Lisboa, 14 ago (Lusa) -- A exposição "Josefa de Óbidos e a invenção do barroco português", patente desde maio no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, foi visitada por cerca de 22 mil pessoas, foi hoje divulgado.
Segundo o comunicado da produtora de espetáculos Ritmos, que, em parceria com o museu, organizou a mostra, o número total de visitantes é 21.732.
A exposição, que estará patente no museu das Janelas Verdes até 06 de setembro, reúne 130 peças de pintura, escultura e artes decorativas, provenientes de várias instituições, como os museus do Prado, em Madrid, e de Bellas Artes, em Sevilha, assim como do Mosteiro de São Lourenço do Escorial, nos arredores da capital espanhola, além de instituições portuguesas.
A pintora Josefa de Ayala Figueira - mais conhecida por Josefa de Óbidos - nasceu em 1630, em Sevilha, no sul de Espanha, e faleceu em 1684, em Óbidos, com 54 anos.
Josefa criou algumas das imagens mais reconhecíveis da História da Arte portuguesa, e esta exposição, comissariada por Joaquim Oliveira Caetano, Anísio Franco e José Alberto Seabra Carvalho, tem como objetivo "afastar da pintora o mito da artista curiosa, porém provinciana, e apresentá-la como uma mulher emancipada e culta", segundo nota do museu.
"A fé de Josefa reflete a espiritualidade do século XVII e mostra-a como o mais eficaz e reputado expoente do Barroco português no ciclo que se seguiu à Restauração", acrescenta a instituição.
Esta revisitação da obra da artista visa também "mostrar a um novo público as suas pinturas, muitas em coleções privadas, e voltar a interrogar essas obras à luz dos contributos críticos entretanto colhidos, em exposições nacionais e internacionais, onde a presença da pintora foi particularmente forte".
