FINALMENTE O TRI por Rui Alves

Com a ida de Sir Bobby Robson para o Barcelona, o presidente portista Pinto da Costa decide apostar numa antiga glória do clube, António Oliveira ocupa assim, o lugar que era do treinador inglês.

No famoso Verão quente dE 1980, quando o chefe do departamento de futebol Pinto da Costa se incompatibiliza com presidente do clube de então Américo de Sá, Oliveira decide deixar as Antas e ingressar no clube da sua terra natal Penafiel, orienta pela primeira vez uma equipa de futebol, acumulando com a de jogador na época de 1980/81.

Dura apenas uma época como treinador, Oliveira regressa à sua função de génio do futebol no Sporting Clube de Portugal, sagra-se campeão nacional às ordens do inglês Malcom Allison. No clube leonino assume mais uma vez o comando técnico, conquistando a Supertaça.

Na época de 1985/86, agora ao serviço do clube madeirense Marítimo, abandona em definitivo a carreira de jogador. Como treinador passa sucessivamente pelo Vitória de Guimarães, Académica de Coimbra, Gil Vicente e Sporting de Braga, até que em 1994 é contratado para seleccionador nacional. Apura a equipa das quinas para o segundo europeu da história do futebol português. No EURO 96, o bom futebol praticado pela nossa secção, é interrompido nos quartos-de-final, quando é eliminada pela República Checa.

Quando finalmente chega ao comando do FC Porto, o grande objectivo era a conquista do inédito tri, proeza que tinha escapado ao lendário José Maria Pedroto e ao ainda jogador, Oliveira.

O ex-seleccionador nacional não decepciona os adeptos do dragão e à frente de uma equipa onde se destacava o Super Mário, o FC Porto passeia classe ao longo da época de 1996/97, terminando o Campeonato com 13 pontos de avanço sobre os leões e mais 27 do que as águias.