O Governo chinês previu hoje "complicações" na reforma fiscal que encetará a partir de maio, mas renovou a confiança de que o corte de 500.000 yuan (77.400 milhões de euros) nos impostos em 2016 fortalecerá a economia.
A reforma visa eliminar os impostos sobre o volume de negócios das empresas, aplicando antes o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), nos setores da construção, imobiliário, finanças e serviços, afirmou hoje o vice-ministro das Finanças chinês, Shi Yaobin.
No conjunto, a reforma afetará onze milhões de empresas.
Shi assinalou que os quatro setores referidos representam 80% da receita fiscal do Estado.
"Estes quatro setores são mais complexos e atraem maior atenção pública", assinalou o vice-ministro das Finanças, sublinhando a complexidade do que qualificou como uma "batalha da reforma" económica no país.
Os onze milhões de empresas sobre as quais será aplicado o IVA a partir de maio representam quase o dobro das que foram já sujeitas à reforma fiscal e que incluem os setores dos transportes, telecomunicações ou serviços culturais.
Com esta medida, o Governo visa introduzir a propriedade imobiliária das empresas no esquema de deduções contemplado no IVA, de forma a reduzir a carga fiscal.
Segundo o vice-ministro, a reforma permitirá injetar "novo vigor" na economia e "beneficiar o crescimento económico".