DIANA

Uma rapariga australiana tem o mesmo nome da princesa Diana, faz anos no mesmo dia e ganha uma viagem a Londres para a conhecer, na altura em que se dá a trágica morte da princesa

Uma rapariga australiana, que vive na cidade industrial de Wollongong, partilha com a malograda Princesa de Gales o mesmo nome, Diana Spencer, e a mesma data de aniversário, embora 10 anos mais nova. Um dia, Diana, ganha um concurso cujo prémio é uma viagem a Londres para duas pessoas e a possibilidade de conhecer a Princesa. Diana parte para Londres com o seu namorado Mark, é instalada num modesto hotel e descobre que a ¿audiência¿ com a Princesa se resume a participar com centenas de outras pessoas numa ¿garden party¿. Devido a uma série de acasos e equívocos, Diana separa-se de Mark, é presa e conhece o fotógrafo Rob, um ¿paparazzi¿ que se dedica a apanhar celebridades, sobretudo Lady Di.

Esta simpática e hábil comédia romântica sobre uma jovem australiana com o mesmo nome da Princesa de Gales, com quem partilha também o dia de aniversário, que ganha uma viagem a Londres com a possibilidade de conhecer o seu ídolo, conhece um ¿paparazzi¿ com quem persegue celebridades em Londres e acaba por chorar a morte da Princesa, sequência filmada meses depois do fim da rodagem, é um daqueles raros filmes que são, ironicamente, perturbados por inesperados acontecimentos reais. Neste caso, capazes de transformarem as suas intenções originais e acabando por criar uma estranha atmosfera de controvérsia em seu redor, na suspeita que exploraram uma tragédia real. Esta realização, aliás excelente, do australiano David Parker acabou, por um lado, por se tornar amargarmente profética, com a sequência das perseguições a celebridades, nomeadamente à Princesa de Gales em Belgravia ou a cena em que os motoristas dos VIPs bebem uns copos enquanto aguardam os seus importantes passageiros. Destaque para a interpretação de Toni Collette no principal papel.