BOAVISTA, CAMPEÃO INÉDITO por Rui Alves

Em 18 de maio de 2001, a uma jornada do fim, o Boavista vence no Bessa o já despromovido Desportivo das Aves, os três golos sem resposta confirmam a conquista do primeiro e único título de campeão nacional.

Depois de cinco Taças de Portugal e três Supertaças, o clube axadrezado com 117 anos de história, ganha por direito próprio, a entrada num grupo muito restrito de clubes campeões: Benfica, Sporting, FC Porto e Belenenses.

O Boavistão de Jaime Pacheco contabilizaria 77 pontos, mais um que o FC Porto, que sentiu a falta do brasileiro Jardel , o grande goleador dos Campeonatos de 1996 a 2000, vendido aos turcos do Galatasaray.

Apontado como principal favorito ao título depois de ter quebrado o jejum de 18 anos, o Sporting reforçado com João Pinto que trocara a Luz por Alvalade, nunca viria a alcançar o topo da classificação, falhando o bicampeonato que persegue desde da temporada 1953/54.

O Benfica, faz a sua pior época até então, termina em sexto, atrás de Boavista, FC Porto, Sporting, Sporting de Braga e União de Leiria, não se apura para as provas europeias, o que já não acontecia desde 1959/60, época anterior à primeira conquista da Taça dos Campeões Europeus.

A formação das camisolas de xadrez teve um arranque irregular, apesar de ter derrotado as águias, em sétimo lugar à sexta jornada, na qual o Braga, líder desde a terceira, foi ultrapassado pelo rival da cidade Invicta.

Três vitórias em três jogos seguidos, incluindo o regresso aos triunfos fora ao fim de quase quatro meses, faz encurtar a vantagem dos Dragões.

O dérbi do Porto assinala o final da primeira volta, e o golo solitário de Martelinho permite a troca de líder na tabela classificativa.

Ao fazer uma série de sete vitórias consecutivas, afasta o Sporting da corrida ao título, e resiste à pressão do FC Porto, até ao fim.