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PESCADORES DA ESPERANÇA

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Do peixe-espada preto, os pescadores de Sesimbra viram-se agora para o espadarte

Durante mais de dez anos, os pescadores de Sesimbra viveram tempos de fartura com a pesca do peixe-espada preto em Marrocos.Construiram-se até barcos novos, maiores e mais potentes.Isto até que Marrocos decidiu não renovar o acordo de pesca com a Comunidade Europeia, o que obrigou estes barcos a parar e deixou centenas de pescadores sem trabalho, nomeadamente em Sesimbra e em Olhão.
Só dois anos e meio depois é que estes barcos voltaram ao mar.
Do peixe-espada preto, os pescadores de Sesimbra viram-se agora para o espadarte. Esta era de resto a única alternativa que lhes restava, porque só para essa pesca no Atlântico Norte o Estado concedeu licenças. Mas a primeira viagem do "Emiliano Pai" foi para esquecer. Dezassete dias no mar, noites inteiras a largar o palangre, mau tempo, e no fim o pescado nem deu para pagar as despesas.
Metade dos barcos que operavam em Marrocos está agora para abater. Os armadores esperam receber os subsídios da Comunidade para destruir ou vender os seus barcos, o que sempre lhes diminuirá o prejuízo. Quanto aos pescadores, resta-lhes mudar de vida, ou ficar dependendentes de um subsídio de desemprego de 435 euros por mês.
À margem desta estória está ainda um grupo de marroquinos. Vieram para Sesimbra para trabalhar nos barcos portugueses, e agora para ali estão, na expectativa de também eles receber um subsídio comunitário pelo abate dos barcos onde trabalhavam.
Tal como os pescadores portugueses, o que resta é a esperança, senão de apanhar espadarte... pelo menos de receber subsídio...
É assim que se vive da pesca em Sesimbra neste ano de 2002.

Ficha Técnica

Título Original
PESCADORES DA ESPERANÇA