Ministério da Saúde situa país “longe da situação de pandemia”
Portugal "está ainda longe de uma situação de pandemia" da Gripe A H1N1, reagiu esta quinta-feira o Ministério de Ana Jorge, depois de a Organização Mundial de Saúde ter elevado para a fase seis a escala de propagação do vírus. Um comunicado da Direcção-Geral da Saúde (DGS) coloca a ênfase na necessidade de uma informação adequada nas diferentes entidades.
Na óptica do Ministério de Ana Jorge, os procedimentos implementados em território português, no âmbito do Plano de Contingência para o vírus da Gripe A, "demonstram ser os mais adequados e estão de acordo com o definido pela Organização Mundial de Saúde".
O Ministério da Saúde sublinha que a decisão dos peritos da OMS fica a dever-se "à facilidade e velocidade de propagação do vírus a nível mundial e não à sua gravidade clínica": "Apesar de ter atingido um elevado número de países em todo o Mundo, o vírus tem revelado, até à data, baixa virulência".
A tutela promete adoptar "todas as medidas que venham a revelar-se necessárias em cada momento". As autoridades de Saúde, assinala o comunicado do Ministério, "monitorizam permanentemente o evoluir da situação".
Face a "sintomas sugestivos de gripe, de contacto com doentes confirmados e/ou deslocação a áreas afectadas, os cidadãos devem contactar a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24) e seguir as recomendações feitas pelos profissionais de saúde", reitera a tutela.
"Impactos sócio-económicos"
Também o director-geral da Saúde, Francisco George, salienta que a actualização para a fase seis "não reflecte qualquer alteração imediata na situação epidemiológica de Portugal", que regista dois casos confirmados de infecção pelo vírus da Gripe A H1N1.
"Por esta razão, mantêm-se as medidas previstas no Plano de Contingência, que têm demonstrado ser eficazes", frisa o comunicado de Francisco George, citado pela agência Lusa.
As autoridades sanitárias, admite o responsável, sabem que "a evolução da epidemia em Portugal pode ter implicações resultantes de um aumento acentuado do absentismo nos diversos sectores da sociedade e de um excesso de procura dos serviços de saúde". Razão pela qual "as estruturas de saúde, tal como outras instituições, entidades, empresas, bem como os próprios cidadãos, têm de estar adequadamente informados e preparados".
"As medidas de planeamento, na fase seis, devem centrar-se na coordenação dos recursos multissectoriais, com o objectivo de diminuir os impactos sócio-económicos que, eventualmente, resultarão da extensão da pandemia a Portugal", recomenda a DGS.