ÉDER É ETERNO por Rui Alves

Éderzito António Macedo Lopes, nome demasiado comprido e por isso, aquele que é o jogador mais importante da história do futebol português, resolveu simplificar para apenas quatro letras, Éder.

A jogar em França, no Lille, o jogador português integra a convocatória de Fernando Santos como se de um extraterrestre se tratasse. A sua escolha foi muito contestada, mas o Engenheiro feito selecionador nacional defende o avançado.

Não é titular da equipa das quinas, no entanto, Éder ao ser convocado para França é uma opção de ataque para aqueles desafios em que seria necessário a presença de mais um para incomodar a defesa adversária.

No Europeu, o avançado, que se tinha estreado no Campeonato Nacional com a camisola dos estudantes da Académica, chega à final do Campeonato Europeu, com pouco mais de 10 minutos jogados em seis encontros da seleção nacional na competição mais importante do futebol Europeu.

O dia 10 de Julho de 2016, seria o dia mais importante do camisola 9 de Portugal. O selecionador está perante o dilema como ganhar a final do Campeonato da Europa sem Ronaldo lesionado que, entretanto, já tinha saído na primeira parte?

Éder entra para o lugar de Renato Sanches a 12 minutos dos 90 do derradeiro jogo e depois de não ter sido opção na fase a eliminar, é lançado na final no ‘Stade France’ com mais de 60 mil pessoas e logo contra a seleção anfitriã do Europeu, França.

O avançado de 28 anos que viu muitas vezes o seu lugar na seleção ser posto em causa, iria ser o herói de 11 milhões de almas portuguesas, que ninguém e talvez ele próprio poderia prever, mas sonhar não era proibido.

O golo a 10 minutos do fim do prolongamento, coloca um ponto final a uma série de 10 derrotas seguidas com a seleção gaulesa e faz de Portugal Campeão Europeu, o primeiro e o mais importante título do futebol luso e Éder?

Éder é eterno!