"Qualquer um tem o direito de dizer as baboseiras, as alarvidades e as patetices que entender"
Questionado na RTP sobre o que se passou no Parlamento quando o deputado do Chega André Ventura fez declarações sobre a capacidade de trabalho do povo turco, o candidato da Iniciativa Liberal ao Parlamento Europeu considerou que essas declarações têm cabimento dentro da liberdade de expressão e que podem ser ditas. Cotrim de Figueiredo diz que podem ser proferidos esse tipo de comentários e depois quem os diz deve "responder por elas ou perante a lei ou perante o eleitoral". João Cotrim de Figueiredo defendeu ainda que os partidos de extrema-direita têm crescido na Europa porque se aproveitam de desilusões legítimas dos eleitores, mas para combatê-los não se deve limitar a liberdade de expressão.
O candidato da Iniciativa Liberal defende que é preciso desarmar a extrema-direita resolvendo os problemas que a alimentam, mas entende que limitar a liberdade de expressão pode sair mais caro. Diz que não se pode fazer uma polémica tal em torno de mensagens de ódio, porque assim acaba por se "beneficiar o infrator".
Considera que Portugal está longe de, na componente económica, ser liberal, e argumentou que há muita despesa pública, taxas e impostos, numa “intervenção excessiva do Estado” e pouco cuidado no uso de fundos que têm resultado na criação de pouca riqueza. Defende, em contrapartida, uma função redistributiva marginal do Estado, e um incentivo da igualdade de oportunidades.
Para Portugal defende um sistema universal de acesso à saúde eme que sobrevivem os prestadores que são melhores na perspetiva de quem os usa.
Criticou a pouca verificação dos gastos do Estado, defendeu uma diminuição dos impostos e considerou que uma reforma fiscal pensada cabe na redução de 2% da dívida pública.