“PORQUÊ?” por Rui Alves

Todos os dias fala-se de futebol, em todas as estações de televisão, existem programas diários de falatório sobre futebol. A memória das pessoas em relação ao desporto resume-se, mais uma vez, ao futebol.

O pontapé na bola goleia todas as outras modalidades, vive-se e respira-se futebol como fosse a única modalidade à face da Terra, no entanto, de quatro em quatro anos fala-se... de Jogos Olímpicos.

Ao longo de 48 meses, apenas um grupo muito reduzido de pessoas se lembra do maior evento desportivo do Mundo, e bem menor serão aqueles que sabem o que envolve uma possível ida à maior concentração de modalidades praticadas em menos de um mês.

Citius, Altius, Fortius, que em latim significa "mais rápido, mais alto, mais forte", lema Olímpico criado pelo padre Henri Didon, quando da criação do Comitê Olímpico Internacional em 1894.

Por outras palavras, nas Olimpíadas estão presentes, os melhores entre os melhores.

E estes campeões têm que ter uma enorme força de vontade, muito empenho, o maior dos sacrifícios para treinar todos os dias, incluídos os fins-de-semana, feriados, quer seja à chuva, sol, calor, frio e sem tolerância de ponto, para assim, obterem melhores marcas que aquelas estabelecidas no dia anterior.

A dedicação é total para poder fazer parte da elite do desporto mundial e participar no maior evento desportivo do planeta.

A presença olímpica, é então, uma vitória, estar presente numa qualquer final, é sem qualquer dúvida, entrar no pequeno lote de atletas de eleição.

A RTP, televisão pública de Portugal tem memória olímpica, recorda José Regalo e Domingos Castro, que não conquistaram a ambicionada medalha nos Jogos Olímpicos, mas honraram, como outros o nunca fizeram, o atletismo português.