ARTE PORTUGUESA DÁ TAÇA AO BARCELONA por Rui Alves

Quando o Barcelona defrontou o Paris Saint-Germain na final da Taça dos Vencedores das Taças de 1997, o golo da vitória apontado pelo jovem de apenas 20 anos, Ronaldo, catapultou o avançado brasileiro para as luzes da ribalta, numa época em que marcou 47 tentos em 49 jogos.

No entanto, a conquista do clube catalão frente aos detentores da Taça passou também por quatro portugueses. José Mourinho, esse mesmo, na altura era o adjunto de Bobby Robson, o treinador inglês que tinha trocado a cidade invicta do Porto pela Cidade Condal.

Na equipa catalã estava o primeiro português a atingir as 100 internalizações, Fernando Couto que seria campeão em Portugal, Itália e Espanha. Este defesa central formado nas camadas jovens do FC Porto, viria ainda a conquistar a Taça UEFA envergando a camisola da Lázio.

Sir Robson também confiou noutro jogador português que seria o Bola de Ouro em 2000, Jogador do Ano para FIFA na época seguinte. Luís Figo viria a conquistar a Liga dos Campeões do novo milénio, já com as cores do Real Madrid.

Na baliza “blaugrana” catalã, Victor Baía que como guarda-redes coleccionou 31 troféus ao longo de 18 anos como profissional. Setes anos após esta conquista europeia e de regresso ao FC Porto, venceria a Liga dos Campeões sob o comando de José Mourinho, depois de terem passado 12 meses de ter conquistado a Taça UEFA frente ao Celtic. Formado nas camadas jovens do clube portista, Baía durante as duas passagens pelos dragões, participa em 406 jogos, vence 10 campeonatos, 5 Taças de Portugal e 8 Supertaças.

O perfume português é intenso nesta final europeia disputada em Roterdão e o Barcelona muito deve a estes artistas portugueses pela conquista de mais um trofeu internacional.