TAP. Augusto Santos Silva chamado a conduzir investigação sobre fuga de dados

por RTP
Mário Cruz - Lusa (arquivo)

A comissão de inquérito parlamentar à TAP decidiu solicitar ao presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, que conduza uma investigação interna à fuga de dados confidenciais constantes dos documentos sobre as demissões na TAP, que o Governo remeteu a São Bento. É o resultado da reunião de mesa e coordenadores da comissão, que decorreu esta sexta-feira de manhã.

A RTP apurou que o objetivo é perceber de que forma as informações sobre os documentos oficiais, que o governo enviou à comissão de inquérito à TAP na passada quarta-feira, foram divulgados por vários órgãos de comunicação social.

Entre os documentos está uma eventual reunião secreta membros do Governo com a antiga presidente da comissão executiva da TAP, para coincidir perguntas e respostas numa audição parlamentar. E também, a revelação sobre o pedido justificação jurídica da demissão por justa causa de Christine Ourmières-Widener, que só foi feito pelo Governo depois da decisão política ser conhecida.
No entanto, o regimento jurídico da Assembleia da República prevê que seja a própria comissão de inquérito a realizar a investigação sobre as fugas de informação.Vários órgãos de comunicação social tiveram acesso a informação que estavam apenas disponíveis na sala de segurança da Assembleia da República. Os dados foram divulgados por mensagens de WhatsApp e correio eletrónico.

Segundo o que a RTP apurou, há nesta altura um impasse para perceber quem vai conduzir o processo de averiguações. Sendo que a CPI pede que seja Augusto Santos Silva, mas, perante o regimento também podem ser os próprios deputados.

A reunião, durante a manhã desta sexta-feira, da mesa da comissão de inquérito à TAP decorreu à porta fechada.

Para já, os deputados que integram a comissão aguardam pela resposta do presidente da Assembleia da República à solicitação que vão apresentar.
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