Aprovada reativação de terceiro reator nuclear no Japão desde acidente de Fukushima

por Lusa

Tóquio, 26 out (Lusa) -- O governo da província japonesa de Ehime autorizou hoje a reativação de um reator nuclear da central de Ikata, o terceiro a voltar a funcionar no país sob as novas normas aprovadas após o acidente de Fukushima, em 2011.

O governador Tokihiro Nakamura anunciou ter sido dada `luz verde` ao funcionamento da unidade de fissão número 3 da central de Ikata, operada pela elétrica Shikoku, após ter-se reunido com responsáveis da companhia, informa hoje a agência Kyodo.

O reator tinha recebido, em meados de julho, o aval da Autoridade de Regulação Nuclear do Japão (NRA), a qual considerou que cumpre as novas e mais estritas regulações em matéria de segurança, que entraram em vigor depois do acidente nuclear provocado pelo sismo seguido de tsunami de março de 2011.

A decisão de hoje é o derradeiro passo para a reativação do reator localizado na ilha meridional de Shikoku, ainda que só deva voltar a operar após janeiro de 2016, ainda restam cumprir vários procedimentos de segurança.

Tanto as autoridades locais de Ikata como a assembleia da província de Ehime manifestaram previamente o seu apoio para que o reator voltasse a ser ligado.

O reator de Ikata foi o quinto do Japão a receber o aval da NRA por cumprir as novas normas de segurança.

No entanto, dos cinco, até à data apenas dois foram reativados, a 11 de agosto e 15 de setembro, pondo fim a um `apagão` nuclear de quase dois anos no Japão, o mais longo da história do país desde que o arquipélago começou a produzir energia atómica, em 1966.

Dos 43 reatores em condições operacionais que o país detém atualmente, 25 unidades de 15 centrais diferentes solicitaram já uma supervisão da NRA com vista à reativação.

Tóquio estima que em 2030 entre 20 e 22 por cento da eletricidade tenha origem nas centrais nucleares, uma percentagem ligeiramente mais baixa do que a relativa ao período prévio a Fukushima (cerca de 30%).

O terramoto e tsunami de 11 de março de 2011 provocaram na central de Fukushima o pior acidente nuclear desde o de Chernóbil (Ucrânia), em 1986.

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