GONDOMAR, O TOMBA-GIGANTE, por Rui Alves

O favoritismo na Prova Rainha do futebol português, claro, está sempre do lado dos clubes chamados de grandes. Mas, quando um clube de menor dimensão enfrenta outro de um escalão superior e como tantas vezes se costuma dizer, há sempre a possibilidade de “acontecer Taça”.

E nem os três maiores clubes de Portugal estão imunes a que tal aconteça, são vários os jogos em que, ao longo da história da Taça de Portugal, surgem em cena os “tomba-gigantes”.

Recordista de Taças de Portugal no palmarés, o Benfica foi o grande que menos vezes caiu aos pés de equipas de divisões inferiores.

A primeira vez, em 1960/61, tem uma justificação de boa memória para os encarnados que tinham conquistado o seu primeiro título europeu a 31 de maio de 1961, jogam em Setúbal no dia seguinte com a equipa de reserva, reforçada por um tal de Eusébio da Silva Ferreira e que apontaria um golo, mas que não evita a eliminação do clube de Lisboa.

Mais de quarenta anos depois, a derrota mais chocante para os adeptos do Benfica na prova a eliminar.

No Estádio da Luz, com Jesualdo Ferreira à frente da equipa, viria a ser vítima da famosa “chicotada psicológica” após esse jogo, a formação benfiquista não conseguiria dar a volta ao golo de Cílio Souza, que aos 10 minutos e através de um livre direto colocava o Gondomar na frente do marcador.

O clube nortenho viria a segurar a vantagem até ao apito final, em partida da quarta eliminatória da Taça de Portugal.