O "The Freedom Theatre" nasceu no campo de refugiados de Jenin. "O teatro serve como forma de escape. É um espaço de criação em liberdade num território que vive sob ocupação há 60 anos, e onde a liberdade não existe", diz no Jornal 2 Micaela Miranda, que dirige este projeto, e o mostra agora em Lisboa e no Porto.
Para todos os que sobem ao palco este transforma-se num lugar de catarse.
"As emoções são grandes e dramáticas porque eles viveram as situações que representam. Alguém que ia a passar na rua e de repente ao amigo dão-lhe um tiro na cabeça e ele cai no chão. Alguém que aos 11 anos foi mandado para uma prisão de adultos", diz Micaela Miranda que garante "há uma conexão com as emoções muito mais intensa e dramática do que em Portugal estamos habituados".
No Jornal 2 a diretora deste projeto fala da paz que os jovens que fazem parte deste "The Freedom Theater" encontraram no nosso país. "Dizem que não querem sair daqui. Dizem que os portugueses são como os palestinianos, mas com uma vida relaxada, com muita água, mas ao mesmo tempo falam da Palestina como uma pátria que querem defender com dignidade".
Até ao dia 10 de Setembro o "The Freedom Theatre" está no Teatro A Barraca em Lisboa. Segue-se uma digressão pelo norte do país até ao final do mês, onde ciclos de cinema e debates se juntam às duas peças que o grupo trás até Portugal.
