CONQUISTA O BRONZE NO ÚLTIMO SALTO, por Rui Alves

Natural de São Tomé, Naide gostava de futebol e nem sabia o que era o atletismo. Viria a descobrir quando finalmente foi ter com a mãe, que se mudara para Portugal por motivos de saúde.

Aos 13 anos começa a praticar atletismo no Paivas, agremiação do concelho do Seixal, onde tinha passado a viver. Representaria vários clubes como Clamo, Ginásio Sul, Belenenses e JOMA, até que, em 1997, ingressa no Sporting, quando estava à beira de completar 18 anos de idade.

Apesar de ser uma atleta que se desenrasca muito bem na corrida com barreiras, é no salto em altura que promete voar mais alto, mas em 2006, Naide salta como nunca o fizera antes.

No concurso do salto em comprimento e à entrada para o último ensaio, Naide parecia com uma medalha (e de prata) garantida. No entanto, seria ultrapassada por duas saltadores e fica fora do pódio, mas ainda tem um ensaio para fazer.

Com uma chamada milimétrica (apenas dois milímetros separavam da linha limite!), voa baixinho até aos 6,76 metros, marca que lhe permite conquistar o terceiro lugar.

No Mundial de Moscovo bate por três vezes o seu recorde nacional do comprimento, prova no qual “perde” e “reconquista” uma medalha no último ensaio.