À QUINTA FOI DE VEZ, por Rui Alves

Na primeira década do século passado, as grandes corridas, ligando duas cidades em bicicleta, eram já clássicas na Europa. Em Itália desde de 1894 e dois anos depois em França.

Com mais de 100 anos, o Porto-Lisboa, é uma das mais antigas clássicas no plano internacional e a mais antiga do nosso ciclismo. O pelotão de 15 ciclistas, com bicicletas que pesavam 18 quilos e onde um furo demorava meia hora a reparar, foi para estrada entre as duas principais cidades portuguesas em 1911. Vitória do francês Charles George em representação da equipa do Lusitano.

Esta prova ao longo da sua história iria sofrer vários interregnos, por problemas financeiros ou em consequência das guerras que assolaram a Europa. A partir de 1956 iria prosseguir a sua existência.

Em 1966, os 345 quilómetros que separam Porto de Lisboa, são incluídos no calendário internacional.

Joaquim Leão representa o Porto, equipa em que foi ciclista de topo e um dos mais regulares, tendo ganho várias corridas. Ganha a Volta a Portugal em 1964, estabelecendo um novo recorde na média, que, pela primeira vez, entra na casa dos 39 (39,404 km/h).

Leão, que vinha perseguindo o triunfo no Porto-Lisboa há já algum tempo e após 4 tentativas, é o primeiro a cortar a meta na capital portuguesa.

À quinta foi de vez.