PORTUGAL/ESPANHA, EM HIPISMO, por Rui Alves

Em termos históricos, a seguir à infantaria, a cavalaria é a arma mais móvel do Exército e a segunda mais antiga a ser usada em guerra. O cavalo era usado para combate de cavaleiros, em ações de choque ou de reconhecimento.

O impacto psicológico da cavalaria ligeira, que um soldado montado infligia ao soldado apeado, era já usado no tempo de D. Afonso Henriques à qual davam o nome de “corredores”.

As tropas que se deslocavam a cavalo, mas que desmontavam para combater, eram conhecidas como “dragões” e não faziam parte da cavalaria, senão a partir da segunda metade do século XVIII. dragões”.

O avalo, responsável pela evolução das civilizações, deixou de ser usado em guerra. No entanto, por tradição, continua-se a chamar de “cavalaria” às unidades mecanizadas. O Exército Português mantém o mamífero, domesticado pelo homem, na sua fileira. Permitindo assim, que a arte de montar não seja esquecida, já que somente em 2005 surgiria a Escola Nacional de Equitação.

O hipismo, em 1900, iria integrar a segunda edição dos Jogos Olímpicos da era moderna realizados em Paris. E foi a cavalo que Portugal conquistou a primeira medalha olímpica. No distante ano de 1924, a estreia portuguesa no pódio olímpico foi através da equipa formada por Aníbal Almeida, Hélder Martins, José Albuquerque e Luís Menezes na prova de obstáculos.

Integrada no 46º Concurso Hípico Internacional de Lisboa, a Taça de Ouro da Península não é mais do que o “Portugal-Espanha” em Hipismo. A “batalha” ibérica entre os cavaleiros dos dois países passa pelo campo de obstáculos do Hipódromo do Campo Grande em Lisboa.

Os Capitães Henrique Calado, Jorge Matias, Neto de Almeida e o Tenente Álvaro Sabbo conquistariam a 2ª vitória consecutiva nesta 8ª edição da Taça de Ouro.