Marte pode ganhar anel orbital como Saturno

por Nuno Patrício - RTP
Marte pode ter um anel parecido com o de Saturno Foto: Celestia Development Team

A observação de um novo anel a orbitar um planeta, como acontece com Saturno, pode afinal não ser assim tão difícil. Fobos, um dos satélites de Marte, pode dar origem a um anel de detritos. Basta haver massa sólida capturada pela gravidade.

A teoria parte de vários astrónomos em todo o mundo, segundo os quais basta que exista uma forte massa de componentes sólidos - gelo ou rocha -, que, quando capturados pela força gravítica do planeta, ficam numa posição geoestacionária, criando então um anel de detritos espaciais.


Foto: Direitos Reservados

Marte é apontado como um forte candidato a ter um destes anéis, devido ao possível esmagamento gravitacional de uma das suas luas, Fobos, dentro de algumas dezenas de milhões de anos.

Fobos está cada vez mais perto de Marte, segundo as medições feitas pelos astrónomos, significando que a força gravitacional do Planeta Vermelho face ao satélite está aumentar.


Foto: Fotomontagem RTP Multimédia

Outras teorias sugerem que Fobos poderá colidir com Marte. Mais recentemente, uma nova investigação sugere que a pequena lua pode não durar tanto tempo.

Segundo Tushar Mittal, estudante da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e um dos autores do novo trabalho de pesquisa, "o principal fator que implica diretamente a colisão ou não de Fobos com Marte é sua força".
A Lua pode transformar-se em anel?
A teoria aplica-se a todos os corpos que girem em torno de um grande planeta. No caso da Lua, a possibilidade de o satélite natural da Terra se desintegrar e criar um anel é muito remota.

Mesmo que a Lua se aproximasse da Terra, o seu tamanho face à força gravítica terrestre nunca implicaria o esmagamento, mas antes uma forte atração com resultados catastróficos para o nosso planeta.


Foto: Direitos Reservados

Os dois astros acabariam por colidir um com o outro. Mas antes desse desfecho apocalíptico, a Terra já não comportaria vida tal como nós a conhecemos, devido à influência da Lua sobre os mares e magnetismos terrestres.
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