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O Meu Tio

O Meu Tio

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Oscar do Melhor Filme de Língua Estrangeira para uma das mais geniais comédias de Jacques Tati, que é uma espantosa sátira sobre o confronto da modernidade com a tradição e da sofisticação com a nostalgia

A família Arpel vive numa casa ultra-sofisticada, produto da mais recente tecnologia e design, situada numa moderna e impessoal zona residencial. Em casa dos Arpel o desconforto e as maquinarias parecem funcionar com a mesma rotina e precisão da fábrica de plásticos do sr. Arpel. Rodeado pela perfeição tecnológica, por mobílias e um jardim que são apenas uma ostentação de riqueza e modernismo, embora totalmente inadequadas à vida quotidiana, o pequeno Gérard Arpel vive triste e aborrecido. Excepto quando visita o seu tio Hulot que vive nas águas-furtadas de uma velha casa num pitoresco e ruidoso bairro. Hulot é um homem de muito poucas palavras que vive feliz na sua despreocupada existência. Porém, os Arpel preocupados com a influência de Hulot sobre Gérard e invejosos da afeição do garoto ao desastrado e amarrotado tio, vão fazer tudo ao seu alcance para mudar a situação. Primeiro dão trabalho a Hulot na fábrica, o que se revela uma catástrofe, e depois tentam arranjar-lhe uma noiva, o que acaba ainda de forma mais desastrosa. Por fim Arpel envia o cunhado para o estrangeiro e consegue reconquistar o filho, mas nos termos de Hulot.

"O Meu Tio" tornou Jacques Tati numa celebridade mundial, tendo inclusivamente conquistado o Oscar da Academia de Hollywood para o Melhor Filme de Língua Estrangeira. Tati estava nos finais dos anos 50 no auge da sua forma e do seu talento e "O Meu Tio" é uma das mais hábeis, simples, inteligentes e deslumbrantes comédias de sempre. Implacável observador Tati consegue, em "O Meu Tio", colocar em confronto os universos do modernismo sofisticado e do quotidiano vulgar, através da história de um garoto que se aborrece na sua casa electrónica e mecanizada e apenas se sente vivo, feliz e desejado na companhia de um tio com um chapéu ridículo, as calças demasiado curtas e um estilo de vida anárquico e despreocupado, num bairro popular e pituresco. Uma espantosa realização de Tati onde o domínio plástico e estético, a manipulação do som e sobretudo o desenho do gag visual são absolutamente deslumbrantes.

Ficha Técnica

Título Original
Mon Oncle
Intérpretes
Jacques Tati, Jean-Pierre Zola, Alain Bécourt, Adrienne Servantie, Lucien Frégis, Dominique Marie, Betty Schneider, André Dino
Realização
Jacques Tati
Produção
Jacques Tati, Louis Dolivet
Autoria
Jacques Lagrange, Jean L´Hôte, Jacques Tati
Música
Alain Romains, Franck Bacellini
Ano
1958
Duração
112 minutos