A célebre dupla de cineastas ingleses, Powell-Pressburger, recriando de forma magnífica um episódio da 2ª Guerra Mundial
A 3 de setembro de 1939, o navio de guerra alemão Almirante Graf Spee encontrava-se no meio do Atlântico e durante as primeiras semanas da guerra infligiu consideráveis estragos aos cargueiros ingleses. O capitão Langsdorff conquista, apesar das circunstâncias, o respeito dos seus prisioneiros pela forma humana e correta como os tratou. Rumando para a foz do Rio da Prata e perseguido por três cruzadores ingleses, Langsdorff consegue iludi-los e refugia-se no porto de Montevideu. Porém, a política de neutralidade do Uruguai obriga o navio alemão a partir no prazo de três dias. Iludido por rumores dos serviços secretos ingleses, Langsdorff fez sair a tripulação e afundou-se com o Graff Spee, convencido que uma poderosa força naval inglesa rumava ao seu encontro.
Michael Powell e Emeric Pressburger formaram durante vários anos uma das mais célebres e bem sucedidas duplas de cineastas, argumentistas e produtores do cinema inglês, tendo assinado filmes inesquecíveis como Quando os Sinos Dobram, Os Sapatos Vermelhos ou Os Contos de Hoffmann. Datando de 1956, A Batalha do Rio da Prata é o penúltimo filme desta fecunda associação que estendeu de 1942 a 1957 e marcou o cinema inglês. Trata-se de um filme de guerra bem construído que se centra no episódio naval que teve o navio alemão Graff Spee e o seu capitão como protagonistas, desenvolvendo-se dentro de um tom semi-documental que tenta ser imparcial para com os dois lados em conflito. Peter Finch dá vida ao capitão alemão de forma admirável, numa produção de certa envergadura, que tem a indelével marca de qualidade da dupla Powell-Pressburger.