CIP apela ao entendimento e vai reunir-se com operadores do Porto de Lisboa

por Lusa

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal - CIP, António Saraiva, apelou hoje para um entendimento entre "as partes" para uma solução no Porto de Lisboa e anunciou que a CIP vai promover uma reunião com os operadores.

"Temos consciência dos prejuízos, temos relato de muitos associados e vou promover uma reunião com os operadores. É um tema que estamos a acompanhar, há graves prejuízos para a economia, há algumas produções que estão ameaçadas", disse António Saraiva no final de uma reunião em sede de Concertação Social, em Lisboa.

O presidente da CIP deixou um apelo ao entendimento, pois "os prejuízos para a economia são imensos", considerando que as partes têm de "resolver rapidamente esta situação.

"Apelo para que as partes se entendam e se encontrem formas de resolução para que não tenha de se entrar em formas mais gravosas como está anunciado", insistiu Saraiva.

Já antes, à entrada para este encontro, o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, deixou um apelo para que "todos, sentados à mesa", encontrem uma solução que permita "objetivar o essencial, o bem público, a defesa da economia e o aprofundamento do diálogo social".

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, afirmou, por seu turno, que a greve "está a começar a causar problemas no fabrico de alguns produtos e poderá ter influência nalguns preços de importação que, se forem por via terrestre, podem ser mais altos".

Hoje, no final de um plenário de trabalhadores em Lisboa, presidente do sindicato dos estivadores, António Mariano revelou que na próxima sexta-feira inicia-se uma nova fase na luta dos trabalhadores com a entrega formal do pré-aviso da greve que tem início a 27 de maio e se prolonga até ao dia 16 de junho.

Os operadores do Porto de Lisboa vão avançar com um despedimento coletivo por redução da atividade, depois de o sindicato dos estivadores ter recusado, na sexta-feira, uma nova proposta para um novo contrato coletivo de trabalho.

A decisão do recurso ao despedimento coletivo foi tomada depois de, na sexta-feira passada, o sindicato, em greve desde 20 de abril, ter recusado a proposta de acordo de paz social e para a celebração de um novo contrato coletivo de trabalho para o trabalho portuário no Porto de Lisboa.

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