venceu as legislativas antecipadas com mais de 32 por cento dos votos, aquém da maioria absoluta. A coligação elegeu 89 deputados - 87 do PSD e dois do CDS-PP.

Quando falta apurar o resultado dos círculos da emigração, o PS obtém 23,38 por cento e 58 deputados eleitos. O Chega tem o mesmo número de mandatos, mas uma menor votação de 22,56 por cento.

Seguem-se a IL, com 5,53 por cento dos votos e nove deputados, e o Livre, com 4,2 por cento e seis mandatos.

A CDU conquistou 3,03 por cento dos votos e elegeu três deputados, todos do PCP. O Bloco de Esquerda, com dois por cento, e o PAN, com 1,36 por cento, elegeram um deputado cada, tal como o JPP, com origem na Madeira, que teve 0,34 por cento dos votos.

c/ Lusa
PUB
Momento-Chave
por RTP

Sucessão no PS. Carlos César vai propor eleições imediatas para secretário-geral

Foto: Tiago Petinga - Lusa

O presidente do Partido Socialista quer que a escolha do sucessor de Pedro Nuno Santos aconteça entre o fim de junho e início de julho. Fernando Medina anunciou entretanto que não será candidato e que o lançamento da candidatura de José Luís Carneiro no início da semana "iniciou um processo interno".

Carlos César terá ouvido, esta quinta-feira, "diversas personalidades apontadas como possíveis candidatos à liderança do PS e optou pelo cenário de eleições imediatas apenas para o cargo de secretário geral do partido" na sequência da demissão de Pedro Nuno Santos do cargo, após a pesada derrota nas legislativas de domingo.

De acordo com uma fonte citada pela Lusa, esta proposta, que será levada à Comissão Nacional do PS de sábado, foi subscrita também pelo líder do PS cessante.

Caso este calendário seja aprovado, será expectável que a eleição ocorra entre "o final do mês de junho ou início de julho".

Na quarta-feira, dois históricos do PS defenderam que a nova liderança do partido tem de ser uma escolha rápida, antes do desafio das autarquicas.

Tanto Ferro Rodrigues como Vieira da Silva consideram que não é apenas um secretário-geral que tem que ser escolhido, mas antes uma equipa coesa que ajude o partido a reassumir o seu lugar de alternativa democrática de poder.
Fernando Medina de fora da corrida
Esta quinta-feira, em entrevista ao canal Now, Fernando Medina confirmou que não será candidato a secretário-geral do PS após a demissão de Pedro Nuno Santos.

O antigo ministro das Finanças considerou que, perante a pesada derrota no último domingo, o PS deve "fazer uma reflexão profunda, lúcida e fria sobre o novo quadro político".

"Creio que o lançamento de uma candidatura na segunda-feira [por José Luís Carneiro], iniciou um processo interno, no fundo contagem de espingardas, que inviabiliza que esse debate profundo se faça antes", referiu.

PUB
Momento-Chave
por RTP

Revisão constitucional desejada pela direita e contestada pela esquerda

A Iniciativa Liberal e o Chega concordam com uma revisão constitucional. Mas o PCP e o Livre temem uma mudança radical. Posições assumidas na RTP 3, onde se discutiu também a Saúde.

À direita, defende-se soluções que passam pelo público e privado. A esquerda acusa-a de querer privatizar a Saúde.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Demissões no PAN. Dois elementos acusam direção de silenciamento

Foto: Joana Machado - RTP

Dois elementos da comissão política do PAN demitiram-se em rutura com a porta-voz do partido, Inês Sousa Real. Os demissionários, que faziam parte da lista da atual líder, acusam direção de desrespeito pela democracia interna, centralização de poder e silenciamento dos críticos.

Em comunicado, o partido confirma as demissões, agradece o trabalho de quem sai e classifica-as como algo natural na vida dos partidos.

O PAN convocou para sábado uma reunião para analisar os resultados eleitorais e discutir estratégias para o futuro.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Livre exige consenso entre esquerda e direita para rever Constituição

O porta-voz do Livre defende que uma mudança na Constituição da República só pode acontecer com o consenso alargado da esquerda e da direita.

Na noite de quinta-feira, no Jornal 2, Rui Tavares acusou ainda a Iniciativa Liberal de não estar a ser verdadeira.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Presidente da República ouviu CDS-PP, BE e PCP

Foto: Tiago Petinga - Lusa

Nuno Melo apela à oposição que respeite o resultado eleitoral e que garanta a estabilidade ao futuro governo. Além do CDS-PP, também o PCP e o Bloco de Esquerda foram ouvidos esta quinta-feira pelo presidente da República.

PUB