A banca vai ter de reforçar a solidez financeira

por Frederico Pinheiro

Foto: Reuters

A Antena 1 sabe que o Banco Central Europeu e o Banco de Portugal já começaram a avisar os bancos de que o trabalho de fortalecimento das instituições terá de continuar.

Os pesos pesados, sob supervisão de Frankfurt, enfrentam desafios consideráveis nos próximos tempos.  
 
Os bancos detidos maioritariamente pelo Estado, Caixa Geral, Novo Banco e Banif podem vir a precisar, direta ou indiretamente, de dinheiro público.

"Possivelmente vai existir alguma degradação nos fundamentais do seu negócio o que vai certamente prejudicar os seus níveis de capital ou de incrementar a necessidade desses níveis de capital", disse à Antena 1 o analista do Banco Carregosa Rui Bárbara. "Há aqui um risco razoável".

Um dos principais prejudicados pode ser a Caixa Geral de Depósitos. O Banco Público terá ficado dentro dos niveis exigidos pelo BCE, segundo informação obtida pela Antena 1, mas um choque externo como o Novo Banco pode ter impactos significativos. 

Também o BCP está dentro dos níveis do BCE e isso mesmo vai ser anunciado na segunda-feira durante a apresentação de resultados. 

O Banco de Portugal está no entanto atento à situação do BCP que pode ter de assumir prejuízos na Polónia, tem de devolver o empréstimo ao Estado e vai pagar parte da fatura do Novo Banco.

Já no BPI, os desafios dos próximo tempos parecem estar resolvidos, garante o presidente Fernando Ulrich. "O que posso dizer, é que o Banco não vai fazer nenhum aumento de capital".

Mais exigente é a situação do BANIF. A venda da seguradora Açoriana pode evitar o recurso a um aumento de capital. Ainda assim, a Antena 1 sabe que há um plano B que poderá passar por uma injeção de dinheiro por parte do Estado e dos acionistas privados.
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