Central de compras da Região Leiria garantiu poupanças de 460 mil euros

por Lusa

A central de compras da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) já garantiu poupanças na ordem dos 460 mil euros, disse hoje o presidente daquela organização, Raul Castro.

"Até ao momento, foram já feitas adjudicações de 6,5 milhões de euros, em áreas como combustíveis, refeições escolares, gás, segurança, higiene e saúde no trabalho, seguros, gestão de inertes e serviços de vigilância, tendo sido possível obter um total de poupanças na ordem dos 460 mil euros", referiu o presidente da CIMRL e da Câmara de Leiria, Raul Castro, durante o "1.º Fórum das Centrais de Compras Intermunicipais", realizado na Escola Superior de Saúde, em Leiria.

Raul Castro salientou ainda que, "juntos", ganha-se "escala", o que dá "maior peso negocial, não só do ponto de vista político, mas também no que diz respeito ao fornecimento de bens e serviços comuns aos 10 concelhos da região".

"Poupança, poupança, poupança é a grande vantagem desta central de compras. Ter as coisas que necessitamos ao melhor preço possível. Isso é importante porque faz sobrar dinheiro para aplicar dinheiro noutras áreas", acrescentou Raul Castro à agência Lusa.

O secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, adiantou que uma das grandes vantagens das Comunidades Intermunicipais (CIM) é o trabalho em rede e "`obrigar` os municípios a trabalharem em conjunto com os outros". "Não deixam de pensar no seu município, mas que também uma parcela do seu tempo seja levada a pensar em conjunto com os seus vizinhos".

Para o governante, a "central de compras é uma grande vantagem, em termos económicos - e isso mede-se - mas é também uma grande vantagem em termos administrativos", pois permite que o "processo de contratualização seja muito mais rápido e com mais poder de negociação".

Lembrando que muitos presidentes de Câmara não acreditam nas CIM, Carlos Miguel salientou que "muitos autarcas, na busca de uma solução para o seu território, perdem a dimensão da região e olham muito para si e pouco para o que está à sua volta".

O secretário de Estado adiantou ainda que o Governo pretende "reforçar as competências para as CIM".

"A ideia é que em termos de criações de redes intermunicipais, passem a ser as CIM a pensar nelas".

Neste momento, essa rede já existe com os transportes. "A legislação anterior permite aos municípios fazer a gestão dos transportes públicos podendo [estes] delegar as competências nas CIM", disse, referindo que foi o que sucedeu com a "esmagadora maioria dos casos", tirando assim partido da rede.

À margem do Fórum, Carlos Miguel revelou ainda que o Governo está a discutir com a Associação Nacional de Municípios novas realidades.

Por exemplo, "a rede de equipamentos de apoio social, não deve ser pensada só numa lógica municipal, mas numa lógica intermunicipal". Para o secretário de Estado, o caminho não pode ser "ir numa lógica de todos terem tudo, porque depois vai sobrar e os recursos são escassos".

O mesmo sucede com o ensino profissional e artístico, que deve "ser pensado à escala intermunicipal".

"Não é credível que tenhamos numa CIM com 10, 12 municípios, várias escolas de dança. De certeza que muitas vão fechar. Cabe à CIM estudar e indicar onde é que estas se devem localizar e quantas é que são necessárias".

Tópicos
pub