Novo Banco, problemas antigos

por Marina de Castro

Foto: REUTERS/Hugo Correia

O Novo Banco registou prejuízos de 251,9 milhões de euros no primeiro semestre, mas excluindo fatores de natureza não recorrente o resultado foi negativo em 188,9 milhões de euros, anunciou a instituição bancária.

Entre os fatores de natureza não recorrente está a imparidade relativa à Pharol SGPS/Oi, no montante de 55,4 milhões de euros, a reavaliação de passivos, de 59,4 milhões de euros, as provisões para outros ativos e contingências de 59,4 milhões de euros negativos e os custos com reformas antecipadas e indemnizações, de 7,6 milhões de euros, de acordo com informação divulgada pela instituição financeira.

O resultado financeiro ascendeu a 214,7 milhões de euros e os serviços a clientes a 193,2 milhões de euros.

A margem financeira de 214,7 milhões foi "negativamente afetada pela anulação contabilística de juros de grandes operações contratadas antes da Resolução [do Banco de Portugal] e com problemas de cobrabilidade", refere a instituição.

E adianta que o impacto negativo desta anulação contabilística de juros de grandes operações contratadas pelo antigo BES foi de 103 milhões de euros antes de impostos.

O produto bancário comercial foi de 407,9 milhões de euros e o produto bancário atingiu os 414,6 milhões de euros.

"Os depósitos de clientes aumentam 2,3 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2015 (6,5 mil milhões de euros desde setembro de 2014), totalizando 28,9 mil milhões de euros, atingindo no segundo trimestre, em base comparável, o valor mais alto de sempre na atividade doméstica", refere, em comunicado.
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