Debate terminou e recomeça na quarta-feira de manhã
Ministro da Economia diz que PRR já "não está atrasado"
Mas a conjuntura, segundo Castro Almeida, não pode ser "desculpa para a inação".
"Temos de fazer a nossa obrigação, com os meios à nossa disposição, para apoiar as empresas. Quanto maiores forem as dificuldades, maior tem de ser a nossa determinação em as ultrapassar", sublinha.
Quanto à "guerra à burocracia e aos seus labirintos" afirmou esta ser a "única forma de garantir a melhoria dos salários".
"O PRR não está atrasado. Esteve, mas já não está", assegura, anunciando que o 8º pedido será apresentado antes do final do ano.
Reforma do Estado vai servir para "investir nas pessoas" sem reduzir funcionários - ministro
"Nenhum plano de modernização do Estado estará completo sem valorizar os seus trabalhadores", defendeu o ministro adjunto e da Reforma do Estado, no parlamento, durante o debate do programa de Governo.
Gonçalo Matias indicou que o Governo quer "uma Função Pública exigente, mas justa", que "reconheça o mérito" e atraia jovens qualificados, mas, tal como já havia sido referido pelo ministro da Presidência, afastou eventuais despedimentos.
"Os recursos libertados com esta reforma servirão precisamente para investir nas pessoas que fazem funcionar o Estado e que, muitas vezes, são também vítimas da burocracia que combatemos. Não queremos reduzir funcionários, queremos reduzir a burocracia", afiançou.
O governante referiu ainda que "esta não pode ser apenas uma reforma técnica", mas "um desígnio nacional" e admitiu que "não se trata de tarefa fácil".
Gonçalo Matias indicou ainda que a reforma do Estado vai passar por "quatro princípios fundamentais: simplificação, digitalização, articulação e responsabilização", recordando ainda algumas medidas previstas no programa de Governo, como a revisão dos regimes de contratação pública e da fiscalização do Tribunal de Contas ou medidas para acelerar os procedimentos de licenciamento.
"Esta reforma exige banir imposições que o senso comum qualifica como absurdas, fundir entidades sobrepostas e eliminar redundâncias, extinguindo organismos cuja existência não se encontre devidamente fundamentada e libertando a máquina do Estado para responder de forma célere, prática e produtiva aos problemas reais das pessoas", acrescentou, defendendo ainda que digitalização vai ser "a principal ferramenta desta mudança".
O governante indicou que se "exige" uma administração pública que "deixe de empurrar os problemas entre serviços", sublinhando que se impõe uma "mudança de cultura".
Governo quer reduzir burocracia, não funcionários
Leitão Amaro condena "toda a forma de ódio, de violência"
Partidos querem mudanças na imigração
Mariana Mortágua, por seu lado, criticou os vistos gold, argumentando que essa medida "é um efeito de chamada de quem comprou direito à residência sem nunca viver e trabalhar em Portugal".
Leitão Amaro contra "portas escancaradas" a imigrantes
O governante reclama que a AD mudou "drasticamente" este panorama num ano devido ao fim da manifestação de interesse, à resolução de metade dos pedidos pendentes e deportação de imigrantes ou aos mediadores nas escolas para alunos estrangeiros.
Mas também disseram que "não querem as portas todas fechadas": "os portugueses não escolheram o ódio nem a imigração massiva".
"Os imigrantes têm de respeitar as regras e os valores constitucionais, a começar pela igualdade e dignidade das mulheres e crianças", alegou, acrescentando que a consequência passa pelo "afastamento do país".
E sustentou que "o crescimento da imigração coloca em causa a coesão social do país", sendo necessário "integrar quem chegou" e "agir, sem "mentir", num aviso ao Chega.
Admitindo que o Governo tem de "fazer mais" elenca uma série de medidas: criar uma Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiros, restringir os vistos de procura de trabalho para pessoas com elevadas qualificações, mudar a lei de nacionalidade para aumentar os prazos mínimos e as exigências para cidadania e concluir os dois centros de instalação temporária "para que funcione o afastamento" de imigrantes.
Ou ainda "acabar a segunda parte das centenas de milhares de pendências", "reforçar medidas de integração" nas escolas e nos serviços públicos e reforçar a fiscalização das polícias nas fronteiras, lojas e restaurantes. "Apoiamos todas as vidas humanas, não pomos uns contra os outros, porque toda a vida humana é valor sagrado na Constituição", afirma, pedindo o "diálogo" com as outras forças políticas.
Prioridade do Governo é descer IRS e não IVA
PS critica falta de visão e crescimento económico
Já a Paulo Núnicio, respondeu que "quando a execução orçamental tiver números mais concretos" o executivo vai decidir se vai atribuir ou não o suplemento extraordinário aos pensionistas.
E às críticas socialistas, afirmou que Carlos Pereira fala sempre da sua carreira académica.
"Não sei se é inveja", ironiza e recordou o programa do PS de há um ano, que previa previa saldos orçamentais de 0 e previa para 2024 um crescimento de 1,5 quando a AD cresceu 1,9.
Sobre a baixa de impostos, argumenta que, com o Governo da AD, o IRS atingiu um "mínimo histórico".
Executivo vai levar proposta de redução do IRC à AR à margem do Orçamento do Estado
Durante o debate do programa do Governo, no parlamento, o ministro de Estado e das Finanças afirmou, em resposta ao Chega, que o Governo terá "oportunidade de trazer a este parlamento" a proposta de redução da taxa de IRC, "fora do Orçamento de Estado", tal como foi feito no Orçamento de 2025.
No programa de Governo, o executivo confirma a intenção de diminuir as taxas de IRC, de forma gradual até aos 17% até ao final da legislatura.
Já em resposta ao líder parlamentar do CDS-PP, Joaquim Miranda Sarmento reiterou que o Governo só irá decidir se vai voltar a dar um suplemento extraordinário aos pensionistas "quando a execução orçamental tiver números mais concretos" e o executivo consiga, deste modo, "perspetivar melhor o ano".
Ministro das Finanças confiante em excedente de 0,3% do PIB este ano
Numa intervenção na discussão do Programa do Governo, no parlamento, Joaquim Miranda Sarmento recordou que o Governo da AD "superou as expetativas" no ano passado, ao alcançar um excedente de 0,7%, "mais do triplo que o governo anterior tinha previsto".
Já para 2025, o Governo mantém o "compromisso de equilíbrio orçamental" e projeta um `superavit` de 0,3% do PIB, mesmo numa altura em que já há instituições que acompanham as contas públicas portuguesas que projetam um regresso aos défices orçamentais este ano ou no próximo.
O Banco de Portugal prevê um défice de 0,1% do PIB este ano e de 1,3% no próximo, enquanto o Conselho das Finanças Públicas aponta para um saldo orçamental equilibrado em 2025 e um défice de 1% em 2026.
A Comissão Europeia antecipa que Portugal irá conseguir um excedente orçamental de 0,1% do PIB este ano, que se transformará num défice de 0,6% em 2026.
Apesar de manter as estimativas, o ministro assumiu que 2026 será "um ano mais exigente do ponto de vista orçamental, dado que a execução plena do Plano de Recuperação e Resiliência na componente de empréstimos representa uma despesa".
Miranda Sarmento salientou ainda que o executivo estima que o rácio da dívida pública desça para 91,5% do PIB, apontando que "este ano de 2025 ou o mais tardar no ano de 2026 Portugal atingirá uma divida pública abaixo da média da zona euro".
O governante admitiu que a incerteza internacional "torna o pressuposto base de equilíbrio orçamental ainda mais crítico, por forma a proteger Portugal de eventuais choques externos negativos", reiterando o comprometimento do Governo com esse equilíbrio.
Miranda Sarmento lembra que Governo superou expetativas nas contas públicas
Miranda Sarmento falou ainda na "emissão de dívida publica a 30 anos com spreads inferiores a países europeus" como os casos de França ou Espanha. E destacou as descidas de IRS e de IRC e o facto de querer descer, já nas próximas semanas, 500 milhões de euros no IRS.
O ministro reconheceu que o próximo ano será mais "exigente do ponto de vista orçamental", sobretudo com a incerteza em termos mundiais. Ainda uma farpa ao PS que, "no passado levou, em dois momentos, a graves desequilíbrios orçamentais procura lançar dúvidas sobre política orçamental da AD". Aí lembra que, no ano passado, os socialistas não tiveram pudor em "aprovar medidas" com o Chega que fizeram aumentar a despesa. Quanto à AD, "está onde sempre esteve".
PCP diz que este Programa é um "rol de malfeitorias"
"Ministério Tutti-frutti". Livre pede condenação do ataque a ator agredido
Problema da Habitação "não se resolve de um dia para o outro", diz PSD
IL pede "coragem" ao Governo nas medidas para a Habitação
Portugal "está no fio da navalha" diz Mendonça e Mendes do PS
O deputado António Mendonça e Mendes adverte o primeiro-ministro para rever os números.
A afirma que cumprir este programa “é um ato de fé”, remata o socialista.
PS considera que "não existe nenhuma correlação" entre imigração e insegurança
PSD lembra que "sem estrangeiros a Segurança Social estaria pior"
"Mede-se por valores, tolerância, humanidade, dignidade. Onde não há dignidade há crueldade, onde não há humanidade há exploração, onde não há tolerância deixamos de ser comunidade", afirmou Cristóvão Norte.
"Não podem entrar todos que o desejem e os que nos propomos a receber devem ser exemplarmente tratados: ter lugar para viver e trabalhar, sem discriminações", continuou dirigindo-se ao deputado do Chega Pedro Pinto.
Ainda assim, apelou ao fim da "imigração sem controlo" que tem desumanizado quem o país recebe e potenciando o abuso e a exploração de pessoas.
"Foi um erro. O Estado não estava preparado, os serviços públicos não estavam preparados, a sociedade não estava preparada".
Montenegro promete "diálogo franco" com PS, sem excluir outras forças
Antes, numa intervenção em nome do seu partido, José Luís Carneiro, candidato único a secretário-geral do PS, perguntou a Luís Montenegro "com quem quer estabelecer o diálogo".
"Nós faremos diálogo político com todas as forças políticas com representação neste parlamento. Evidentemente que nós não nos esquecemos das responsabilidades históricas, do sentido que em muitas ocasiões o PS teve de convergência connosco em aspetos fundamentais", começou por responder o primeiro-ministro.
Dirigindo-se a José Luís Carneiro, Luís Montenegro prosseguiu: "Senhor deputado, nós não excluímos ninguém e nós sabemos bem quem mostrou já muitas vezes estar à altura dessa responsabilidade. E logo veremos se há novos protagonistas e novas forças a demonstrar também esse sentido. Às vezes temos fundadas dúvidas".
"Portanto, logo veremos quem é que tem esse sentido de responsabilidade. Há uma coisa que pode ter a certeza: nós não vamos nunca diminuir o PS, nós não vamos nunca deixar de fazer um diálogo franco, aberto, leal, verdadeiro, genuíno, autêntico com o PS. Não vamos deixar de o fazer", acrescentou.
O primeiro-ministro e presidente do PSD considerou que José Luís Carneiro demonstra querer manter "esta forma de estar dos dois partidos que até hoje assumiram a liderança dos governos democraticamente escolhidos pelos portugueses em Portugal", o que saudou.
Na sua intervenção, José Luís Carneiro afirmou que o PS não será "o suporte do Governo" no parlamento, mas sim "uma bancada da oposição responsável, firme, construtiva e alternativa", disponível para convergências.
José Luís Carneiro manifestou-se disponível "para o reconhecimento do Estado da Palestina como um Estado soberano", no quadro da União Europeia, e para "o esforço dos 2% do Produto Interno Bruto (PIB)" na defesa que resulte "na constituição de um plano industrial militar".
"Na segurança interna contará connosco, senhor primeiro-ministro, para pôr em prática a estratégia de segurança urbana, para pôr em prática a estratégia de proteção civil preventiva, para cuidar do planeamento civil de emergência, particularmente na proteção das infraestruturas críticas nacionais", referiu o ex-ministro da Administração Interna.
O candidato a secretário-geral do PS manifestou-se disponível para convergências em matéria de justiça, considerando que é possível "ir bem mais longe do que os lugares comuns que estão no programa do Governo e enfrentar de uma vez por todas os desafios do setor, convocando todas as partes".
"Em relação à reorganização do Estado pode também contar com o PS, para construirmos uma Administração Pública mais motivada, mais mobilizada, para a eficiência da despesa pública, a eficiência do Estado e a garantia de serviços públicos de qualidade em Portugal e nas comunidades portuguesas no estrangeiro", acrescentou.
Neste ponto, desafiou o primeiro-ministro a aprovar "a despartidarização dos lugares de chefia da Administração Pública".
Luís Montenegro congratulou-se pela "disponibilidade de aproximação nas matérias da segurança interna" manifestada por José Luís Carneiro, apesar da "mudança de política face àquilo que vinha do antecedente e que tinha, aliás, também a sua responsabilidade direta".
"É importante saber que o PS também colaborará na reforma do Estado, na reforma da Justiça, na necessidade que temos de ter um bom sistema de emergência e de proteção das infraestruturas críticas. Nós aproveitaremos essa disponibilidade", declarou o primeiro-ministro.
Pacheco de Amorim e Filipe Melo eleitos vice-presidente e vice-secretário do Parlamento
A votação, por voto em urna, decorreu ao longo manhã. Os resultados foram conhecidos em plenário antes de uma pausa nos trabalhos para almoço.
Pacheco de Amorim obteve 145 votos a favor, 68 brancos e 12 nulos, ao passo que Melo reuniu 122 votos a favor e igual número de brancos e nulos.
Tensão no Parlamento. Livre culpa Chega pela violência da extrema-direita
Críticas ao Programa do Governo no arranque da discussão parlamentar
Foto: José Sena Goulão - Lusa
André Ventura lamenta um "conluio" de 50 anos entre PS e PSD
Foto: José Sena Goulão - Lusa
José Luís Carneiro acusa o Executivo de não ter entrado com o pé direito, ao apresentar propostas no Programa do Governo que não constavam programa eleitoral da AD.
O primeiro-ministro garante ao Partido Socialista que o Governo não vai "diminuir o PS" no novo quadro parlamentar.
Montenegro lança aviso a Chega e PS contra "coligação deliberada"
Foto: José Sena Goulão - Lusa
Anunciou uma redução do IRS para a classe média, já este ano, e garantiu que o objetivo não é "reduzir, mas restaurar a eficácia do Estado".
Montenegro elogia experiência de Filipe Sousa
JPP elogia reforma do Estado
Filipe Sousa sublinha que a reforma do Estado é necessária, mas também é necessário combater a burocracia.
Violência doméstica tem capítulo no programa do Governo
Montenegro frisa ainda que o governo tem tido políticas dirigidas na proteção de mulheres e jovens na proteção face ao agressor.
PAN acusa Montenegro de deixar de fora a violência doméstica
Inês Sousa Real recorda que “já morreram sete pessoas no início do ano, às mãos da violência doméstica”. A deputada do PAN destaca ainda os apoios do Estado aos pensionistas que recebem pensões mínimas.
Em relação à proteção animal, Inês Sousa Real frisa que não foram lançados os apoios prometidos no início do ano.
Montenegro responde ao Bloco de Esquerda: prevê-se aumento de construção de 59 mil novas casas
O primeiro-ministro afirma que há capacidade de estimular construção de habitação tanto no setor público como privado.
Mariana Mortágua: "A classe média está sob ataque"
Montenegro destaca responsabilidade entre PSD e CDS-PP
Montenegro garantiu ainda uma continuidade das propostas fiscais que apresentou no passado ano.
CDS-PP culpa oposição pela convocação das eleições legislativas antecipadas
Montenegro aponta o dedo à "teimosia comunista"
O primeiro-ministro afirma que não está em causa a Lei da Greve mas sim conciliar diferentes direitos.
Diz ainda que o discurso do PCP “tresanda ao velho comunismo”.
"O seu Governo cheira a troika" diz Paulo Raimundo
Lembra que o Chega e o IL não faltarão à chamada para apoiar o Governo e afirma que o “Governo cheira a troica”.
Raimundo do PCP pede ainda ao Governo que reconheça a Palestina como Estado.
Montenegro agradece apoio que Livre possa dar
Livre frisa que consensos procuram-se
Rui Tavares afirma que são sete as medidas do Livre constam do programa do Governo.
Montenegro quer “administração pública mais competitiva”
Só assim será possível “libertar recursos” e “pagar melhores salários”. “Nós não queremos cortar mas queremos poupar” diz Montenegro.
IL pede respeito por quem trabalha
Carlos Guimarães Pinto recorda as trocas nas administrações hospitalares e frisa que “metade acabou liderada por militantes do PSD”.
O deputado da IL frisou que as coisas podem mudar rapidamente e deu como exemplo a “esquerda” do parlamento.
Montenegro deseja boa campanha a José Luís Carneiro
"O Governo não entrou com o pé direito", diz PS
Carneiro diz que o "Governo não entrou com o pé direito" porque agora apresenta "propostas que não tinha no Programa Eleitoral e que não discutiu durante o debate eleitoral".
"Seremos consequentes com o princípio de diálogo e de compromisso"
"Colhe também no mérito das propostas dos outros candidatos a primeiros-ministros e até daqueles que concorriam apenas para ter representação parlamentar", sublinhou Hugo Soares.
"É uma razão de diálogo, é um compromisso de diálogo e é um objetivo de construção de política comuns com os demais grupos parlamentares", prosseguiu, antes de criticar "as oposições" por apontarem a introdução de "matérias que não tinham sido discutidas na campanha eleitoral".
Hugo Soares quis ainda sustentar que a anunciada reforça do Estado não significará despedimentos. Na resposta, o primeiro-ministro prometeu que o Governo será consequente "com o princípio de diálogo e de compromisso".
Segunda força política com representação parlamentar mudou
“Não estou a ver que o senhor deputado queira regressar a esse tempo (….) e acho que os portugueses também esperam”.
André Ventura aponta dedo ao conluio PSD e PS
Montenegro garante ainda um investimento na defesa
Ação externa assente na coerência e tranquilidade
Montenegro enumera os principais passos da próxima legislatura
Primeiro-ministro faz balanço do ano anterior
Montenegro garante que governo vai cumprir legislatura de quatro anos
Estabilidade política é tarefa de todos
Governo inclui lista de 80 medidas da oposição
Primeiro-ministro felicita deputados eleitos
Eleição de vice-presidente e vice-secretário marca o arranque do plenário
Programa do Governo domina dois dias de trabalhos no Parlamento
Quanto à prometida reforma do Estado, o Governo afiança que não haverá despedimentos, mas pretende pôr em marcha uma avaliação global dos trabalhadores para antecipar necessidades e identificar "redundâncias": o objetivo é promover a redistribuiçao dos funcionários, com formação adicional e revisão das carreiras.
Na anterior legislatura, haviam começado negociações para fusões de várias entidades do Estado, prevendo-se a deslocação para fora das maiores cidades do país. O Executivo quer ainda promover a introdução da inteligência artifical nos organismos do Estado.
O Programa do Governo enquadra também a subida do salário minimo até 1.100 euros em 2029.
No capítulo laboral, o Executivo propõe-se alterar a lei da greve e avançar com a possibilidade de pagamento dos subsídios de férias e de Natal em duodécimos.
Prevê-se ainda uma redução dos impostos.
Na entrega do Programa, o ministro dos Assuntos Parlamentares sustentou que o documento é para quatro anos e pretende "transformar o país". Carlos Abreu Amorim prometeu diálogo "com todos os partidos".
Moção de rejeição comunista
O PCP vai apresentar uma moção de rejeição ao Programa do Governo. A iniciativa dos comunistas vai ser votada na quarta-feira e tem, à partida, reprovação garantida.Além do PSD e do CDS-PP, a moção não contará com o apoio do Chega e do PS.
No texto, o PCP acusa o Governo de seguir uma "política antidemocrática, de agravamento da exploração, injustiças e desigualdades e de retrocesso que merece ser rejeitada".
Ordem de trabalhos
A sessão plenária tem então início às 10h00 com uma intervenção do primeiro-ministro, Luís Montenegro, sem limite de tempo.
À apresentação inicial segue-se hora e meia para as primeiras perguntas e respostas aos dez partidos que preenchem o hemiciclo na XVII legislatura. O Chega abre esta fase, seguindo-se PSD, PS, IL, Livre, PCP, CDS-PP e os deputados únicos do BE, PAN e JPP.
Haverá em seguida cerca de quatro horas e meia de debate do Programa, esperando-se intervenções de vários ministros já durante a tarde.Na manhã de quarta-feira decorrerá o período de encerramento, com cerca de duas horas de intervenções dos partidos e do Governo, a que se segue a votação da moção de rejeição do PCP.
Só após a apreciação do Programa e da respetiva aprovação é que o XXV Governo Constitucional, empossado desde 5 de junho, entrará em plenitude de funções.
Para esta terça-feira está igualmente prevista nova tentativa de eleição dos nomes propostos pelo Chega para vice-presidente e vice-secretário para a mesa da Assembleia da República. Isto depois de Diogo Pacheco de Amorim e Filipe Melo não terem obtido a maioria absoluta no primeiro dia da legislatura, a 3 de junho.
c/ Lusa
Programa do Governo contempla compra de férias e aperto à Lei da Greve
Centrais sindicais contra alterações da Lei da Greve
PCP vai apresentar moção de rejeição do programa do Governo
Foto: José Pinto Dias - RTP
Moção de rejeição apresentada pelo PCP. Ventura diz que não quer ser "promotor de instabilidade política"
Foto: José Sena Goulão - Lusa
André Ventura considera, também assim, que este é um "Governo de continuidade e que o seu Programa de Governo "será um programa de continuidade".
Carneiro acusa Montenegro de avançar com medidas não escrutinadas nas eleições
Livre considera que programa "faz lembrar troika" e acusa executivo de arrogância
Foto: Tiago Petinga - Lusa