Ministério da Reforma do Estado
Com esta nova pasta ficará Gonçalo Matias, doutorado em Direito, presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Fundação Francisco Manuel dos Santos desde 2022 e professor associado da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa.
Entre 2008 e 2014 desempenhou funções como assessor para os Assuntos Jurídicos e Constitucionais da Casa Civil do presidente da República e foi consultor da mesma Casa Civil desde 2014. Foi ainda diretor do Observatório das Migrações.
Secretário de Estado Adjunto e para a Modernização Administrativa no XX Governo Constitucional, foi também membro do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo e do Management Board da European Union Agency for Fundamental Rights.
Administração Interna e Assuntos Parlamentares com novas caras
O Ministério da Administração Interna, até agora da responsabilidade de Margarida Blasco, passa a ser gerido por Maria Lúcia Amaral.
Doutorada em Direito, é professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa desde 2008 e provedora de Justiça desde novembro de 2017.
Foi também membro do Tribunal Constitucional entre 2007 e 2016 e vice-presidente do mesmo Tribunal desde 2012.
O Ministério dos Assuntos Parlamentares, que estava a cargo de Pedro Duarte, passa agora para as mãos de
Carlos Abreu Amorim.
Também ele doutorado em Direito e docente universitário, foi deputado nas XII e XIII legislaturas e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD. Foi igualmente secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares do XXIV Governo Constitucional.
Acumulação de pastas
Há dois ministros que passam a acumular pastas nesta nova legislatura.
O Ministério da Economia acumula com a Coesão Territorial, que volta a ficar a cargo de Manuel Castro Almeida, advogado e licenciado em Direito.
Foi deputado, presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira e secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, com responsabilidade pelos Fundos Europeus entre 2013 e 2015.
O Ministério da Cultura vai acumular com o da Juventude e Desporto, ficando a cargo de Margarida Balseiro Lopes, licenciada em Direito, jurista e antiga deputada à Assembleia da República (2015-2022).
Saem de cena neste elenco governativo o antigo ministro da Economia, Pedro Reis, e a ex-ministra da Cultura, Dalila Rodrigues.
O que se mantém?
Como ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros continua Paulo Rangel, licenciado em Direito, docente universitário e advogado.
Foi eurodeputado, vice-presidente do grupo parlamentar do PPE, presidente do Grupo de Escrutínio do Espaço Schengen e relator permanente do Parlamento Europeu para a Bósnia-Herzegovina.
Ocupou também os cargos de presidente do Grupo Parlamentar do PSD, secretário de Estado Adjunto do Ministro da Justiça, deputado à Assembleia da República e presidente da Delegação do Parlamento Europeu para as relações UE-Brasil.
Joaquim Miranda Sarmento, doutorado em Finanças e presidente do grupo parlamentar do PSD, mantém-se como ministro de Estado e das Finanças. Professor universitário, foi também assessor económico do ex-presidente Cavaco Silva. Trabalhou dez anos no Ministério das Finanças e foi consultor da UTAO.
O ministro da Presidência continua a ser António Leitão Amaro, doutorado em Direito e professor universitário, que foi secretário de Estado da Administração Local do XIX Governo Constitucional.
Foi ainda deputado à Assembleia da República nas XI, XII, XIII e XVI legislaturas, vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, investigador visitante da Harvard Law School da Universidade de Harvard (EUA) e presidente da Assembleia Municipal de Tondela.
A pasta da Defesa Nacional continua com Nuno Melo, licenciado em Direito, advogado e presidente do CDS-PP. Foi eurodeputado e deputado à Assembleia da República.
Com as Infraestruturas e Habitação permanece Miguel Pinto Luz, licenciado em Engenharia e vice-presidente do PSD. Foi vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais e da Entidade Regional de Turismo, tendo passado também pela administração da Fundação Paula Rego.
No seu currículo constam também os cargos de investigador no Grupo de Sistemas de Informação do INESC-ID e docente convidado Nova School of Bussiness and Economics e no Instituto Superior Técnico.
Rita Alarcão Júdice mantém-se à frente da Justiça. Licenciada em Direito e advogada, foi sócia da sociedade de Advogados PLMJ de 2013 a 2023, membro da Comissão Executiva da Urban Land Institute (ULI) Portugal e associada da Women in Real Estate (WIRE Portugal).
O ministro da Educação, Ciência e Inovação é novamente Fernando Alexandre, doutorado em Economia, professor da Universidade do Minho e vice-presidente do Conselho Económico e Social.
Foi secretário de Estado Adjunto do ministro da Administração Interna no XIX Governo Constitucional. Em 2022, recebeu o Prémio de Mérito Científico da Universidade do Minho.
Com a pasta da Saúde fica Ana Paula Martins, doutorada em Farmácia e professora universitária. Foi Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos e presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário Lisboa Norte.
Maria do Rosário Palma Ramalho, doutorada em Direito e professora catedrática da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa,
mantém-se à frente do Ministério do Trabalho.
Foi presidente da APODIT – Associação Portuguesa de Direito do Trabalho, vice-presidente da ISLSSL – International Society for Labour and Social Security Law e consultora da Comissão Europeia na área da igualdade de género.
A ministra do Ambiente continua a ser Maria da Graça Carvalho, doutorada, ex-eurodeputada e professora universitária. Foi ministra da Ciência e Ensino Superior e Adjunta do presidente da Comissão Europeia de 2006 a 2009.
Por fim, o Ministério da Agricultura e Mar permanece com José Manuel Fernandes, licenciado em Engenharia, antigo deputado ao Parlamento Europeu e ex-presidente da Câmara Municipal de Vila Verde.