Diretora do Centro de Arte Moderna Gulbenkian antecipa saída para o final do ano

por Lusa

Lisboa, 26 nov (Lusa) - A curadora Isabel Carlos, atual diretora do Centro de Arte Moderna (CAM) da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, vai sair desta entidade no final do ano, revelou hoje à agência Lusa fonte da fundação.

De acordo com o gabinete de comunicação da Fundação Gulbenkian, Isabel Carlos iria ficar mais um ano à frente do CAM, antes da reestruturação, em 2017, que criará uma estrutura unificada para dirigir o Centro de Arte Moderna e o Museu Gulbenkian.

Esta reestruturação tinha sido anunciada em novembro do ano passado pela administração da Gulbenkian, quando foi aberto o concurso internacional para a seleção de um novo diretor do Museu Gulbenkian, recaindo a escolha na britânica Penelope Curtis.

"O mandato de Isabel Carlos terminava em 2017", indicou a mesma fonte à Lusa, indicando que estava prevista a saída nessa altura, quando fosse criada a estrutura unificada de apoio às atividades de artes visuais e decorativas.

A Lusa tentou contactar Isabel Carlos para saber os motivos da antecipação da saída do CAM, onde se encontra desde 2009, mas, até ao momento, não obteve uma resposta.

A curadora e crítica de arte de 52 anos tinha sucedido a Jorge Molder, que ocupava o cargo desde 1994, e saiu no início daquele ano depois de ter pedido a reforma antecipada e a cessação das suas funções, por "motivos pessoais".

Isabel Carlos foi cofundadora e subdiretora do Instituto de Arte Contemporânea do Ministério da Cultura, cargo que ocupou entre 1996 e 2001.

Nessa qualidade, organizou as representações portuguesas na Bienal de Veneza de 2001 e na Bienal de São Paulo de 1996 e 1998, foi ainda membro do júri da Bienal de Veneza em 2003, diretora artística da Bienal de Sydney no ano seguinte, curadora do Pavilhão de Portugal na Bienal de Veneza de 2005 e curadora da 9.ª bienal de Sharjah, Emirados Árabes Unidos.

Licenciada em Filosofia e mestre em Comunicação Social, Isabel Carlos, crítica de arte desde 1991, foi também assessora da área de exposições de Lisboa 94 - Capital Europeia da Cultura.

A historiadora britânica de arte Penelope Curtis, 53 anos, assumiu a direção do Museu Calouste Gulbenkian em setembro deste ano, e irá liderar essa estrutura unificada de apoio às atividades de artes visuais e decorativas a partir de 2017.

Nas suas atribuições, segundo o anúncio do concurso aberto no ano passado, estará o desenho de uma programação de "exposições e atividades para atrair mais e diversificados públicos"

Curtis foi diretora da galeria Tate Britain, em Londres, de 2010 a 2014, e é historiadora, especialista em escultura histórica e contemporânea.

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