Paulo Macedo vai ser o novo presidente do banco público

por Marina Conceição, Miguel Teixeira

As negociações entre o antigo ministro da Saúde e o Governo começaram na segunda-feira, tal como a RTP avançou em primeira mão.

O primeiro-ministro não quis comentar a escolha para a liderança da Caixa Geral de Depósitos.

A RTP sabe que o futuro presidente tem estado em contacto informal com António Domingues para fazer a transição de poder na Caixa.

Além disso, Paulo Macedo tem-se reunido com Mário Centeno, no ministério das finanças, para constituir equipa mas também para conhecer em detalhe o plano de reestruturação desenhado por António Domingues.

Paulo Macedo está ainda a compor a equipa de administração. A escolha dos executivos vai ficar concluída na próxima semana. Mas há nomes que já estão a ser dados como certos.

Seguem para a Caixa José João Guilherme, antigo administrador do BCP e do Novo Banco.

A RTP sabe que a intenção é ter, pelo menos, uma mulher na Comissão Executiva e duas adminsitradoras não executivas.

Rui Vilar, até agora vice-presidente não executivo do banco público, vai passar a ser presidente do Conselho de Administração - um cargo não executivo mas que vai ser uma peça-chave na ligação com o acionista Estado.

Rui Vilar foi já presidente da Caixa Geral de Depósitos entre 1989 e 2005. Antes disso, foi vice-governador do Banco de Portugal e esteve nos governos provisórios depois do 25 de Abril.

Mas, se até agora não recebia salário pela vice-presidência da Caixa, passa a ter direito a uma remuneração, por exigência do Banco Central Europeu.

O Governo tem a intenção de manter o salário de 33 mil euros por mês a Paulo Macedo, mantendo o critério usado para António Domingues.

Quanto aos três administradores que se mantêm em funções, será o novo presidente a decidir se ficam ou se saem.

Se rescindirem o contrato, terão direito, no máximo, a receber os salários correspondentes aos quatro anos de mandato.

A RTP sabe que o Governo tem estado em contactos diários e informais com o Banco Central Europeu sobre a subsituição dos gestores da Caixa. Mas falta ainda a aprovação oficial do BCE.
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