António Filipe diz que a sua candidatura "é para levar até ao fim"
O candidato presidencial António Filipe afirmou hoje que a sua candidatura "é para levar até ao fim" classificando-a como diferenciadora, identificada com os trabalhadores e com os seus direitos.
"A minha candidatura não é para desistir, a minha candidatura diferencia-se dos demais e, portanto, é uma candidatura que só pode ser para levar até ao fim. Disse isso desde o primeiro dia, e não sou daqueles políticos que dizem uma coisa hoje e amanhã dizem outra", disse.
António Filipe, que falava hoje no inicio de uma visita à aldeia Natal do Seixal, um concelho do distrito de Setúbal liderado pelo comunista Paulo Silva, frisou que a sua candidatura está identificada com os trabalhadores e com os seus direitos, com os valores de Abril e com a Constituição Portuguesa e "no que ela tem de mais importante" nomeadamente "os direitos de natureza política, económica, social e cultural".
"Existe uma grande insatisfação dos portugueses relativamente às políticas públicas que têm sido seguidas nos últimos anos", frisou o candidato adiantando que "dormiria mal se traísse aqueles que querem votar" em si, numa alusão a uma frase de António José Seguro no debate televisivo realizado no sábado.
O candidato apoiado pelo PCP disse ainda que não faria sentido avançar para uma candidatura e depois desistir não cumprindo o seu compromisso assumido desde o primeiro dia de que iria a votos e lutaria pelo resultado.
"Muito mal vai uma candidatura se só lá vai se os outros desistirem", sustentou.
Questionado sobre a divulgação dos apoios às campanhas presidenciais, António Filipe disse que a transparência das contas das candidaturas são uma evidência.
"Isso é uma evidência, as campanhas eleitorais são escrutinadas. Existe aliás uma entidade própria, que funciona junto do Tribunal Constitucional, e portanto, obviamente, que os doadores às campanhas eleitorais devem constar nas contas apresentadas", disse.
No sábado a candidata presidencial Catarina Martins considerou importante que exista transparência sobre quem financia as campanhas eleitorais, além da questão dos rendimentos dos candidatos.
Também no sábado o candidato presidencial e líder do Chega, André Ventura, afirmou que vai tornar pública a lista de donativos para a sua campanha através de um `site`, e desafiou os seus adversários a fazer o mesmo.
Ainda sobre esta questão Antonio Filipe disse que "obviamente que isso é público".
"Se alguém tem alguma coisa a recear não sou eu, certamente. Acho que deve haver transparência e as regras devem ser iguais para todos e, portanto, cada um falará por si", sustentou.
As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026.
Esta é a 12.ª vez (incluindo as duas voltas das eleições de 1986) que os portugueses são chamados, desde 1976, a escolher o Presidente da República em democracia.