20 ANOS DEPOIS O BENFICA VOLTA À FINAL DA TAÇA CAMPEÕES EUROPEUS, por Rui Alves

A 20 de abril de 1988, o clube da águia voa para uma noite inesquecível, no Estádio da Luz estão mais de 100 mil pessoas ávidas por um único golo, pois a equipa encarnada empatara a zero em Bucareste, frente ao Steaua.

E o anseio dos adeptos benfiquistas seria respondido por um dos melhores avançados portugueses do século passado, filho do único capitão português que erguera duas Taça dos Campeões Europeus conquistadas pelo clube da Luz, em 1961 e 1962.

Rui Águas, filho do grande goleador José Águas, iria ser o grande protagonista do segundo jogo da meia-final quando com dois cabeceamentos marca dois golos históricos, qualificando o Benfica, 20 anos depois, para mais uma final da Taça dos Campeões Europeus, hoje com o nome de Liga dos Campeões.

Convidado pela direção benfiquista, Pinto da Costa, campeão europeu no ano anterior, marca presença no camarote presidencial do Estádio da Luz, e que marca o último momento de relacionamento institucional com o clube de Lisboa.

Semanas mais tarde, e quando Rui Águas que, entretanto, não tinha ainda renovado, o presidente com mais títulos conquistados do Mundo rompe o “acordo de cavalheiros”, que impedia a transferência direta de jogadores entre os dois clubes e que se tinha prolongado por duas décadas.

Ao contratar o avançado encarnado, Pinto da Costa alegaria que já tinha acordo com Vitória de Guimarães quando o Benfica avança para as negociações e que teve como desfecho final a contratação do brasileiro Ademir pelo clube encarnado.