Jovem estagiário dá a cara para denunciar abuso de empresa

por Marcos Celso - RTP
Lusa

O Instituto de Emprego e Formação profissional disse que precisava de casos concretos para atuar. A CGTP foi ao Instituto e apresentou o nome do estagiário e com o nome da empresa.

Há um jovem estagiário a dar a cara para denunciar o abuso das empresas em relação aos estagiários. João Pereirinha trabalhava na empresa Costa, Calado, Pina & Associados. Em entrevista à Antena 1 deu um exemplo de um dos pagamentos em que devolveu dinheiro à empresa em questão.

João Pereirinha explica mesmo que a determinado momento denunciou o caso ao IEFP, mas não obteve qualque resposta. Este foi o caso que a CGTP foi denunciar esta tarde ao Instituto do Emprego e Formação Profissional.

Arménio Carlos foi pelos próprios meios ao IEFP mostrar um caso concreto de abuso a trabalhadores estagiários, isto depois do Instituto de Emprego e Formação profissional ter exigido casos concretos para atuar face às denúncias existentes na praça pública.
 
A CGTP assim o fez e foi ao Instituto apresentar um caso concreto com o nome do estagiário e o nome da empresa. O jornalista João Vasco escutou as palavras do líder da Inter sindical.

Arménio Carlos, líder da CGTP, disse mesmo que não há mais denúncias concretas porque está instalado um clima de medo.

Após uma reunião com o presidente do IEFP, o sindicalista disse também que vai apresentar queixa ao Ministério Público.

Perante a iniciativa da CGTP e a denúncia do estagiário João Pereirinha, a Antena 1 falou com um dos responsáveis da empresa em questão.

Francisco Costa desmentiu ao jornalista Frederico Pinheiro todas as acusações e não receia as queixas que possam surgir, pois afirma estar tranquilo perante uma eventual queixa ao Ministério Público.

Este é um caso a ser acompanhado depois das denúncias que surgiram neste mês de agosto com as alegadas fraudes dos estágios profissionais.

O Jornal de Notícias revelou mesmo que os patrões obrigam os estagiários a devolver a comparticipação que a empresa tem no salário e a pagar a taxa social única, uma despesa que devia ser suportada pela entidade empregadora.

Por sua vez, o presidente do Conselho Nacional da Juventude falou  em inúmeras denúncias, embora sem queixas formalizadas, e de uma "autêntica lavagem de dinheiro".

Segundo apurou a redação da Antena 1, são três as queixas formais de irregularidades com estágios profissionais que o Instituto do Emprego e Formação Profissional já recebeu até ao momento. Dois desses casos foram remetidos para o Ministério Público.

pub