PRÓS E CONTRAS

O ESTADO DA NAÇÃO É BOM OU MAU?

Episódio 31 de 0 Duração: 1h30m min

Anualmente, antes do início das férias do parlamento, os deputados discutem o estado da Nação. Governo e oposição contrapõem argumentos e defendem posições. Num ritual que se repete, na Assembleia, os deputados do PSD e CDS-PP defendem as medidas tomadas pelo executivo de Durão Barroso e, perante a crise económica anunciada pelo Banco de Portugal na pessoa de Victor Constâncio, alegam a pesada herança socialista e a necessidade absoluta de reformas para colocar Portugal no caminho da modernidade.
Por seu lado, os deputados do PS, PCP e BE, criticam essas mesmas medidas, acusando o governo de ter criando uma onda de pessimismo como pano de fundo para justificar medidas que consideram assentes em critérios exclusivamente economicistas e que, por essa razão, prejudicam os mais desfavorecidos e descuram e agravam os graves problemas sociais que os portugueses enfrentam.
Argumentos pelo BOM:
- O estado actual da Nação é o necessário para se garantir um futuro melhor.
- Sem as actuais medidas, Portugal nunca vai conseguir sair da "cepa torta", como afirmou Jorge Sampaio.
- As reformas que se estão a fazer nas várias áreas, são fundamentais mas só darão frutos num futuro próximo: é preciso plantar hoje para colher amanhã.
- Este governo está a mexer no país e está a retirar Portugal do imobilismo em que se encontrava.
Argumentos pelo MAU:
- As medidas do governo têm um filosofia exclusivamente económica.
- Não existem reformas de fundo. Tudo o que se está a fazer tem em vista o objectivo do cumprimento do deficit imposto por Bruxelas.
- As medidas do Governo estão a provocar cada vez mais desemprego e o pessimismo gerado está a bloquear a iniciativa e o investimento.
- Em Portugal vive-se cada vez pior e as classes mais desfavorecidas são as mais prejudicadas.
-Não há um projecto de país: há medidas avulsas.
Convidados a debater o tema deste programa: Marques Mendes, António Pires de Lima, António Borges, Elisa Ferreira Guilherme de Oliveira Martins e Ruben de Carvalho