TAP mantém três voos semanais para Caracas

por RTP
Michaela Rehle - Reuters

A TAP vai manter a operação, de três voos semanais, para Caracas, capital da Venezuela, apesar do agravamento da crise económica e da retenção de capitais, que já levaram algumas companhias aéreas a cancelar o destino.

"Fizemos alterações ao longo do tempo. Agora vamos manter a operação", garantiu o presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, à margem da conferência da imprensa em que a transportadora anunciou o reforço de conteúdos a bordo dos aviões de longo curso, através de uma parceria com a Sport TV.

Em declarações aos jornalistas, o presidente executivo da TAP realçou a importância da operação transportadora para a comunidade portuguesa na Venezuela, adiantando que continuam a decorrer negociações para recuperar os capitais retidos, que penalizaram os resultados em 2015.

"Reduzimos a operação ao longo do tempo até porque o mercado reduziu drasticamente, mas por enquanto a nossa decisão é manter, principalmente em respeito pela grande comunidade portuguesa que existe naquele país", frisou Fernando Pinto.

A TAP consolidou nas contas do ano passado 91,4 milhões referentes a vendas na Venezuela, cujo valor ainda não foi transferido, situação agravada por diversas desvalorizações cambiais.
Lufthansa e Latam cancelam voos
A Latam, a maior companhia aérea da América Latina, que nasceu em 2012 da fusão entre a chilena LAN e a brasileira TAM, anunciou em comunicado que a suspensão, afeta apenas as novas reservas, e teve início já no passado sábado, 28 de maio, mas apenas para o voo entre São Paulo, no Brasil, e a capital venezuelana, Caracas

A Latam justifica a decisão com o complexo cenário económico que se vive no país e a dificuldade na retirada de divisas estrangeiras de território venezuelano.

A suspensão é temporária e vai afetar voos com destino a Caracas, provenientes de São Paulo, Lima e Santiago do Chile.

No domingo, a companhia área alemã Lufthansa também já tinha anunciado a suspensão dos voos entre Frankfurt e Caracas, a partir de 17 de junho devido à impossibilidade de trocar as receitas por dólares norte-americanos e à queda na procura dos voos. A companhia alemã realiza três voos semanais para Caracas.

As dificuldades económicas que têm vindo a acumular-se em relação à rota Frankfurt-Caracas foram apontadas como as principais razões para a decisão. A Lufthansa diz “lamentar o sucedido” e que “espera restabelecer a rota tão depressa quanto possível”.

A Lufthansa revelou que a procura de viagens internacionais com destino a Caracas a partir da Alemanha registou uma redução em 2015, tendência que se manteve durante o primeiro trimestre de 2016.

"Os passageiros com reservas em voos posteriores a 18 de junho terão uma nova reserva nos voos da Lufthansa de Bogotá e Panamá", esclarece ainda a companhia alemã, lembrando que a empresa manterá a Venezuela ligada à sua rede mundial via Frankfurt através das companhias parceiras Avianca e Copa Airlines.

C/Lusa
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