Almada, 02 dez (Lusa) -- A Resolução Política do XIX Congresso do PCP foi hoje aprovada com um voto contra, estabelecendo a rutura com o memorando da `troika` como "questão central" para acabar com "a política de direita" e criar uma alternativa "patriótica de esquerda".
A Resolução Política do XIX Congresso do PCP, que define a estratégia do partido para os próximos quatro anos, até ao próximo congresso, teve um voto contra e duas abstenções dos 1.250 delegados, reunidos desde sexta-feira em Almada.
No texto, o PCP define a rutura com a `troika` (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) como "questão central" e "condição determinante" para construir uma alternativa de esquerda, processo que passa ainda pela "denúncia das responsabilidades do PS" e pela "convergência e cooperação" com outras "forças e setores".
O Bloco de Esquerda merece também uma referência nestas Teses, que destacam a "perda significativa" que o partido teve nas legislativas de 2011, numa "penalização por um percurso incoerente". O PCP acusa ainda o BE de ter uma "inaceitável arrogância e indisfarçável disputa com o PCP".
Na construção da alternativa política de esquerda é ainda determinante, para o PCP, o alargamento da "luta de massas", o que, aliás, sublinham, já está a acontecer, com "um amplo e cada vez mais vasto conjunto de camadas, setores e grupos sociais", para além da "classe operária e dos trabalhadores", a participarem "de forma crescente" na "luta" contra as políticas do Governo e o memorando da `troika`.
A nível institucional e eleitoral, o PCP estabelece como objetivos para todas as eleições previstas para os próximos quatro anos o "reforço" da sua representatividade.
Nas autárquicas de 2013, em concreto, pretende aumentar o número de presidências de câmaras e freguesias. E para as presidenciais de 2016, o objetivo é apresentar "uma intervenção própria".
