A publicação do segundo volume da Bíblia traduzida diretamente do grego para português por Frederico Lourenço é uma das novidades da editora Quetzal para este ano.
Depois da edição dos Evangelhos, Frederico Lourenço publica os Atos dos Apóstolos, as epístolas de São Paulo, bem como os textos de Tiago, João, Judas e Pedro -- além do Apocalipse.
Esta é uma das novidades do grupo editorial BertrandCírculo, que inclui a editora Quetzal, para 2017, que desta forma dá seguimento à obra traduzida por Frederico Lourenço, que elenca as diferenças entre a original Bíblia grega e as versões hebraicas.
Desde 2014 que o tradutor, professor, escritor e prémio Pessoa trabalha nos textos dos Evangelhos, propondo-se fazer a tradução completa dos 80 livros da Bíblia e editar, até janeiro de 2019, os seis volumes da "Septuaginta" ou "Bíblia dos Setenta", traduzidos diretamente do grego.
O primeiro volume, que inclui os quatro Evangelhos canónicos, de Mateus, Marcos, Lucas e João, foi editado em setembro de 2016 e o segundo sairá este ano, ainda sem data concreta prevista.
A "Bíblia dos Setenta" foi escrita entre os séculos I e o VII depois de Cristo, e é traduzida para português diretamente do grego, por Frederico Lourenço.
Contém todos os 27 livros do Novo Testamento, iguais em todas as Bíblias atuais e, no Antigo Testamento, tem todos os 46 livros da Bíblia católica, mais sete livros, o terceiro e o quarto Livros dos Macabeus, os Salmos de Salomão, Odes, o Livro de Susana, a história de "Bel e o Dragão", e a Epístola de Jeremias.
A edição portuguesa inclui uma introdução geral de Frederico Lourenço, a par de uma outra, de contextualização, antecedendo cada um dos livros, e várias notas de pé de página, que visam esclarecer o leitor, numa abordagem histórica.
Frederico Lourenço é docente nas faculdades de Letras da Universidade de Lisboa e de Coimbra, romancista e poeta, publicou vários ensaios sobre a cultura helénica, traduziu os poemas épicos "Odisseia" e "Ilíada", ambos atribuídos a Homero, que terá vivido, provavelmente, entre 928 e 898 antes de Cristo.
O escritor e filólogo venceu o Prémio Pessoa 2016, que distingue uma personalidade com intervenção relevante e inovadora na vida artística, literária ou científica do país.
