CIP preocupada com dados sobre crescimento da economia

por Lusa

Lisboa, 31 ago (Lusa) - A CIP -- Confederação Empresarial de Portugal manifestou a sua preocupação face aos números do crescimento do PIB no segundo trimestre publicados hoje pelo INE, considerando que estes mostram "um significativo abrandamento da procura interna e das exportações".

O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu hoje em alta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano, para um aumento de 0,9% em termos homólogos e de 0,3% em cadeia (mais 0,1 pontos percentuais em cada caso).

No entanto, a confederação liderada por António Saraiva afirma, numa nota enviada à Lusa, que "encara com preocupação crescente os dados das contas públicas nacionais.

"Notamos que o crescimento apenas se manteve nos mesmos valores do primeiro trimestre devido à forte desaceleração das importações e registamos que o Valor Acrescentado Bruto da economia portuguesa estagnou face ao segundo trimestre do ano passado", considera a CIP.

O presidente da confederação patronal, António Saraiva, assinala que "um fator especialmente negativo na informação divulgada é o aprofundamento da queda do investimento".

"Por isso, reafirmo que a prioridade da política económica, com necessário reflexo no Orçamento do Estado para 2017, deve ser o estímulo ao investimento e à competitividade", assinala, na mesma nota.

Segundo a entidade estatística, no segundo trimestre do ano passado, a economia portuguesa cresceu 0,4% em cadeia e 1,5 em termos homólogos e, no terceiro trimestre de 2015, o PIB aumentou 0,1% em cadeia e 1,4% face ao mesmo trimestre do ano anterior.

O Governo prevê que a economia portuguesa cresça 1,8% este ano, uma projeção mais otimista que a do Banco de Portugal (1,3%), do Fundo Monetário Internacional (1,4%) e da Comissão Europeia (1,5%).

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