Um Homem não é de pedra

Episódio 230 de 260 Duração: 60 min

Na sociedade, ouvem a Farpa Beiralina que está a começar na rádio. O locutor começa por dizer que a Farpa desta vez vai à Igreja, não para se confessar... e começa a gracejar de Olga dizendo que precisa de muita água benta para lavar em casa muita roupa suja que tem para lá e que quanto mais tempo está a rezar e a azucrinar o juízo dos outros menos se lembra do que pecou em jovem. Olga fica furiosa e diz que não admite. Sai em direcção ao estúdio de rádio. Na rádio pede a Carlos e Diogo que interrompam a emissão mas estes dizem que não o podem fazer pois não podem limitar a liberdade de expressão e que se Olga se quiser defender tem de ser depois ou pode rezar umas avé-marias depois. Olga diz que vai sim à Igreja e que os dois vão arder nas chamas do Inferno e em breve. Na sociedade sente-se a terra tremer e todos comentam se se vai repetir. Olga que entra com Diogo diz que foi castigo de Deus. Todos ignoram Olga. Julien tem uma ideia para um projecto artístico. No largo Julien vestido de branco com ajuda de Luna coloca um palanque e expõe um cartaz. Pretende com esta manifestação artística demonstrar a força humana diante as adversidades. E diz que vai ficar no palanque faça sol ou faça chuva. Olga surge no largo com um megafone a gritar aos beiralenses que se arrependam dos seus pecados antes que a ira de Deus se abata sobre a aldeia. Padre Justino pede que não invoque o nome de Deus em vão. Ouve-se um trovão e Olga benze-se dizendo que Deus está zangado e continua a gritar ao megafone. Julien está preocupado com a tempestade mas não dá a parte fraca e mantém-se no palanque. Na barbearia Diogo e Agostinho discutem sobre se se pode prever os sismos. Agostinho diz que é uma pessoa muito bem formada e com muitas "conections" e que estudou e que tem a certeza que se podem prever os sismos. Diz que é científico e garante que no dia seguinte se vai repetir novo sismo. Olga diz que é importante todos se arrependerem dos sues pecados para que Deus não os volte a castigar com um terramoto. Susana comenta com mãe que as catástrofes naturais não são obra de Deus, Olga pergunta então são obra de quem? De algum empreiteiro? Patrícia diz que não acredita muito nestas previsões mas que de qualquer maneira é bom estarem prevenidos. No largo da Igreja Julien continua em cima do palanque, todo molhado com frio e com a pintura esborratada, diz Luna que se vai manter pois a sua performance é exactamente sobre a resiliência humana perante a ferocidade dos elementos naturais. Luna insiste para que Julien vá para casa, não está ninguém na rua e nesse momento cai-lhe no ombro cocó de pássaro. Julien acaba por dizer que se calhar com aquele mau tempo é melhor passar a sua performance para um espaço fechado. Na sociedade Julien pede Susana que o deixe ficar em estátua lá dentro. Susana diz que sim. Acabam de instalar o jogo das setas e Vasco vai experimentar. Acerta a primeira seta quase no centro mas a segunda seta vai na direcção errada atingindo o braço de Julien que faz de estátua. Pede desculpa e Julien diz que não faz mal, ele está ali precisamente para levar com os elementos. Patrícia lê o papel do jogo e mais uma vez se cumpre o que estava escrito. Lê o que se segue "Com uma bola que bate em cheio na cabeça dura" e nesse momento Tiago faz uma jogada de snooker e a bola sai disparada da mesa acertando na cabeça de Julien que cai redondo no chão. Moisés e Patrícia olham um para outro petrificados, acham que já são coincidências a mais. Os dois ficam preocupados com medo que a última frase do jogo se concretize que falava na separação de duas pessoas. Patrícia diz que a colocação de professores está quase a sair e tem medo de ser colocada noutra escola longe dali. No consultório Nuno diz a Julien que está bem mas que pode ser uma boa altura para desistir do seu projecto. O artista diz que vai percorrer outros estabelecimentos comerciais e prosseguir com o projeto. Na barbearia Tozé arruma tudo para sair, está preocupado com o terramoto.