19 Mai 2022
Uma viagem à intimidade de um dos mais consagrados artistas plásticos portugueses
Multifacetado, prolífico, um dos artistas mais procurados (e falsificados) em leilões, orgulhoso cidadão do Seixal e habitante parisiense há seis décadas, Manuel Cargaleiro permaneceu igual a si próprio na busca pela luz, na positiva obsessão pela harmonia das cores com a vontade de trazer alegria ao olhar de quem convive com a sua obra. Protagonizado pelo Mestre e com participações que vão de historiadores de arte a arquitetos, do vereador da cultura da câmara de Paris à sua galerista francesa, o documentário de Ricardo Clara Couto e Luís Filipe Borges é uma viagem à intimidade de quem diz "Sou o Manel e mais nada. Estou ali, na minha obra. Aquilo sou eu. E em todo o caso, isso basta-me".
Manuel Cargaleiro nasceu em Vila Velha de Ródão, a 16 de março de 1927, e foi na infância que descobriu a arte da cerâmica. No princípio dos anos 50 começou a participar em mostras e exposições em Portugal e é nesta década que recebe os primeiros prémios artísticos. Estudou em Itália e França e ao longo da vida participou em inúmeras exposições por todo o mundo, coletivas e individuais. O seu trabalho foi mostrado em cidades como Genebra, Milão, Lausana, Paris, Brasília, Lisboa, Portalegre ou Reims. Para além da cerâmica, do desenho e da pintura, Cargaleiro dedicou-se também, no final do século XX, à tapeçaria.