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A Antena 1 sabe que o Banco Central Europeu e o Banco de Portugal já começaram a avisar os bancos de que o trabalho de fortalecimento das instituições terá de continuar.
Os bancos detidos maioritariamente pelo Estado, Caixa Geral, Novo Banco e Banif podem vir a precisar, direta ou indiretamente, de dinheiro público.
"Possivelmente vai existir alguma degradação nos fundamentais do seu negócio o que vai certamente prejudicar os seus níveis de capital ou de incrementar a necessidade desses níveis de capital", disse à Antena 1 o analista do Banco Carregosa Rui Bárbara. "Há aqui um risco razoável".
Um dos principais prejudicados pode ser a Caixa Geral de Depósitos. O Banco Público terá ficado dentro dos niveis exigidos pelo BCE, segundo informação obtida pela Antena 1, mas um choque externo como o Novo Banco pode ter impactos significativos.
Também o BCP está dentro dos níveis do BCE e isso mesmo vai ser anunciado na segunda-feira durante a apresentação de resultados.
O Banco de Portugal está no entanto atento à situação do BCP que pode ter de assumir prejuízos na Polónia, tem de devolver o empréstimo ao Estado e vai pagar parte da fatura do Novo Banco.
Já no BPI, os desafios dos próximo tempos parecem estar resolvidos, garante o presidente Fernando Ulrich. "O que posso dizer, é que o Banco não vai fazer nenhum aumento de capital".
Mais exigente é a situação do BANIF. A venda da seguradora Açoriana pode evitar o recurso a um aumento de capital. Ainda assim, a Antena 1 sabe que há um plano B que poderá passar por uma injeção de dinheiro por parte do Estado e dos acionistas privados.