DE JOGADOR A TREINADOR EM SEGUNDOS, por Rui Alves

De jogador a treinador em segundos.

Depois de terem decidido que a situação do alemão Jupp Heynckes era insuportável, os principais dirigentes da SAD encarnada divergem na escolha do próximo treinador.

O nome de Toni chegou a estar sobre a mesa, defendido por José Capristano e Correia Leal, entre outros, mas o último técnico campeão nacional pelo Benfica, não reúne o consenso na SAD «encarnada». Pela segunda vez em dois anos e meio, as negociações entre Vale e Azevedo e Toni terminam sem acordo.

A decisão seria, no entanto, assumida pelo presidente benfiquista, recai em José Mourinho que já anteriormente tinha sido convidado após o despedimento do escocês Souness.

Para Vale e Azevedo, o clube tinha contratado, um treinador «jovem, ambicioso e formado num clube de elite, habituado a ganhar», justificando assim, as razões que motivaram a escolha do adjunto de Van Gaal no Barcelona.

Alguém faz lembrar que Mourinho vai assumir pela primeira vez o comando de uma equipa. A reação não se faz esperar, «há sempre uma primeira vez», mesmo quando se engana na apresentação e anuncia o jovem técnico como um novo jogador.

A chegada do treinador de 37 anos à Luz, significa uma aposta de alto risco, tem um currículo invejável, mas sem experiência como principal responsável. A um mês e meio de novo escrutínio no universo benfiquista, o advogado volta a surpreender.

Ao perder as eleições, Vale e Azevedo deixa o Benfica, Mourinho é substituído por Toni, depois de 2 derrotas, 3 empates e 5 vitórias.