Défice até agosto reduz-se em 81 milhões de euros

por RTP
Pedro A. Pina - RTP

Os dados da execução orçamental conhecidos esta segunda-feira apontam para uma redução do défice de janeiro a agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado. O défice das Administrações Públicas atingiu 3.990 milhões de euros até agosto.

De acordo com um comunicado emitido pelo Ministério das Finanças, a redução foi conseguida através de um aumento da receita de 1,3 por cento, superior ao crescimento de apenas 1 por cento da despesa.

Face a julho, o défice das Administrações Públicas melhorou 991,1 milhões de euros.

"A melhoria do défice mantém a trajetória favorável observada desde o início do ano. A execução até agosto registou um défice de 3.990 milhões de euros, o que representa 72,6 por cento do previsto para o ano; em 2015, representava 85,7 por cento do défice anual", revela o ministério de Mário Centeno.
Pedro Valador, RTP

Já o saldo primário (que exclui os encargos com os juros da dívida) das Administrações Públicas registou um excedente de 1.628 milhões de euros até agosto, melhorando 409 milhões de euros face ao mesmo período de 2015.

O Ministério das Finanças reforça que a evolução da receita está em linha com as projeções para o conjunto do ano, refletindo neste mês o esforço que tem vindo a ser feito de reposição de rendimentos, com a eliminação da sobretaxa e conclusão dos reeembolsos do IRS".

O comunicado reforça que a receita fiscal reflete já o aumento de 845,8 milhões de euros dos reembolsos referentes ao ano fiscal de 2015, que incluem a devolução de IVA, IRS e IRC.

A receita contributiva aumentou 3,6 por cento, ficando a dever-se em muito ao crescimento de 4,6 por cento das contribuições e quotizações para a Segurança Social. Diz o Ministério que se trata de uma aceDiz a estrutura de Mário Centeno que a despesa manteve um crescimento inferior ao previsto no Orçamento do Estado. leração face ao mês anterior, “refletindo a evolução favorável do mercado de trabalho”, ao mesmo tempo que se regista uma diminuição das despesas com subsídio de desemprego (menos 14,5 por cento).

Na Administração Central e Segurança Social, as despesas com a aquisição de bens e serviços apresentaram uma redução de 2,0 por cento e as despesas com remunerações certas e permanentes cresceram 2,3 por cento, ambas abaixo do orçamentado. A generalidade das componentes da despesa apresenta uma desaceleração face a julho, sublinha o comunicado enviado às redações.

pub