MOSS ACELERA A MAIS DE 140 HM/H! por Rui Alves

Com o aparecimento do automóvel, os Portugueses logo se sentiram atraídos por aquele objecto de 4 rodas. O fascínio era tal, que algumas cidades decidiram incluir nas suas festas, provas de perícia de automóvel, concursos de elegância...

Vila Real, em 1930, avança para a organização de um Circuito que teria a primeira edição no ano seguinte, a forma de financiamento da prova foi sobre a forma de imposto, 40 escudos por cada quilo de carne vendida.

A cidade transmontana inicia assim, uma longa ligação ao desporto automóvel. O esforço da pavimentação de todo o traçado em alcatrão, é recompensado seis anos depois, com a internacionalização do Circuito.


São os anos de grande rivalidade entre os Buggati 35 C, Alfa Romeo 6C e Ford V8. Na primeiro edição na Pista Internacional de Vila Real, aquele que viria a ser o realizador mais velho do cinema, Manoel de Oliveira, corre ao volante de um BMW 315.

Entre 1939 e 1945, o mundo é palco do conflito mais sangrento da história, a Segunda Guerra Mundial, interrompendo o desporto motorizado que só volta à região de Trás-os-Montes, quatro anos após o fim do conflito.

No fim da década de 50, a capital transmontana conta com a participação de nomes consagrados como Moss. Os quatro anos consecutivos como segundo classificado do Campeonato do Mundo de Condutores, fazem de Sir Stirling Moss, um dos melhores pilotos de Fórmula 1, mesmo quando nunca comemorou o título de Campeão do Mundo.

Em 1958, ano em que Juan Manuel Fangio deixa a os automóveis, o piloto Inglês, é um dos favoritos à vitória. O Maserati 300S pilotado com enorme perícia, devora a pista, garantindo a vitória no XII Circuito Internacional de Vila Real.